Capítulo 10

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(...)

     Estava tudo pronto, estávamos alertas, bem treinados e com roupas apropriadas, só nos restava partir em direção ao nosso objetivo.
  Fomos até a ponte do arco-íris, a mesma que usamos quando entramos e o mesmo homem absurdamente bonito estava lá, com seus olhos exuberantes, se eu já não estivesse meio apaixonada pelo Connor, ele com certeza seria a minha paixão.

–Tome cuidado, Nyxie.–Ele diz seriamente. Olho com confusão pra ele, quem está em real perigo é a Maia.

      Quando chegamos a Jotunheim, dou graças ao Thor que nos disse que deveríamos vir agasalhados, por isso vim com dois casados e duas calças, eu odeio passar frio e aqui é muito, muito, muito frio, queria muito que o frio não me incomodasse.

–Se lembram de tudo?–Questiona Annabeth. Todos dissemos que sim, exceto pelos nórdicos que não pareciam estão muito a fim de seguir o plano. 

     Thor começou a andar e todos começamos a segui-lo, andamos por algum tempo, até chegarmos em uma espécie de caverna, enorme e de gelo, havia uma cadeira grande onde um cara imenso estava sentado, ele era azul! Sim, azul, tipo o avatar.

–Fárbauti, buscamos suas explicações, por que sequestrou o Midgardiano?–Diz Loki. 

–Fárbauti?–Diz Thor, ele estava surpreso, como se não acreditasse que  era realmente esse Fárbauti.

–Depois falamos sobre isso.–Diz Loki quase que em um sussurro.

–Não foi um sequestro.–Ele diz calmamente, sua voz mesmo em tom calma era cortante e fria.

–Vocês o pegaram a força e o prenderam, desculpa, qual a definição de sequestro pra vocês?–Maia diz irônica. Ele sorri, sim, exatamente, ele sorriu.

–Foi uma isca. Pra trazer quem nos realmente queremos.–Ele diz. Maia dá alguns passos pra trás de maneira defensiva.

    De repente há uma explosão, uma fumaça sobe por toda a caverna, escuto Thor pedir pra mim ficar perto dele, mas tudo acontece tão rápido, sinto alguém me puxando pro lado e depois cobrindo minha boca, as mãos eram geladas e com total certeza não era um dos meus amigos, após segundos eu não consigo enxergar mais nada e sinto meu corpo apagar.

(...)

     Eu estava em um vasto campo, com a grama muito verde, o céu estava bem azul e o sol estava agradável. A minha frente havia uma mulher, ela era muito bonita, tinha longos cabelos negros, uma pele alva e usava um vestido longo preto.

–Nyx, você precisa tomar mais cuidado.–Ela adverte.

–Quem é você?–Questiono confusa.

–Me chamo Hell, a Deusa negra.–Ela diz.

–Por que estou aqui?–Digo.

–Há muito tempo, criamos uma aliança entre os Deuses, alguns panteones que éramos mais próximos, o grego, o egípcio, o nórdico, o celta e o romano. Havia muita rivalidade entre nós, mas queríamos unificar as mitologias, misturar elas. Houve uma filha de dois deuses de mitologias diferentes, a Maia tornou a magia uma só, você tornou o oceano apenas um, minha filha, que peço que não diga nada pro Nico, unificou as trevas, são seis unificadoras, que formarão um exército para lutar no Ragnarok.

       Era informação de mais pra minha mente assimilar, eu respirei fundo.

–Por que está me contando tudo isso?–Pergunto.

–Por dois motivos, o primeiro é que você está em perigo e você não pode morrer, então, por favor, evite isso. Futuramente vou te explicar melhor, mas por agora não deixe que o Nico e a Maia se separem, eles precisam ficar juntos, não é recente que há pessoas tramando pra eles não se relacionarem e é de suma importância que eles namorem.–Ela diz.

–Eu vou fazer isso, eles me sequestraram?–Pergunto.

–Sim, eles te confundiram com a Maia, graças a mim, se eles pegassem a Maia as coisas iriam ser ruins. Me desculpa por te colocar nessa situação, mas era necessário. Lembre-se, Nyx, você controla a água, em todos os estados e você não está sozinha, eu estou com você, seja inteligente.

   Ela diz, a imagem começa a embaçar e eu sinto que estou despertando.

(...)

    Está frio, muito frio, é como se milhões da farpas perfurasem minha pele, abro os olhos lentamente.
   Vejo Connor ao meu lado, ele estava tremendo e com gelo sobre sua pele, ele iria morrer se continuasse assim, retiro meu casaco e enrolo nele, o puxo pra mais perto e o envolvo com meu corpo.

–Connor, você tá me ouvindo?–Digo preocupada.

–Nyx...–Ele diz em um sussurro.

–Não fale mais, eu só precisava saber que você está vivo. Eu sinto tanto a sua falta.–Digo, o abraço mais forte, ele fecha os olhos.–Eles te dão comida? Água? Mexa o dedo se sim.

   Observo suas mãos e ele levanta um dedo, suspiro aliviada.

   Se eu controlo a água, em todos os estados, será que eu consigo mudar o estado dela? No momento ela está congelada, será que eu posso tornar ela liquida ou gasosa?
   Se eu posso, como eu vou fazer isso? A imagem da série das sereias que controlam a água vem a minha mente, será? Eu duvido que seja assim quando, eu assisti eu tentei fazer o mesmo. Bom, quem não arrisca não ganha. Me levanto.
   Vejo um cubo de gelo pequeno, coloco ele na minha mão e estendo a outra, fecho os olhos e penso no cubo virando líquido enquanto vou movimentando a mão lentamente, sinto algo escorrendo pela minha mão e abro os olhos satisfeita, eu consegui!
  Se eu conseguir evaporar a água, vou poder tornar isso aqui uma sauna e ficaremos quente. Fecho os olhos e abro minha mão, imaginando a água em seu estado gasoso enquanto fecho a mão lentamente, sinto o calor batendo no meu rosto, obrigada, Hell, estou te devendo uma, mas como torno isso constante? O importante agora é tornar o corpo do Connor quente.
    Coloco minhas mãos em cima do corpo dele, dessa vez não fecho os olhos, começo a fechar as mãos e começa a sair fumaça do seu corpo, continuo até que vejo que ele não estava mais congelado.

–Nyx, como fez isso?–Ele diz lentamente.

–Não importa, como você está?–Digo.

–Quente.–Ele sorri.–Feliz e triste por você estar aqui.

–Eu estou feliz de estar aqui, por poder ajudar você. Vem temos que ficar bem pertos, o calor corporal vai nos deixar aquecido.–Digo.

Deito sobre ele e o mesmo me abraça, continuo evaporando água pra nós deixar aquecidos, preciso escapar, não vou esperar que eles me salvem.

(...)



Semideusa: A Filha de Poseidon e AnfitriteOnde histórias criam vida. Descubra agora