CAPÍTULO 49: MORTE

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Em casa eu tomei um banho e mantive o Alam atualizado sobre o que tinha acontecido, em seguida esperei meus pais chegarem e conversei com eles sobre a Verônica e a irmã dela. Meu pai disse que conhecia um bom medico e que poderia ajudá-la.

— Quando é que você vai pensar em nos apresentar seus novos amigos? Cada dia você aparece com um amigo diferente — tinha dito meu pai enquanto conversávamos.

— Com isso eu tenho que concordar — disse a minha mãe fazendo cara de advertência — Tenha mais cuidado com quem você conversa.

Eu não havia contado a eles sobre o que a Verônica e a irmã dela fizeram, seria informação demais, eles só precisavam saber que a irmã dela precisava de um bom médico e que elas não tinham parentes próximos para pagar uma consulta. Nessa parte eles também são iguais a mim; se alguém precisasse de ajuda, eles ajudariam sem hesitar, só não sabia se eles seriam tão compreensíveis quanto eu sobre a questão de que, a pessoa que estavam tentando ajudar era a que tinha tentado tirar uma vida.

Ficou combinado que eu chamaria a Verônica e a irmã dela e meus pais conversariam com elas e resolveriam tudo, liguei para a Verônica avisando e elas iriam ali para casa no dia seguinte.

Depois disso recebi uma ligação da Sabrina dizendo para nos encontrarmos com ela no castelo do Alexander, se fosse pelo Neythan ele não teria ido, mas pedi para que ele fosse comigo, precisava dele ao meu lado.

Chegando lá a Sabrina nos aguardava na entrada, os empregados deviam estar em outro lugar porque não conseguia ver ninguém por ali. Ela levou a gente pelos longos corredores do castelo até chegar a uma parte com grades, ali era uma sala quadrada sem decoração nem nada, tinha apenas uma portinha grudada no chão que eu tinha certeza que dava para algum porão.

Depois descer, chegamos a uma enorme sala, tinha uma mesa por ali e o Burke estava deitado desacordado, o Alexander estava encostado na parede parecendo pensativo.

— Essa sala é de...

— Aço. Toda feita de aço. Foi construída para suportar qualquer coisa, até mesmo originais. — Respondeu o Alexander.

— E por que você faria uma sala assim? — perguntei, estava mesmo interessada em saber.

— Teve uma época que comecei a perder o controle sobre mim, não conseguia me controlar mais... — ele disse, pareceu calcular o peso das palavras e depois continuou — Na mesma época em que perdi a Melissa e mesma época que coloquei a maldição na cidade.

— Quer dizer que já perdeu o controle sem ser propositalmente. — Disse eu

Já tinha visto a Ambre nesse estado quando ela me atacou com as gárgulas, e o Neythan naquela noite do jantar com os pais dele, era uma coisa que eu preferia não ver mais. Eles ficavam completamente fora de si.

— Sim! Com isso, eu precisei ser trancado aqui até me controlar. Aquela empregada que você sempre via por aqui, ela sempre esteve comigo me acompanhando, pode-se dizer que ela é como uma... Mãe. E não, ela não é humana.

— Se ela é tão importante porque ainda a deixa trabalhando como empregada?

— A escolha não foi minha e sim dela, ela é orgulhosa demais para aceitar ficar na casa de alguém sem fazer nada. Apenas a algum tempo que consegui convencê-la a ser a governanta do castelo.

Voltamos a atenção para o Burke, concentrei nos batimentos dele e o coração estava acelerado, isso queria dizer que ele não estava morto, mas ele poderia estar desacordado com os batimentos tão rápido assim? Parecia quando alguém ficava em pânico.

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