capítulo 25

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P.O.V Teresa

Volto para casa com lágrimas nos olhos. Não consigo parar de pensar no que aconteceu. Entrei em casa, o Thomas dorme então vou para o quarto vazio. Não consigo adormecer aquele velho está a atormentar os meus pensamentos. Fecho os olhos e lá está ele com um horrível sorriso malicioso. Parece que o sinto em cima de mim ainda, parece que sinto ele me beijando, são sensações que por mais que tente nunca irei esquecer. Começo chorando não consigo dormir, tenho pesadelos, estou exausta. Quando reparo está alguém a andar até mim, "é ele Teresa ele voltou para te atormentar mais" pensei logo mas é o Thomas vem até mim e me abraça.

- calma Teresa. Está tudo bem agora ele já não te vai fazer mal. Eu não deixo - ele beija o topo da minha cabeça e me abraça mais forte ainda me fazendo sentir segura.

- promete?

- não se esqueça. Quando precisas vou sempre te encontrar. - me lembrei quando o que aconteceu hoje quase aconteceu quando tinha treze anos. Ele apareceu, como prometeu. Eu o olho nos olhos. Eu não sei o que me passou pela cabeça e simplesmente o beijei. Me sinto segura nos braços dele mas o beijo me arrepiou muito, parei o beijo me levantei e corri até ao banheiro começando a chorar. Não consigo pensar direito.

P.O.V Thomas

Não percebo nada a Teresa me beijou mas me largou em segundos e se fechou no banheiro. Ela está muito mal, já aconteceu tanta coisa com ela. Eu não sei o que faria em seu lugar nem sei o que ela irá fazer para isto passar mas agora por mais que tente ela trancou a porta.

- Teresa vá lá abre a porta. Eu quero ajudar você.

- sai tom. Não quero a sua ajuda. - aquilo me magoou. Mas eu sei que ela não quis dizer aquilo. Vou para o quarto tentar descansar, me deito e adormeço.

Algumas horas depois

Acordo com uns barulhos vindos da cozinha vou até lá e o que vejo. A Teresa no chão com um enorme corte no pulso. Não acredito ela se tentou matar. Pego uns panos que enrolo em seu pulso para parar o sangue. Não sei como alguém bateu na porta no momento certo. Fui ver é a Brenda.

- rápido tem de me ajudar. A.... A Teresa... Ela....

- ela o que Thomas? - ela perguntou com cara preocupada

- ela cortou o pulso. Ela se tentou matar. - digo com lágrimas. Não posso a perder não depois de tudo não a vou perder.

- agarra nas chaves temos de ir ao hospital. - peguei as chaves e as entreguei para a Brenda. Peguei a Teresa e a pus no carro. - eu fico aqui a trás com ela. Thomas conduz e rápido. - acelero e chegamos em poucos minutos ao hospital e pego a Teresa de novo. Lá ela é levada de urgência para um quarto. Me sento com a Brenda à espera.

- vocês estão esperando pela menina: Teresa?

- sim - me levanto de impulso ao ouvir o nome dela. - o que aconteceu?

- ela perdeu muito sangue e é um corte muito profundo. Vamos fazer os possíveis por ela. - me sento de volta e a tristeza toma conta do meu peito e a Brenda está a chorar. Porquê Teresa? Porquê?

P.O.V Teresa

Horas antes.

Continuo trancada no banheiro. Não consigo fazer nada, não consigo pensar direito. Vou tomar um banho demorado mas nem isso me relaxa. Acabo adormecendo.

Sonho on:

Parece que está tudo a acontecer novamente. Mas tenho treze anos. Estou a brincar de esconde esconde com o Thomas e um homem me agarra pelo braço e me puxa para um quarto. Ele se deita por cima de mim mas uma enfermeira não sei o que fez ele saiu. E eu me escondi em um quarto chorando.

Agora vejo o homem horrível.

Sonho off:

Acordo. Saiu do banho e tenho a sensação que tudo aconteceu novamente. Não aguento esta sensação. Estou farta. Vou para o quarto e visto rapidamente uma roupa e tento me deitar. São seis da manhã. Quanto tempo estive no banheiro?

A sensação não me deixa dormir. Me tira forças e me mata por dentro. Aquele beijo que dei ao Thomas, não sei despertou isso de novo, esse horrível sentimento dentro de mim. Nunca mais irei conseguir recuperar, voltar ao que era. Já não consigo sentir amor, só a tristeza dentro de mim.

Desisto!

Vou até à cozinha e pego uma faca. Junto ela no pulso. Ganho força e preciono fundo na pele até sair sangue e não é pouco que sai me arrependo disto assim que caio no chão e ouço passos. Vejo Thomas com cara de surpresa começa a apertar um pano qualquer em volta do meu pulso e com força, mas já sinto a vida a sair de mim. Eu não queria fazer isto. Não queria. Não sei o que me deu. A última coisa que vejo é o carro de alguém e a Brenda ao meu lado. Porque fui tão parva. Eles me iriam ajudar a superar tudo. Tudo está negro. Fecho os olhos. Deixo tudo sair de dentro de mim. Uma lágrima cai sobre meu rosto. E adormeço.

Maze Runner - Depois Da ProvaOnde histórias criam vida. Descubra agora