Travis (Primeiro) e Connor (Segundo)
(...)
Minha cabeça doía muito, meus olhos estavam fechados e era possível ouvir vozes ao fundo, vozes essas que pareciam estar tendo uma discussão.
-Isso é contra as regras...-Alguém diz.
-Queremos ganhar, vamos logo.-Uma voz feminina diz, sinto passos indo para longe, e alguém se aproximando de mim.-Ei, acorde.-Sou chacoalhada, abro os olhos lentamente, seu rosto estava preocupado.
-Oi.-Respondo.-A bandeira...-Digo.
-Não importa agora, é só um jogo, você está bem?-Diz, ele me coloca sentada.
-Minha cabeça dói.-Digo, tocando no local onde doía.
-Não encoste. Consegue andar?-Diz.
-Acho que não interferiu nas minhas pernas.-Digo, confusa.
-Você pode ter tontura.-Diz, me dando a mão e me puxando. Forte de mais, ele estava certo junto com a tontura veio a escuridão breve na visão.-Eu disse.-Ele sorri.
-A água.-Digo. Ele me auxilia até a beira do rio, onde me sento e o toco.-Obrigada, desculpa te atrapalhar na proteção da bandeira.-Respondo, culpada.
-Tá tudo bem, a grande pegadinha era que nos não estávamos guardando a bandeira, apenas deixamos eles pensarem isso.-Ele pisca.
-Inteligente.-Respondo. Escuto um barulho muito alto.
-Vem, vamos ver quem ganhou.-Ele, me da a mão e me ajuda.
Assim que chegamos, é notório ver Annabeth balançando a bandeira, enquanto Percy e Maia estão emburrados e com os braços cruzados.
-Não é justo.-Resmunga, Maia. Percy, apenas concorda com a cabeça enquanto Annabeth ri, seus olhos se encontram no meu e ela para.
-O que aconteceu?-Ela pergunta seriamente.
-Nada, tá tudo bem.-Sorrio.
-Não me parece estar tudo bem.-Percy, diz.
-Está tudo bem.-Afirmo.
(...)
Após toda aquela emoção, fui tomar banho e me arrumar para a fogueira. Quando cheguei o clima estava estranho, havia algo de errado.
-O que aconteceu?-Pergunto, baixinho, para Annabeth.
-Não sei ao certo, mas a Maia e o Nico mal estão se falando.-Responde.
-Que estranho.-Digo.
-Eles terminaram de novo.-Diz, Percy.
-De novo? Por quê?-Pergunto.
-Eles são o famoso casal ioiô, sempre terminam por inúmeros motivos que nunca entenderemos, mas dessa vez foi por causa da Elle.-Percy, explica.
-Elle?-Questiono.
-É uma irmã da Maia, ela sempre arrastou asas pro Nico, e a Maia sempre se mordia de ciúmes.-Percy, continua.-Ai, ela viu os dois se abraçando, e ficou brava, eles discutiram e terminaram.
-Que complicado.-Digo. Relacionamentos são tão complicados que me dão medo.
A Maia senta ao lado de um carinha que estava tocando violão, ele começa a tocar e Maia começa a cantar, ela cantava tão lindamente enquanto olhava fixamente para o Nico, o trecho que mais me chamou a atenção e creio que para todos foi o que dizia "Você diz que quer terminar, então nós terminamos
É um erro, então nós voltamos
E então nós ficamos, você pira
Aqui vamos nós novamente
Você diz que vamos muito rápido, quando você está sóbrio
Então pegue uma bebida, você está vindo
E então nós ficamos, você pira" Nunca imaginaria que um acampamento onde haveriam semideuses gregos aconteceriam coisas como essas, era perceptível o clima mexicano que rondava por ali.
Em todo momento Nico não tira os olhos dela, que se move lentamente conforme a melodia da música, ela é a pessoa que eu quero ser quando crescer.-Como está sua cabeça?-Connor aparece do meu lado, me fazendo pular se susto.
-Meus Deuses!-Digo. Ele dá risada.-Doendo, não me dê sustos.
-Desculpe.-Ele diz.-Não parece novela?-Ele diz olhando pra Maia.
-Sim, é tão engraçado, me da vontade de acompanhar o resto.-Eu dou risada.
-Quer dar uma volta?-Ele sugere.
-Claro.-Digo, me levanto e bato no meu short afim de tirar a sujeira.
Nos levantamos e começamos a caminhar, a lua estava linda, iluminando todo o acampamento o deixando cada vez mais belo.
-Mas e então?-Ele, pergunta.-Me conta de você.
-Eu não tenho muito o que contar, tenho a vida mais sem graça do mundo.-Digo.
-Você é filha de Deuses.-Ele diz o óbvio.
-Bom, é a única coisa de diferente que aconteceu.
-Me conta.-Ele insiste.
-Eu achava que era órfã, tinha poucas amigas quando criança, a maioria foram adotadas, chegando uma parte da minha infância ser bem solitária, estudei, sofri bullying no colégio. Depois fui expulsa do orfanato, e me virei.-Digo, fazendo um breve resumo.
-Uau, e como você vivia? Antes daqui.
-Quando eu saí do orfanato, eu fiquei desolada, fui pedir dinheiro na rua, aconteceram coisas, e eu saí da Australia.-Digo.
-Por que saiu de lá?-Diz.
-É uma parte delicada, que talvez eu te responda futuramente.-Sorrio sem graça.
-Eu sinto muito, mesmo você não me contando parece ser algo bem doloroso.-Ele diz, me abraçando de lado.
-Tá tudo bem, eu superei.-Minto.
-E nunca se apegou a ninguém?-Pergunta.
-Bom, uma vez, digamos que foi uma experiência ruim, então eu acho que fico melhor sozinha, não sei ter relacionamentos com as pessoas, de nenhum tipo.-Digo.
-Como tudo na vida, você vai aprender, não julga os relacionamentos por causa do uma experiência ruim.-Ele diz.
-Sim, mas eu não quero aprender isso, porque sempre há dores, e tenho dores de mais.-Digo, colocando a mão na cabeça. Ele pega uma bolsinha e me dá.
-Coloque em baixo do travesseiro antes de dormir, os filhos de Hipnos fizeram pra mim, caso tenha problemas pra dormir por causa da dor.-Ele coloca os dedos levemente na minha cabeça.
-Obrigada, dói.-Digo, me retraindo, pois ele pressionou um pouco mais forte.
-Desculpe, não está tão inchado vai melhorar logo.
-Obrigada, Doutor.
Pingos de chuva começam a cair do céu, e depois mais fortes.
-Vem, vamos.-Diz, Connor.
-Tá brincando? A chuva lava a alma, não se molhar nela é quase um crime.-Explico. Fecho os olhos prestando atenção na sensação que as gotas me transmitem ao baterem em meu corpo.-É incrível.
-Você pode ficar doente.-Ele diz.
-Talvez, mas vai valer a pena.-Sorrio.
(...)
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Semideusa: A Filha de Poseidon e Anfitrite
RandomNyxie, uma órfã australiana, se muda pra New York com o desejo de viver uma vida melhor, mas sua vida da uma reviravolta que ela não estava preparada, ela descobre que é filha de dois deuses gregos, Poseidon e Anfitrite, sendo então uma deusa menor...