CAPÍTULO 9: CORPORAÇÃO

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Esperei do lado de fora pelo Alexander, realmente não entendia qual o problema de querer me tornar melhor e menos inútil, e daí que era o Alexander que estava me ensinando tudo isso? Ele não era um monstro e era o único que podia me ajudar nisso. Mas a verdade era que eu realmente não via o Neythan há alguns dias... Talvez pudesse ir lá antes que o Alexander...

— Espero que essa cara seja de alegria. — Disse alguém

Voltei minha atenção na rua onde o carro do Alexander estava parado, a janela do carro estava abaixada e ele estava me encarando de lá de dentro. Eu abri a porta e entrei.

— Problemas? — perguntou ele

— É... Não!

— Mentirosa.

— O Alam acha que eu me distanciei do Neythan.

— E é mentira? — perguntou ele

Estava prestes a dizer alguma coisa, mas ele e o Alam tinha razão, mas tinha que ser assim até eu aprender a controlar aquele poder.

— O que vamos fazer hoje? — perguntei mudando de assunto, não queria mais falar do Neythan.

— Treinaremos a parte do poder. Mas como você já sabe que não pode ficar forçando demais, precisa de um descanso. Pensei em levar você a um lugar na quinta-feira.

—Que lugar? — perguntei desconfiada

— Você já conhe... A Melissa conhecia. Se quiser pode levar alguns dos seus amigos, tem lugar para se hospedarem lá.

— Que lugar?

— É uma fazenda. Existe já há algumas décadas, foi passando de geração para geração. Tem uma coisa importante lá que eu gostaria de te mostrar.

— Você vai a lugares como uma fazenda?

Eu não consegui esconder minha surpresa, o Alexander tinha um jeito elegante de ser, ele só usava terno e gravata, tinha um jeito de falar cortês, e um estilo vitoriano, parecia ser o tipo de pessoa que só frequentava lugares chiques. Eu estava na verdade muito surpresa.

— Eu nem sempre fui assim. Se acha que vim de uma família rica está enganada. Mas gostaria de levá-la até lá.

Essa eu não perderia por nada.

— Mas... O Neythan não vai gostar dessa ideia.

— Então o convide para ir. Não me agrada a ideia de estar no mesmo ambiente que ele, mas não é isso que importa.

— Não acho que ele iria a um lugar que pertence a você — apesar de já ter acontecido uma vez...

— A fazenda não é minha. São de algumas pessoas que eram parentes de outras que já se foram.

— Tá bom. Vou tentar convencê-lo a ir.

O Alexander estava prestes a ligar o carro quando o celular dele tocou, parecia ter relação com o assunto da outra vez porque novamente ele disse que já estava indo.

— Tenho que ir. Acho que podemos continuar o treinamento depois.

— Sem chance. Vou com você.

— Isso é meio perigoso.

— Você prometeu — adverti colocando o cinto de segurança e cruzando os braços em sinal de que eu não iria sair dali.

Ele sorriu sem humor e concordou com a cabeça.

— Promessa é divida! — Disse ele ligando o carro

Alguns minutos depois estávamos parados em frente a um enorme prédio, a área por ali era bem luxuosa, pois só tinha enormes prédios bem decorados e as pessoas todas vestidas de um jeito elegante.

— Como já sabe tem algumas pessoas armando alguma coisa para pegar os originais. Estou investigando desde o final do ano passado. Consegui descobrir que desenvolveram uma coisa capaz de enfraquecer os originais — Ele disse e apontou para o prédio a nossa frente, tinha alguns seguranças na porta — Outra corporação desenvolveu um capaz de neutralizar o efeito desde outro.

— Quer dizer, um prejudica e o outro ajuda? Qual a finalidade disso?

— Acho que na verdade é a mesma corporação, eles precisavam de um segundo plano caso falhassem, assim teriam um capaz de fazer que o original se regenerasse novamente. E para não serem um alvo fácil dos originais que descobrissem, estão desenvolvendo cada um em prédios diferentes. Tudo que eu preciso fazer é conseguir uma amostra de cada.

— Isso é fácil. É só você convencê-los a fazer isso. Como já fez comigo algumas vezes. — ele me encarou por um segundo, mas desviou o olhar para a rua, não sabia dizer o que ele estava sentindo.

— Não acho que seja tão fácil assim. Eles estão planejando contra os originais. É lógico que precisam se proteger caso algum deles descobrissem. Acho que deram a poção para os seguranças e todos que trabalham lá.

— Sabe como são as poções?

— Sei que a verde impossibilita que possam se regenerar e deixam fraca, a azul ajuda que possam se regenerar novamente.

— Como você sabe se realmente conseguiram isso? Testaram em alguém?

— No final do ano passado no seu baile de formatura quando foi se despedir de mim, uma conhecida me ligou. Depois disso, ela sumiu. Acredito que estejam a usando como cobaia.

Ele me olhou por alguns segundos e percebi que estava sendo sincero, até porque, era o Alexander, ele não mentia; não tinha nada a esconder.

— E você não se preocupa com ela? — perguntei meio enciumada

— Ela faz parte do meu passado.

— Já ficou com ela?

— Vamos falar sobre isso? — perguntou ele arqueando uma sobrancelha

— Como vai entrar lá, então? — perguntei mudando de assunto.

— Ainda não pensei nesta parte.

Estava prestes a me candidatar para ir quando vi alguém que conhecia lá na porta, quer dizer... Não conhecia muito bem a pessoa, mas já havia falado com ela uma vez. Verônica.

— Já sei. Eu vou.

Toque De Sedução 2Onde histórias criam vida. Descubra agora