(...)
O passeio estava sendo extremamente agradável, provavelmente iríamos nos perder, até porque não conhecemos o local, mas não estava me importando muito com com isso. O silêncio não era incômodo, era mais agradável do que uma conversa sem jeito, o olho de relance e um pequeno sorriso estampa seu rosto. Depois de alguns minutos andando paramos em frente a uma arvore grande e bonita, ela tinha uma fisionomia humana.
–Já ouviu falar das hamadríades?–Ele questiona.
–Ninfas ligadas as suas arvores, o mal que causa a elas, estará causando as ninfas. Eu sempre me questionei se isso era verdade, e se fosse, quantas ninfas morreram com suas arvores?–Questiono, ele encara a arvore.
–As vezes me pergunto o mesmo.–Ele diz meio triste. Como o clima pesou tão rápido?–Mas não era isso que eu queria te mostrar.–Ele diz coçando o pescoço. Ele se aproxima um pouco confuso, apenas espero para ver o que ele vai fazer.–Eu sei que é meio incoerente, talvez um pouco rápido... mas eu me prendi em você de uma forma como nunca imaginei me prender a alguém, o seu rosto, seus cabelos azuis, a forma como você fica nervosa ou até confusa...–Ele diz e sorri.– Me cativam..., a sua beleza sutil, sua voz que me soa tão doce, eu posso estar parecendo um bobo, mas eu simplesmente preciso de você na minha vida, você não precisa me dar uma resposta agora, eu não quero te pressionar... Eu só precisava dizer como eu me sinto... Sabe?–Ele diz franzindo as sobrancelhas. O olho com ternura e o beijo, pelo segundo que Connor demorou para me corresponder já notei sua surpresa, ela passa seus fortes braços pela minha cintura enquanto me beija calmamente.
–Alias qual era a pergunta mesmo?–Questiono quando paramos de nos beijar, ele da risada e tira um colar do bolso, o colar tinha uma pedra amarela, no seu pescoço tinha um colar com pedra azul.
–Não acho que o comum cabe a nós então, eu achei que seria melhor ter um colar em vez de uma aliança. A proposito, você que namorar comigo?–Ele questiona com os olhos brilhando. Sorrio e confirmo com a cabeça, ele também sorri e passa o colar pelo meu pescoço.–O azul me lembra você, é como o oceano, profundo e misterioso, cativante... E eu gosto de amarelo, é a cor do ouro.–Ele diz sorrindo de lado, dou risada.
–Ainda tem algo que eu quero te mostrar, vamos?–Ele diz me estendendo a mão, sorrio e a pego.
(...)
Depois um longo passeio voltamos ao quarto. Anne estava lendo um livro enquanto anotava em um caderno, Maia estava deitada na cama enquanto olhava pro teto, não vejo Nico e nem Percy.
–Oi, gente.–Digo assim que passamos pela porta. Anne acena e Maia sorri.
–Onde estava?–Maia pergunta. Não sei se dava alguns detalhes ou se dizia que estávamos namorando, Connor sorri e entra no banheiro. Então resolvo não dizer nada.
–Fomos dar um passeio. Não vamos montar nenhum plano pra pegar o Tesseract?–Questiono mudando de assunto.
–Não é algo muito trabalhoso. Só iremos fazer o tour com o guia turístico e quando passarmos na igreja, eu entro e vou pra torre mais alta, pego o Tesseract e levamos pro Olimpo, simples!–Maia exclama.
–Isso é ótimo, sabe, tanto estresse, seres estranhos, me deixam exaustas..–Digo, eu mal tinha tempo pra pensar, era tudo tão corrido.
–Sim, mas agora que não vamos fazer nada, vou ter tempo pra pensar.–Maia diz entediada.
–Isso é ruim?–Pergunto.
–Um pouco, estou grávida, de duas crianças, e eu não faço ideia de como vou criar elas.–Maia começa novamente. Ela sempre dizia sobre como isso era terrível pra ela, mas nunca conseguia entender a fundo o porquê ela achava que ter filhos era tão ruim.
–Tenta ver pelo lado bom...–Digo, ela me olha.
–Qual?–Ela questiona. Ai é que tá, cresci sem amor dos meus pais, e em um lugar não muito bom, não faço ideia do porque as pessoas tem filhos, e pior ainda, o porquê de abandonarem ou maltratarem quando tem.
No orfanato eu conheci muitas crianças que foram retiradas de seus lares após histórico abusivo por meio de pais e parentes, não eram poucas, as maldades eram sem igual, humilhavam, machucavam, torturavam.
–Eu não sei, mas de uma coisa eu sei, eu daria tudo pra ter pais que me amassem, conheci muitas pessoas que não tiveram isso porque os pais não a queriam e ainda pioravam a situação os machucando. Maia, se não quer esses bebes, não os tenha, porque se você os tiver sem ama-lós eles vão sofrer muito.–Digo, ela me olha séria.
–Não é que eu não os ame, só não quero trazer eles pra um mundo terrível.–Ela diz confusa.
–Mas isso é impossível, Maia, a maldade existe em todo lugar, mas o mundo também não é de todo ruim, eles vão crescer com uma família, isso já o suficiente.–Ela me olha com uma expressão pensativa.
–Eu sei que você tem razão, nunca foi minha vontade ter filhos, mas pelo menos eu estou tendo eles com a pessoa que eu amo, e que também me ama.–Ela diz, sorrio pra ela.–Eu sinto eles crescerem tão rápidos e como se não tivesse tempo de preparar...
–Eu to tendo a mesma sensação.–Anne diz tirando os olhos do livro.–Uma gravidez dura em média 40 semanas, estou com apenas 8 semanas de gestação, e minha barriga já parece de 16 semanas.–Ela diz. Confusa começo a contar as semanas nos dedos.
–É quase 4 meses.–Maia diz me olhando. A olho abismada, gravida ganham o poder de contar as coisas em semanas?
–Aaa!–Exclamo impressionada. Elas se levantam.
–Nossas barrigas parecem estarem com o mesmo tamanho. Mas eu não acho que ficamos grávidas ao mesmo tempo. Tem que ter alguma explicação lógica pra isso.–Anne diz olhando pra sua barriga com curiosidade. Dou risada, elas eram estranhas, mas pelo menos eram um estranho comum.
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Semideusa: A Filha de Poseidon e Anfitrite
OverigNyxie, uma órfã australiana, se muda pra New York com o desejo de viver uma vida melhor, mas sua vida da uma reviravolta que ela não estava preparada, ela descobre que é filha de dois deuses gregos, Poseidon e Anfitrite, sendo então uma deusa menor...