Toque De Sedução 2

CAPÍTULO 22: A LOIRA DA MOTO

Fui dormir a noite me sentindo completamente sozinha, eu queria conversar com o Neythan, no momento não havia nada que eu quisesse mais que isso, era como se um buraco tivesse sido aberto no meu coração, doía só de pensar. Levantei jogando esses pensamentos para longe, não iria ficar em casa porque senão iria acabar me sufocando, iria até a cidade ficar um tempo por lá e conversar com as meninas.

Depois que terminei de me arrumar peguei meu celular e minha jaqueta, meus pais já tinham ido trabalhar e o Alam estava terminando de arrumar as coisas para a viagem dele, então eu aproveitei e peguei uma carona com ele até a cidade e de lá ele continuou a viajem. Combinei de encontrar as meninas em um restaurante que tinha ali perto, então acabei ficando por ali mesmo.

Enquanto esperava acabei vendo uma pessoa que tinha conhecido algum tempo, era aquela ruiva... Verônica, ela me viu e acenou pra mim, vindo se sentar onde eu estava.

— Legal te encontrar aqui. Está esperando alguém? — perguntou ela se sentando

— Umas amigas.

Acabei lembrando que ela tinha alguma relação com aquele prédio em que o Alexander estava pesquisando, talvez pudesse conseguir algumas informações com ela.

— Legal. Eu vim para almoçar, tenho que voltar para o trabalho daqui a pouco. É meio cansativo sabe?

— Você trabalha por aqui?

— Trabalho em um daqueles prédios luxuosos. Entrei recentemente, precisava de dinheiro porque a minha irmã está doente e os remédios dela são caros.

— Sua irmã?

— Eh! Hilary. Não somos iguais. Eu sou adotada. Ela já tem os cabelos escuros essas coisas, sabe?

— Interessante. E os seus pais?

— Moramos sozinhas. Já somos maiores de idade então fica um pouco mais fácil, mas como a saúde dela é fraca ninguém contrata ela.

— Você disse que entrou recentemente no trabalho?

Ela fez que sim com a cabeça.

— Isso. Não sei muita coisa de lá, sei que eles fabricam alguns remédios, mas acho que é tudo legalizado porque caso contrário aquilo já teria fechado, certo? Eles são muito estranhos, agem de forma conservadora. Só continuo trabalhando lá porque eles pagam bem. Mas depois que terminar minha faculdade e arrumar um emprego é certo que saio de lá.

Da forma que ela falava daquele lugar duvidava que ela soubesse mais alguma coisa, então provavelmente ela nem fazia ideia do que acontecia por de trás de tudo aquilo. O Alexander tinha dito que precisava pegar umas amostras, talvez eu pudesse conseguir...

— Se pedisse para me ajudar a entrar na empresa, me ajudaria?

— Lá? Por quê? Você precisa de algum medicamento?

— Hum... É. Quase isso.

— Posso ajudar você entrar. Mas terá que falar com o Burke lá, ele que comanda tudo.

— Ah. Claro. — disse

As meninas chegaram alguns minutos depois e Verônica acabou ficando para almoçar com a gente, eu veria com o Alexander e assim que desse poderia tentar ir até lá.

Voltei para casa mais à tarde já que a maioria das meninas já tinha o que fazer, passei a primeira parte do tempo arrumando algumas coisas da casa e a outra parte pesquisando sobre universidades.

Como não tinha outra coisa mais interessante para fazer decidi terminar de escrever um conto que estava escrevendo algum tempo antes de me mudar pra cá. A ideia do Alam não era ruim, eu gostava de escrever e tinha uma imaginação muitas vezes fértil. Eu escrevia alguns poemas de vez enquanto, mas nada muito exagerado, já que não era muito chegada neste tipo de coisas. Nunca tinha arriscado a escrever longos contos, sempre parava na metade como a história em que estava escrevendo antes.