(...)
Estava gostando da paz do acampamento, as vezes tínhamos algumas brigas, uns desentendimentos, mas nada muito grandioso, porém era agradável.
Eu e Connor estávamos cada vez mais próximos, conversávamos sobre tudo e tínhamos uma boa relação, era diferente de como com Nicolás, ele só me tratava bem quando precisava que eu fizesse algo ruim, mas o Connor não, ele me trata bem sem esperar nada em troca, ele é tão divertido, é difícil ficar tímida ou triste perto dele, ele consegue deixar o clima leve; Sempre procurávamos coisas pra fazer juntos, lutar, fazer algumas pegadinhas, até mesmo uma simples caminhada pelo acampamento, o prazer maior dessas atividades era estar com ele.
Nesse momento estávamos tendo um piquenique, mais um, havíamos feito um combinado, teríamos um piquenique pra cada letra do alfabeto e iríamos comer apenas comidas com aquela letra, já estávamos na letra M, cada um trazia quatro comidas, podendo ser frutas, doces, bebidas ou derivados.–Mel, morango, maçã e macarrão.–Digo colocando na toalha, ele franze a sobrancelha quando digo macarrão.–Não consegui pensar em outra coisa.–Digo e ele ri.
–Marguerita, marshmallow, melancia e maionese.–Ele diz, dou risada.
–Ficou uma péssima combinação.–Digo comendo um marshmallow.
–Ficou mesmo, mas tudo vale a pena pelas margueritas.–Ele diz bebendo, faço careta, não curto bebidas alcoólicas.–Tem sem álcool, sei que não gosta de álcool.–Ele diz e me dá o copo, sorrio.
–Se colocarmos as frutas juntas, com um pouco de mel vai ficar ótimo.–Digo; Corto as frutas e coloco em um potinho, em seguida adiciono um pouco de mel.–Perfeito.
–Macarrão e maionese.–Connor diz misturando os dois e beijando os dedos, como os chefes de cozinha.
–E marshmallow de sobremesa.–Digo e ele concorda com a cabeça.
–Viu? Somos perfeitos juntos.–Ele diz pegando minha mão e a beijando, sorrio.
–Somos mesmo.–Admito, ele abre um sorriso, seus olhos se fecham levemente e ele fica um pouco corado; Simplesmente adorável.
(...)
Estávamos deitados no chão e olhando pra nuvens no céu, enquanto conversamos sobre a loucura que os animais mitológicos são.
–Sim, afinal como elas engravidam?–Ele pergunta indignado, eu dou risada.
–Tenho uma teoria.–Digo, ele me olha atento.
–Acho que elas viram humanas, o mesmo pra ter filhos.–Digo, ele me olha pensativo.
–Mas e os peixes, como se reproduzem? Talvez elas engravidam igual os peixes, já que eles não vira humanos pra ter seus filhos–Ele questiona.
–Se me lembro bem, o peixe coloca o óvulo na peixa, aí eles procuram por nutrientes pra ela ficar forte, depois quando a gestação tá completa, os peixes são expelidos.–Digo me lembrando da aula de biologia.
–Meus deuses.–Ele diz abismado.
–Imagina um bebê sereia sendo lançado pelo mar.–Ele diz fazendo barulhos de armas de laser sendo disparadas. Começo a dar risada.
–Você é muito estranho.–Digo. Ele sorri.
–Obrigado.–Ele diz e dá risada.
–Queria ver uma sereia...–Digo pensando, deve ser incrível ser sereia, viajar pelos mares, vendo toda a beleza oculta dos oceanos.
–Um dia te mostro uma.
–Show.–Respondo e me aproximo mais dele, deitando em seu peito, ele me abraça, se tinha coisa mais confortável do que ficar juntinho com a pessoa que você gosta, eu desconheço.
(...)
–Você não tem noção do quão inchado está meus pés.–Maia diz se sentando, Annabeth resmunga.
Depois que as barrigas delas estavam tão grandes ao ponto delas mal conseguirem ver os próprios pés, ambas começaram a dormir aqui, pois era um ambiente mais calmo e tranquilo; Porém pra mim, virou o ambiente mais estressante do planeta, grávidas com seus hormônios e desejos, me matam.
–Eu posso imaginar.–Digo olhando pro pé da Maia. Se assemelha a uma bola de beisebol.
A tensão era grande, qualquer coisa Maia já ficava estressada, Anne estava paranóica, fazia diversas coisas que lia que fazia bem pra gravidez e evitava outras 200 que diziam que fazia mal, ela estava muito mais calada do que o normal, mas o seu olhar estava com um toque assassino, ela nem falava, só olhava brava quando não gostava de algo, apavorante! As leituras se tornaram cada vez mais constante, porém com um conteúdo diferente, em sua maioria psicologia infantil e cuidados maternais; Eu estava enlouquecendo com tanta coisa pra bebê, havia de roupas a brinquedos, creio que Maia estava em uma fase gótica de sua vida, pois todas as coisas dos seus filhos são pretas, já as de Anne se dividiam entre azul e vermelho.
A porta do chalé se abre calmamente, Percy entra segurando uma cesta com morangos e Nico entra meio apreensivo no chalé, ele estava de terno preto e seus cabelos, comumente bagunçados, estavam arrumamos, ele olha pra Maia e sorri.
–Nunca fui muito bom com as palavras, nunca fui muito bom com sentimentos e toques, mas você... você, Maia, mudou minha perspectiva de muita coisa e me ajudou em muitas outras; Inicialmente achava que nunca iríamos ficar juntos e que Malfoy seria hoje o pai dos seus filhos, porém fico extremamente feliz dele ser um pé no saco e da gente ter ficado juntos. No meu coração já estamos casados, no meu coração já temos uma linda família, no meu coração você já é a pessoa que eu quero acordar do lado todos os dias, porém, quero ter o prazer de te chamar de minha esposa, você aceitar casar comigo?–Ele termina, a Maia já estava em prantos desde as primeiras palavras, Percy também, Annabeth olhava tudo com uma cara satisfeita, foi a primeira expressão boa que ela fez em semanas.
Ele se ajoelha na frente da Maia, pega sua mão e a beija, abre uma caixinha, que incrivelmente tinha o formato de um caixão, não sei se havia alguma metáfora por trás ou era só estilo; Dentro da caixinha havia dois anéis pretos, um era mais grosso e por toda sua circunferência havia caveiras e alguns enfeites, já o outro possuía uma pedra preta no centro, duas caveiras enfeitando cada lado da pedra e algumas pedras menores em volta, era simplesmente deslumbrante.
Com uma certa dificuldade Maia se levanta, ela estica a mão e diz: –Eu nunca fui tão feliz em toda minha vida. Eu amo você, Nico, ser sua esposa só me deixaria mais feliz, é claro que eu aceito.Ele sorri, um sorriso puro e genuíno, coloca a aliança no dedo da Maia e ela coloca em seu dedo, eles se beijam e Percy soluça; O pobrezinho tá tão sensível desde a gravidez de Annabeth.
(...)
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Semideusa: A Filha de Poseidon e Anfitrite
RandomNyxie, uma órfã australiana, se muda pra New York com o desejo de viver uma vida melhor, mas sua vida da uma reviravolta que ela não estava preparada, ela descobre que é filha de dois deuses gregos, Poseidon e Anfitrite, sendo então uma deusa menor...