(...)
–Todos prontos?–Maia questiona sorridente. Prendo meu cabelo e Connor coloca seus óculos escuros, Annabeth ajeita os óculos falsos de grau e Percy bagunça os cabelos, Nico continua com a mesma cara de sempre.–Ótimo, vamos!
Nos juntamos aos de mais e nos certificamos em fazer parte do ambiente, Anne se preocuparia em manter o guia ocupado com suas perguntas, Connor em distrair os guardas junto com a ajuda de Percy, Maia e Nico iriam até o local onde ela escondeu o cubo e eu iria vigiar, o plano era simples, fácil e teria que ser rápido.
O guia iniciou seu tour, Annabeth estava atenta e se preparando para fazer suas perguntas, Maia andava calmamente com um brilho diferente no olhar, Connor estava olhando pras coisas com curiosidade e Percy o olhava atento.
O guia começou a andar e todos o acompanhávamos ele dizia fatos e curiosidades e em cada um deles Anne fazia exatas três perguntas, ele respondia pacientemente e foi assim até chegarmos a parte central da igreja, onde teria uma escada na parte lateral que daria acesso a torre. Maia espirra discretamente, esse era o sinal de que ela e Nico iriam subir, ela movimenta a mão e eles somem, fico parada na frente da escada, me preparando pra impedir qualquer um de subir.–Ao subir essas escadas temos a torre mais alta da catedral, onde se eram feitos estudos e reuniões a respeito de magia e bruxaria. Esses estudos e caça as bruxas foram mais recorrentes no século 17. A bruxa mais famosa de Pontoise foi Maia, que "tinha cabelos negros e densos, olhos do demônio, uma pele branca que se destacava no vestido púrpura em que usava." Como podem ver nesse pergaminho.–Ele aponta pra um pergaminho colocado em uma parede que tinha umas palavras escritas em francês, creio eu que seja o que ele acabou de dizer.
A garota era a Maia, com roupas antigas e um olhar malicioso, era uma pintura bem realista, mas não estava muito bem preservada, se você visse a Maia e a pintura lado a lado iria ser muito mais visível, pois eram idênticas.
–Qual a história por trás dessa obra?–Anne questiona interessada. Até eu estava, saber mais sobre a antiga Maia é algo muito curioso.
–Fora de Pontoise, a feiticeira, como era chamada, não é mencionada, mas aqui ela é parte do folclore da cidade. Nascida em meados de 1800, era uma jovem estranha, mas nada de anormal, rondavam murmúrios de que ela e sua mãe, Heloise, eram feiticeiras... Muitas pessoas iam até elas doentes e saim curadas, isso foi chamando atenção da igreja, que esperava pacientemente para queimar as duas...–Ele começa a contar.
–Mas por que eles esperavam?–Anne questiona novamente.
–Elas eram muito amadas por todos, pois acabavam com dores e doenças, a igreja sabia que causaria revolta no povo, que não as consideravam esposas de satanás e sim, seres enviadas por Deus. Mas tudo isso mudou quando a filha se revoltou, a cidade inteira entrou em uma era glacial, o frio era tenebroso e todos sabiam quem tinha feito isso, ela!–Ele diz fortemente, alguns se entreolham.–Mas então em uma manhã tudo voltou ao normal e a casa das curandeiras, estavam vazias, apenas ficaram os móveis; A casa foi fechada pela igreja e só foi aberta novamente quando ela foi transformada em museu.
–Podemos ir lá?–Uma moça questiona, o guia sorri.
–Iremos após visitarmos o antigo jardim.–Ele diz.
–Onde posso saber mais sobre essa história?–Anne pergunta.
–Há poucos livros que contam e são muito raros, mas na biblioteca da cidade deve ter algo sobre.–Ele responde.
–Não há mais pinturas dela?–Pergunto. O guia me olha curioso, como se não tivesse notado que eu estava aqui.
–Só temos esse pergaminho, infelizmente não está em boas condições, mas nós faz ter uma noção de como ela...–Ele para de falar e eu sigo seu olhar. Maia e Nico estavam parados na frente de uma parede; Como eles foram parar aí?–Era, com licença, senhorita.–O guia diz andando em direção a Maia, o seguimos com o olhar, ela o olha e ele faz uma expressão confusa.
–Oi?–Ela pergunta.
–Você é muito parecida com ela.–Ele diz apontando pro pergaminho, Maia anda e para na frente dele, ela sorri.
–Que curioso, não?–Ela questiona, ele sorri.
–Demasiadamente.–Ele responde a olhando fixamente.
Ela me olha nos olhos por alguns segundos, entendo como sinal de que tudo correu bem e me afasto das escadas, chegando até ela.
–Tudo certo?–Questiono, ela afirma. Tossindo aviso Anne de que tudo já estava certo.
Anne derruba uma caneta e Percy a pega, esse era o sinal de que deveríamos ir, Percy olha pro Connor que para de passar mal, o guarda o olha confuso.
–Merci.–Connor diz sorrindo pro guarda, que visivelmente não entendeu nada.
(...)
Finalmente estávamos todos no hotel, sentados em nossas camas esperando Maia nós contar como foi.
–Eu estava me questionando se deveria esperar até a noite, já que a lua estaria em seu pico, mas não precisei, passei facilmente pela barreira, estava no chão, bem no fundo da sala, tinha um pentagrama escrito, Nico não viu, mas eu vi perfeitamente. Aqui está.–Ela diz levantando um cubo azul que brilhava.–É tão estranhamente familiar a sensação que ele me trás.
–Eu fico feliz que tenha conseguido.–Percy diz, Maia sorri.–Agora vamos finalmente aproveitar e ficar sem sair pra missões, né?
–Sim.–Maia, Percy sorri satisfeito e suspira cansado.
–Quando que sua barriga ficou desse tamanho?–Percy questiona chocado olhando pra barriga de Annabeth.
–Há alguns dias, mas creio que o motivo é por ser gêmeos.–Ela diz olhando pra sua barriga.
–Meus deuses!–Percy exclama, Maia ri.
–Bom, por enquanto, isso vai ficar comigo.–Ela diz passando a mão em cima do cubo, que vira um pequeno cubinho, ela coloca no pescoço, transformando em um colar.
–Não vejo a hora de voltarmos pra casa.–Digo me espreguiçando, Connor sorri e se deita na cama.
–Já que é nosso último dia, que tal sairmos todos?–Maia sugere, Nico não parece muito animado, mas topa, Anne e Percy também.
–Não tô muito afim, mas bom proveito pra vocês.–Digo e eles agradecem.
Jogo as roupas que trouxe em uma cama e começo a dobrar elas, as colocando em ordem dentro da mochila, enquanto fazia isso Connor me observava pacientemente.
–O que foi?–Questiono curiosa.
–É impressionante como você consegue ficar bonita fazendo qualquer coisa.–Ele diz e eu sorrio.
(...)
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Semideusa: A Filha de Poseidon e Anfitrite
De TodoNyxie, uma órfã australiana, se muda pra New York com o desejo de viver uma vida melhor, mas sua vida da uma reviravolta que ela não estava preparada, ela descobre que é filha de dois deuses gregos, Poseidon e Anfitrite, sendo então uma deusa menor...