Epílogo

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Dois anos depois

Konohagakure

A manhã, era a manhã que nem todos os ninjas desejavam encontrar. Era o que Naruto desejou, dormir a manhã inteira, sem estresse e sem barulho.

Ele queria descansar.

Mas, novamente, aquele choro que atormentou a sua madrugada inteira, e o deixou com grandes olheiras debaixo dos olhos.

— Hinata... — murmurou, como se fosse uma oração para que a esposa-anjo o ajudasse.

— Deixo que eu cuido, Naruto-kun — ela disse, dando um beijo na bochecha bronzeada do marido.

— Arigatou... — murmurou o Uzumaki, voltando a se embalar na colcha de casal.

Hinata cobriu o corpo com um robe lilás de seda, amarrando o laço na cintura fina. Caminhou até o quarto de onde vinha o choro incessante, escancarou a porta, e encontrou o berço grande da criança que chorava.

— Ah, Boruto... — murmurou, pegando-o no colo, e acalmando o bebê, balançando de leve para à esquerda e para à direita. Acariciou a face pequena e bochechuda, e as maçãs arrendondadas levemente vermelhas com os riscos diagonais nessas.

Ele tinha a aparência do pai. Nasceu uma criança saudável, Naruto quase desmaiou de ver seu filho, tão pequeno, tão fofinho, que segurou o dedo dele apenas com a pequena palma da mão.

— Você cansou o otou-chan — disse com carinho ao primogênito, colando a bochecha dele com a sua, acariciando. — Agora ele só quer dormir.

Boruto abriu os olhos, os olhos azuis límpidos, mais claros do que o de Naruto. Ele era a cópia do pai.

— Mama — murmurou, com um sorriso meio sem dente.

— Ohayou, Boruto disse Hinata, acariciando o rosto do bebê.

Ela sorriu, e caminhou até a cama para trocar a fralda do bebê e uma roupa fresca, assim que o fez, colocou a chupeta na boca dele e o levou consigo até a cozinha para preparar o desjejum.

Naruto levantou após uns longos minutos, com o rosto inchado e amassado de sono. Coçando os olhos, e começou a murmurar:

— Eu quero dormir mais, dattebayo... — disse abraçando a esposa por trás, e essa riu, com um sorriso emoldurando o rosto alvo.

— Naruto-kun, se está cansado... Pode ir dormir — Hinata disse. — Eu estou cuidando do Boruto, pode dormir.

— Nah dá... — Naruto murmurou. “Nah dá?”, indagou Hinata para si mesma, sorrindo, enquanto acariciava o cabelo do marido, enquanto o loiro afundava o rosto no pescoço da esposa. — Num consigo...

— Antes de se sentar, lave o rosto e as mãos — Hinata beijou o nariz dele. — E depois tome café conosco.

Minutos, longos minutos depois, o Uzumaki apareceu com uma expressão mais bonita, sorriso saudável, e um brilho incondicional nos olhos.

— Nem parece mais o dorminhoco e sonolento de mais cedo — Hinata disse com um sorriso nos lábios, enquanto servia a mesa, e sentou-se perto da criança que ria da cara do pai.

— Oe, Boruto, por que está rindo? — indagou Naruto. A morena soltou uma risadinha, e passou os dedos –indicadore e médio –, sobre os lábios superiores do marido, limpando o rastro que tinha da espuma de barbear. — O quê?

— Estava sujo — ela respondeu, e olhou para Boruto, que fez um grande beicinho. A Uzumaki balançou a cabeça, e acariciou a cabeleira loira do filho, entregando-lhe, em seguida, a mamadeira. — Então?

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