CAPÍTULO 40: NOITE DOS FILMES

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Depois do encontro do Alam quando ele voltou para casa, tivemos uma longa conversa e fiquei atualizada sobre todo o resto do que tinha acontecido com ele quando estava fora, fazia tempo que não sentávamos e ficamos algum tempo juntos e não me referia apenas em minutos, muito antes passávamos horas e horas conversando, assistindo coisas que passava na televisão entre varias outras coisas. O Alam era praticamente meu anjo da guarda; sempre que precisava ele estava ali, apesar de que agora eu também tinha ao Neythan, mas era completamente diferente, o Alam era mais que um amigo, era meu irmão, não era de sangue, mas considerava do fundo do meu coração.

Estava um pouco tarde, mas ainda não estava cansada e o Alam também não conseguia dormir e pelo que parecia meus pais ainda deviam estar em um encontro então preferimos assistir a um filme de terror.

— Sério! É por isso que não gosto de filmes de terror. Quem em sã consciência ainda faz filmes assim? Eles perderam totalmente a graça, não é como antes. — Disse o Alam comendo um pouco de pipoca.

— Bom, não acho que seja um dos melhores, mas, ah... Espera olha, ela vai até o porão.

— Até parece que você não sabe o que vai acontecer.

— Eii, para com isso foi você que escolheu o filme eu é que devia estar reclamando.

— Ouvi comentários positivos sobre o filme, além disso, o trailer parecia bem legal, agora a gente vem assistir e se depara com uma coisa ruim.

— Não é tão ruim... Ta vendo? Não tinha ninguém no porão... Não... Ela está indo para a casa assombrada...

— Casa assombrada vírgula, a única coisa que está me assombrando é a atuação da mulher.

Comecei a rir do comentário dele o que era totalmente verdade, mas não me referia a atuação da mulher e sim da situação em que ela estava, até parece que se você soubesse que tinha um cara tentando te matar você iria ficar procurando por ele no porão ou uma casa velha "assombrada" que segundo ao filme antes era um parque de diversões.

Voltamos a atenção para o filme até chegar em uma parte que o Alam ficou tão concentrado que parou com os comentários sarcásticos dele, eu também comecei a prestar mais atenção o que com toda certeza foi um erro, a cena seguinte foi a mulher tomando um baita susto assim como eu e o Alam que acabamos gritando já que alguém apareceu para nos dar um susto.

Eu levantei com a mão no coração assustada e liguei a luz. Meus pais estavam parados a pouca distância rindo da nossa cara.

— Eu não acredito que vocês fizeram isso eu quase morri de susto.

— Não me culpe foi ideia do seu pai. Vocês estavam tão centrados que entramos e vocês nem perceberam, e como a hora parecia perfeita...

— Vocês nos assustaram — eu disse completando a fala da minha mãe.

— Na verdade foi só a Mhylla que se assustou, eu gritei junto para dar mais efeito. Percebi que vocês tinham entrado. — Disse o Alam se levantando e pausando o filme.

— Eu não acredito que você fez isso comigo. Que maldade.

— Desculpe, eu precisava fazer isso.

Ignorei os três que estavam rindo da minha cara e me sentei novamente no sofá esperando que o Alam voltasse para terminarmos de assistir.

Como os meus pais também tinham alugado alguns filmes, decidimos todos continuar por ali mesmo, assim estava toda família reunida de novo, o que eu achava bom, estava faltando somente é claro o Neythan, mas havia mandado uma mensagem para ele e ele disse que não estava em casa, mas que chegaria logo.

— Decidi que talvez vou fazer faculdade de letras. Não é necessariamente preciso fazer faculdade para ser escritor, mas prefiro assim. Acho que vou investir nisso agora.

— Acho isso bom. Você sempre gostou de escrever. — Disse meu pai

Eu sabia que isso não era necessariamente o que eles estavam esperando de mim, mas eu tinha que fazer uma coisa que eu gostava; isso seria o meu futuro, talvez depois eu pensasse fazer outro tipo de faculdade, porque afinal de contas eu tinha a eternidade para isso.

— E sobre dirigir? Já pensou o que você quer? —perguntou minha mãe

— Prefiro uma moto. Um carro é muito espaçoso pra mim, prefiro algo simples e pequeno.

— Já sabia que a sua escolha seria isso. — Disse o Alam mexendo no meu cabelo.

— Isso é influencia do seu namorado? — perguntou minha mãe, ela odiava a ideia de eu andando em uma moto, para ela o carro é mais seguro.

— Na verdade não. — Respondi.


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