Capítulo 3

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  Ao acordar, ajudei Percy a levar minhas coisas para o seu chalé, que agora também seria meu, era estranho como comparado ao chalé de Hermes esse chalé era vazio, contendo apenas eu e o Percy.
  Percy me levou para conversar com o Quiron, pois nem eu e nem ele tínhamos entendido o motivo de eu estar no acampamento sendo que sou considera uma Deusa menor.

-O que posso lhe dizer nesse momento, é que sua segurança estaria apenas garantida aqui dentro do acampamento, é um favor que faço aos seus pais, exercerá as tarefas de uma semideusa como todos os outros.-Explica, Quiron, me deixando menos confusa.

  Após uma breve conversa com Quiron, Percy me leva para conhecer o acampamento, me apresentando cada canto, principalmente os estábulos com Pégasos, me mostrando o seu, Blackjack, um Pégaso negro.
   E aqui estamos nós, em um piquenique, com Annabeth, Maia e seu namorado, Nico.

-Como sabem, hoje é sexta, temos caça a bandeira, seis horas, não se atraseeem.-Diz, Maia, empolgada.

-Caça a bandeira?-Questiono.

-É um jogo coletivo, onde as bandeiras são colocadas em cada extremidade da floresta, para vencer é necessário capturar a bandeira do time adversário e leva-lo de volta ao seu campo.-Explica, Maia.

-E quais são as regras?

-São dois times, o vermelho e o azul, todas as armas e itens mágicos são permitidos, não pode matar e nem mutilar os outros jogadores, a bandeira tem que ser colocada em um local onde todos os integrantes possam ver depois que capturar ela, os guardas não podem ficar a menos do que 9 metros da bandeira, hmmm.-Maia faz uma pausa.-São as regras básicas, é o que você precisa saber.-Conclui.

-Os campistas tem uma base de como é uma batalha, pois você precisa lutar com os outros participantes para pegar a bandeira.-Diz, Annabeth.

-Eu não acho que esteja preparada, sou novata.-Digo.

-Vai ser bom pra você aprender como lutar em equipe, e a como lutar.-Diz, Annabeth.

-Como são dividido os times?-Pergunto.

-Por meio de sorteio.-Responde, Maia.

-Eu espero cair com algumas de vocês.-Digo.

-Com o Percy é certeza que você vai cair, pois a divisão é feita como coletivo ou seja, por chalé.-Diz, Annabeth, e Percy apenas movimenta a cabeça afirmativamente.

(...)

   Após comermos, eu e Percy vamos para o nosso chalé nos arrumarmos.

-Não precisa ficar nervosa, ou com medo. Eu vou estar com você, e se eu não estiver, fique perto da água, se você se machucar, vá para a água.-Diz, Percy. Creio que deveria levar um galão de água, porque do jeito que sou sortuda é capaz de nem conseguir chegar perto do lago, cujo é o único lugar que tem água que eu sei chegar sem a ajuda do Percy.

-Obrigada, Percy.

     (...)

    Depois de todos do acampamento que iria jogar estarem vestidos adequadamente, com suas armaduras, espadas e elmos, que pesavam muito. Quiron depois de explicar as regras o que deixou minha mente mais clara e com mais medo, começou a sortear os times, que ficaram assim:
  Vermelho: Ares, Poseidon, Afrodite, Hermes, Hécate, Nêmesis, Íris, Nike.
  Azul: Atena, Zeus, Apolo, Hefesto, Dionísio, Hipnos, Hebe, Tique.

   Escondemos nossa bandeira e eu fui designada a ficar perto da água, que levava ao caminho da bandeira, então quem passasse por ali, eu deveria atacar, junto comigo estava o filho de Hermes, Connor.
  Desde o começo do jogo, ninguém ainda tinha passado por nós e nem tentado.

-Assustada?-Diz, o garoto.

-Eu tenho cara de quem está assustada?-Pergunto. Eu posso estar assustada, mas nunca deixaria transparecer isso.

-Não no seu rosto, suas mãos.-Ele sorri. É certo de que minhas mãos e pés estavam suando mais do que o normal.

-Eu não estou.-Digo.

-Silêncio, eu tô ouvindo alguma coisa.-Ele, diz. Nós subimos em cima de uma árvore, esperando o que quer que seja passar.-Quando eles chegarem, nós descemos e lutamos com ele, como você é novata, e provavelmente nunca lutou antes, fique atrás de mim, mas participa da luta.-Ele sussurra. Apenas concordo com a cabeça.
   Os barulhos começam a ser mais audíveis e meu coração acelera, fecho os olhos forte, sinto Connor tocar no meu ombro e movimentar os lábios na frase "Você está bem?", eu não respondo, "Eu não vou deixar eles machucam você, confia em mim." Ele sussurra, apenas confirmo com a cabeça respirando fundo.

-Não tem ninguém aqui?-Pergunta, uma garota com cabelos escuros.

-Isso é estranho.-Diz, o garoto. O outro garoto vai andando perto da árvore, só que de repente ele é amarrado por um corda, fiquei altamente confusa. "Armadilha", sussurra, Connor.

-Me tirem daqui!-O garoto grita, se debatendo.

-Use sua faca super afiada que você forjou, já que estava se gabando, Jack.-Diz, a garota rindo.

-Calada, Daiane, é muito alto, vou me machucar.-Diz, o garoto. Os outros dois permaneciam quietos.

-Jack, ou você se solta, ou deixamos você aí, estamos perdendo tempo.-Diz, o garoto, que continha uma aparência mais máscula do que os de mais, ele tinha uma voz grossa e cortante, me causando arrepios, me lembrava muito um guerreiro cruel.
   Connor olha pra mim, fazendo sinais com as mãos, tentei transmitir o meu sentimento de confusão pelo meu rosto, que foi totalmente ignorado por ele, que desce da árvore lentamente parando atrás do garoto forte, iniciando uma luta entre eles.

-A bandeira deve estar perto, vamos.-Grita o outro garoto para a menina. -Ele consegue lutar com ele sozinho.-A garota termina de dizer e pega a mão do garoto que não estava preso. Desço da árvore meio assutada e aponto minha espada pra ela.

   Ela faz uma cara surpresa, que logo é substituída por uma cara de deboche.

-Você quer lutar comigo?-Ela diz e ri.

  Não a respondo e a ataco com a espada acertando seu braço, ela levanta sua espada e começamos a lutar. Não sabia o que eu estava fazendo, a espada era pesada e as vezes eu tombava ela um pouco pro lado, mas eu estava conseguindo lutar, sendo que só lutei com espadas de plástico quando criança.
  Sinto uma pancada forte na cabeça e minha visão escurecer.

(...)

  

Semideusa: A Filha de Poseidon e AnfitriteOnde histórias criam vida. Descubra agora