Toque De Sedução 2

CAPÍTULO 32: CONSCIENTE

Eu não sabia se estava sonhando ou se já estava acordada, conseguia ouvir sons a minha volta, mas não conseguia ver nada, era como se tivessem me colocado em uma imensa sala e apagado todas as luzes impedido que alguma luminosidade entrasse na sala. Eu queria andar, mas não sabia que caminho seguir, pois a escuridão era imensa. Isso sem contar a dor esmagadora que eu estava sentindo, queria falar, mas parecia que quando tentava cada parte interna do meu corpo doía. Na verdade não sabia dizer uma parte que não estivesse doendo, não conseguia prestar atenção; eram as minhas mãos, os pés, o corpo praticamente todo.

— Precisamos dar o antídoto pra ela. Não sabemos se conseguirá se recuperar sozinha — disse uma voz familiar

— Não podemos, Sabrina. Ela precisa estar acordada para que isso aconteça.

— Acho que ela está consciente!

Fiz o máximo de esforço que pude até conseguir ver formas a minha volta, não era uma imagem certa, mas conseguia ver a silhueta de duas pessoas. Uma delas acabou saindo e a outra ficou parada.

— Consegue me ouvir? Ou me ver?

— S-sim. — Conseguir responder, mas não sabia quem ela era.

— Ótimo. Talvez você não saiba quem sou. Você salvou a minha vida e por isso talvez eu tenha simpatizado com você. Meu nome é Sabrina. O que você fez foi muito arriscado e corajoso. Não sei como conseguiu. Eu já vi o Neythan e o Alexander tentarem e não conseguirem e olha que eu sei que eles têm força para derrubarem um prédio se quiserem...

Neythan... Alexander...

O Neythan. A última coisa que me lembrava era de ter desmaiado ao lado dele. Não sabia como ele estava e também ele não estava naquela sala. Eu comecei a entrar em pânico internamente.

— Cadê o Neythan? Ele está bem? Onde ele está?

— Eiii, Eiii calminha ai mocinha.

— Cadê o Neythan?

— Ele...

— Ele está bem não está? — perguntei, ela parecia estar hesitante quando ia responder e por experiências sabia que isso não era bom.

Meu coração tinha disparado e eu comecei a ficar nervosa e isso só pirou a situação, pois comecei a sentir mais dores.

— E o Alexander?

— O Alexander está bem. Furioso, mas está bem.

— O Neythan? — perguntei impaciente e a dor pareceu aumentar.

— Escuta. O Neythan... Ainda não acordou. Não sabemos se ele vai ficar bem e não podemos levá-lo para um hospital, pois saberão que ele não é somente um simples humano. Isso não explica muita coisa de não o levarmos para lá, porque de qualquer forma ele poderia acabar morrendo — ela arregalou os olhos —O que quero dizer é, ele vai ficar bem, se o levarmos para um hospital será ruim, pois caso descubram sobre ele começaram a investiga-lo e...

Comecei a chorar, não acreditava nisso, ele tinha que ficar bem, como assim ele ainda não tinha acordado? Eu não tive a chance de me desculpar com ele de dizer o quanto o amava e que queria que ele ficasse ao meu lado. Ele tinha que ficar bem.

Era culpa minha tudo isso, tudo culpa minha confiar naquela Verônica, que estava o tempo todo ao lado da Loren, que esse tempo toda era as subordinadas daquele Burke. Eu tinha sido burra por acreditar e cair facilmente naquela armadilha.

— Quero ver o Neythan. — Falei tentando me levantar, mas tudo rodou e meu corpo todo doeu.

— Não! Primeiramente vamos cuidar dos seus ferimentos e depois te levo até ele.