Toque De Sedução 2

CAPÍTULO 33: ESTÁ TUDO BEM

Ficamos em silêncio por alguns minutos até ele se levantar, eu acabei ficando confusa, pois ele estava todo machucado e ainda assim tinha forças para ficar de pé. Ele não era o tipo que ficava reclamando por qualquer machucado até porque essa era a primeira vez que eu o via machucado, pois antes ele sempre se regenerava. Era difícil vê-lo tão vulnerável.

— Aonde... você vai? — perguntei ficando aflita, mas ele não respondeu.

Ele deu a volta na cama e parou perto de mim e eu o olhei confusa. Ele passou um dos braços nas minhas costas e depois me pegou, achei meio estranho essa atitude de repente, mas não iria dizer que não estava gostando de ficar perto dele, era a melhor sensação do mundo. Só que naquele momento eu não poderia me permitir ser egoísta, ele estava todo machucado e isso poderia acabar piorando a situação.

— Não... acho uma boa... Ideia. Você está todo machucado.

— Não me importo com isso. Eu posso me regenerar, por enquanto você não. Então temos que cuidar disso.

Ele atravessou o quarto indo até o banheiro onde Sabrina disse que tinha preparado o banho. Era enorme; tinha até banheira, onde já estava toda cheia de água.

Ele me ajudou a sentar na banheira, e puxou meu vestido jogando no chão, não me importei em ficar só de roupa intima na frente dele, queria que ele continuasse ao meu lado. Antes de se afastar de mim ele parou o olhar na minha mão e sabia exatamente o que ele estava pensando

— Neythan...

— Não precisa dizer nada. — Disse ele pegando um frasco azul que estava ali do lado, percebi que era aquele que tinha pegado junto com os outros naquele prédio.

— Isso...

— Vai ajudar você a se curar mais rápido. — Respondeu ele antes mesmo que eu pudesse terminar a frase.

— Mas e você?

— Não tem que se preocupar comigo. Vou ficar bem.

Ele colocou o conteúdo do frasco em uma esponja e começou a passar delicadamente no meu braço até chegar à minha mão, acabei ficando sem graça, mas não me importei, era bom ter ele cuidando de mim daquele jeito, isso demonstrava que de alguma forma, mesmo que pequena, ele ainda se importava comigo. Não que eu duvidava disso, mas ultimamente estávamos em uma situação difícil, então minha insegurança retornava.

Ele de repente parou o olhar na minha clavícula, achei que ele estava querendo dizer alguma coisa, mas acabei não dizendo nada pra não interromper seja lá o que ele estava pensando.

— Sua marca de nascença sumiu. — Disse ele, por fim.

— O quê? Como assim?

Será que ele estava falando sério? Isso não era possível, não era uma daquelas marcas que apareciam nas pessoas e depois desapareciam com o tempo, sabia que tinha aquela marca desde quando nasci.

Ele me entregou um espelho que estava em cima de uma cômoda ali perto, eu olhei e era exatamente isso. Eu não sabia explicar como isso tinha acontecido, sabia que estava com a marca desde quando estava presa naquele prédio e eles foram me salvar, então ela só poderia ter sumido neste meio tempo.

— Eu... Não sei como...

— Eu acho que tenho uma ideia. — Ele falou calmamente e eu o encarei

Ele pegou meu braço esquerdo e continuou aquele processo, vi que onde ele passava aquele liquido azul ia se regenerando, e a esse estado minha mão direita já estava completamente bem. Sem nenhuma queimadura ou arranhão.