Por conta da viagem todos estávamos passando muito mal, principalmente nossas grávidas, mas já havíamos nós hospedados em um hotel antigo que fica em uma vila próximo de onde a Maia morava.
-Aqui estão todos os livros que achamos na biblioteca sobre Pontoise em 1800.-Diz Percy, Nico assente.
-É o suficiente por hoje. Vamos nos dividir em duplas pra podermos acabar tudo bem rápido e voltarmos pra casa.-Responde Annabeth, ela se senta em uma mesa e organiza os livros que ali se encontravam.
-Eu concordo, Você e o Nico poderiam ficar aqui lendo esses livros, eu vou com a Nyx procurar minha antiga casa, Connor e Percy, poderiam ir ao mercado e falar com o guia do turismo, só assim vamos poder entrar em todos os pontos históricos e antigos daqui, exceto com a mágica.-Ela diz.
-Mas não seria muito mais fácil usar a mágica?-Connor questiona, enquanto ia até a janela.
-Sim, entretanto preciso saber se há pessoas dentro dos locais ou apenas guardas por fora, não quero ir pra fogueira.-Ela diz com humor, mas sinto uma pitada de verdade.
-Já que não estamos muito bem por conta da viagem, vamos dar uma descansada e amanhã fazemos isso, por hoje, vamos ajudar eles lendo os livros, anotem toda informação importante, pode nos ajudar mais tarde. Eu volto em breve.-Ela diz e sorri pro Nico, em seguida ela sai pela porta.
Vou até o lado do Connor e fico esperando a Maia passar por lá.
-Como ela espera que eu fale com o instrutor sendo que eu não falo Francês?-Percy questiona confuso.
-Ele fala sua língua, porque ele é um guia.-Anne diz.
-Ótimo.-Ele diz e sorri.
A Maia passa com uma certa pressa e vira a esquina indo perto da igreja que vimos quando estávamos vindo pro hotel.
(...)
Aqui era extremamente bonito, a França possue o seu charme, mas a arquitetura de Pontoise, era de tirar o fôlego, cada contrução era única e bem detalhada, eu nunca fui muito ligada em história, como a Maia, mas a arquitetura, eu amava, artes em geral é algo que me prende, a maneira como o artista se expressa pela arte, o medo, a fúria, a angústia, o ciúmes, o amor... É tudo tão bem retratado que eu consigo sentir.
Vejo gotas de água começar a atingir delicadamente a janela, a chuva! Quem diria que um dia eu estaria na França, junto com pessoas importantes, bom, minha família, eu gosto tanto do som que essa palavra faz ao ser dita, família..-É bonito, né?-Connor pergunta enquanto estou observando a chuva pela janela.
-É incrível.-Digo e sorrio minimamente.
-Quer ir lá?-Ele questiona, seus olhos brilham, o olho tentada.
-Lembra que eu fiquei doente da última vez.-Digo e ele faz uma cara confusa.
-O que não faz sentido... Você é uma deusa, deuses ficam doentes?-Ele questiona. Dou de ombros.
-Vamos.-Digo sinalizando com a cabeça a direção da porta.
Ele pega rapidamente na minha mão e saímos pela porta, descemos as escadas do hotel e chegamos do lado de fora.
Fecho os olhos e sinto as gotas na minhas pele, o gelado que elas causam, o cheio de terra molhada...-Eu amo esse cheiro.-Digo.
-Curiosamente o petricor é um dos cheiros mais amado pelos seres vivos.-Ele diz e se senta em um banco de ferro.
Me sento ao seu lado.
Ele se aproxima e afasta o cabelo molhado do meu rosto, continua se aproximando e me abraça, fico surpreendida pelo ato mas o abraço também, quando nos separamos ele segurava uma flor.
-De onde você tirou essa flor?-Questiono.
-Olha pra trás.-Ele indaga. Eu olho, há um canteiro de flores atrás do banco, nem havia me dado conta.
-Já estava pensando que você era mágico.-Digo rindo enquanto girava o caule em meus dedos. Sinto meu dedo doer, droga, me machuquei nos espinhos.
-Aproveitando o momento, já que estamos na França, por mais que estejamos a "trabalho", quer sair comigo?-Ele pergunta, dou risada.-Tudo bem.-Digo rapidamente. Não acredito que eu disse isso, ele sorri.
Sinto uma sensação estranha, como se alguém que eu goste estivesse passando por uma situação ruim, a chuva se intensificou do nada e começou a ventar muito.
-O que foi?-Connor pergunta preocupado.
-Eu não sei, tô sentindo algo estranho, ruim...-No fundo da rua vejo uma silhueta cambaleando.-Minha visão não é das melhores, mas eu tenho quase certeza de que aquela é a Maia, eu sinto.
-Eu acho que é ela mesmo.-Connor diz apertando os olhos.
-Ela tá andando estranha, acho que ela não tá bem.-Digo angustiada.
Saímos correndo até ela, quando chegamos vemos que ela está toda ensanguentada.
-Pelos Deuses, o que aconteceu, Maia?-Questiono e ela cai no chão desacordada.
(...)
Chegamos no quarto com o Connor carregando a Maia, Nico arregala os olhos e vem correndo até nós.
-Não sabemos o que aconteceu, mas ela veio até nós e depois desmaiou.-Digo. Nico toca o rosto dela com cuidado, uma lágrima solitária escorre pelo seu rosto, pingando na bochecha dela.
"A água..." A voz diz novamente na minha cabeça, por mais que a água só cura superficialmente outras pessoas, ainda sim vai estancar o sangue porque vai fechar as feridas.
-Percy, me ajude.-Digo. Como estava chovendo, ela estava toda molhada.-Quando estamos machucados a água nos cura, né?-Questiono e ele assente.-Com as outras pessoas é igual, mas só de maneira superficial, mesmo assim pode ajudar.
-Eu entendi o que está tentando fazer.-Percy diz. Annabeth faz uma expressão curiosa, Connor coloca ela na cama.
Respiramos fundo e colocamos as mãos no corpo da Maia, comecei a pensar nas feridas se fechando, as peles dela se juntam e a ferida se cura , Percy solta um som surpreso.
-Isso é tão legal!-Ele exclama.
-Precisamos levar ela no médico, urgentemente.-Annabeth diz e me olha fixamente. O bebê!
-Eu levo ela.-Nico diz e pega ela no colo.
-Você não sabe onde fica o hospital.-Percy diz.
-Não importa, eu vou achar.-Ele diz e some em sombras.
-Espero que ela não tenha perdido os bebês.-Digo preocupada.
-Que bebês?-Percy questiona. Sorrio culpada.
-De acordo com o panfleto que estava no hall do hotel, tem um hospital há alguns kilómetros daqui, vamos até lá.-Anne diz.
Todos concordamos e saímos do hotel. Algo que não saí da minha cabeça é o motivo dela ter ficado toda ensanguentada.
(...)
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Semideusa: A Filha de Poseidon e Anfitrite
LosoweNyxie, uma órfã australiana, se muda pra New York com o desejo de viver uma vida melhor, mas sua vida da uma reviravolta que ela não estava preparada, ela descobre que é filha de dois deuses gregos, Poseidon e Anfitrite, sendo então uma deusa menor...