Unlikely World

Capítulo 36

Olá antes de tudo. Um século se passou. Eu já em esqueleto e empoeirada. Apareço e decido escrever um capítulo porque eu sou assim. Umas vezes escrevo e outras não. Apenas o faço quando a vida o permite.

Ok. Passando a frente. Peço imensa desculpa aos meus leitores por esperarem tanto tempo pelo capítulo mas fiz um pouco maior para compensar. Sinto-me mesmo mal por não tê-lo escrito antes mas não pude mesmo. Espero que tenham uma boa leitura. Não se esqueçam de deixar o vosso voto e comentário. Obrigada por tudo, pessoal. Amo-vos, meus amores.

Peço desculpa por qualquer erro que possa existir pois não revi.

Ouço um barulho e resmungo.

-Josh, tu disseste que me ias deixar em paz.-gritei enquanto via a sua sombra a descer as escadas.

-Sou eu, Cindy.-ouvi soar a voz de Zayn e de seguida vi a sua sombra a transformar-se numa imagem nítida de um adolescente bem estruturado e moreno. Revirei os olhos. Eu pedi paz e o Josh manda-me este falso para me vigiar.

-Vai dar uma volta,Zayn. E para de me atormentar, seu falso.-reclamei e mexi-me desconfortável por causa das algemas. O seu olhar direcionou-se para os meus pulsos que se encontram presos atrás das minhas costas. Ele caminhou até mim e soltou-me as mãos e os pés.-Obrigada.-murmurei quase inaudível enquanto massajava os meus pulsos magoados.

-Levanta-te e vamos sair daqui.-disse e deu-me a sua mão para me ajudar mas eu coloco-me de pé sem a sua ajuda. Olho para ele confusa. Que raio, mas ele não estava a ajudar o Josh?-Para de olhar assim para mim. Eu estou a ajudar-vos. Pode parecer que não mas estou.-suspirou.

-Qual é o teu plano?-perguntei levantado uma sobrancelha. Vi-o a retirar do bolso o telemóvel e a escrever. Aproximei-me e vi que ele estava a falar com Louis.

"Louis?"- Zayn

"Diz, bro."- Louis

"Como é que estam aí as coisas?"-Zayn

"O Harry e Josh entraram numa luta mas o Harry derrotou-o. Josh está inconsciente."- Louis

"Isso é uma oportunidade para fugirmos?"- Zayn

"Completamente."-Louis

"Então, o que pensas fazer?"-Zayn

Eles respondiam rapidamente um ao outro para não perder tempo. Josh poderia acordar a qualquer momento e, obviamente, furioso. Por isso teriamos de agir rápido mas cautelosamente. Não queremos ser pegos pelos seus "guardas".

Por momentos distraí-me e quando reparei, Zayn encontrava-se a guardar o seu telemóvel no seu bolso das calsas.

-E então?-perguntei.

-O Louis disse-me que eles comunicam por mensagens, por isso, ele ficou com o telemovel de Josh e mandou uma mensagem ao resto do pessoal a avisar que nós iamos libertar-vos mas para não questionarem nada.

-Então esse é o vosso plano?-perguntei com a sobrancelha erguida.

-Tens melhor?- perguntou também com a sobrancelha erguida. Calei-me.- Pois, bem me parecia.-murmurou e abriu a porta. Segui-o até ao andar de cima e encontramos Louis e Harry que quando me viu sorriu abertamente. Desviei a minha cara, ignorando-o. Abraço Louis e Zayn ao mesmo tempo que me abraçam de volta e suspiro.

-A sério, fiquei mesmo assustada. Por momentos pensei vocês estavam do lado de Josh.-inspirei profundamente e depois expirei sentindo o fantástico cheiro das suas colônias misturadas, o que me fez relaxar o corpo.

-Nunca fariamos isso.-disse Louis afastando-se para me fazer um carinho na bochecha.

-Ok. Já chega.-disse afastando-me.-Muita lamechice.-disse e Zayn riu-se. Harry encontra-se atrás de mim e não pronuncia nem uma palavra. Até é difícil de ouvir a sua respiração de tão quieto que está. Virei-me para ele. Harry olhava-me atentamente. Por momentos toda a gente permaneceu calado. Pareceu-me parar de respirar só de olhar nos seus olhos. Eles estavam marejados e vermelhos. Claramente, vai chorar. Por um lado parte-me o coração vê-lo assim, no entanto, o meu cérebro chama-me à razão e lembro-me que ele me usou para arranjar dinheiro. E isso realmente magoa. Os meus batimentos cardíacos aceleram assim que vejo uma lágrima a escorrer pela sua bochecha corada. A minha respiração está irregular e as minhas mãos a suar. Continuamos a olhar-nos nos olhos. Um arrepio passa pela minha espinha assim que a ponta de seus dedos tocam a minha face e eu fecho os olhos. Inspiro tentado controlar a minha respiração e a minha vontade de o beijar. Eu sei que o que ele fez é errado, no entanto, o meu corpo não reage quando sinto o seu toque e tudo o que dejeso é o doce sabor a morango que os seus lábios me transmitem quando me beijam. Sinto a sua respiração quente a embater no meu rosto e percebo que ele está próximo. Deixo que ele se aproxime. Quero sentir o seu toque, o seu beijo, o seu sabor. Quando sinto os seus lábios a raspar nos meus afasto-me. Não sei o que eu estava a fazer. Eu não o quero ver à minha frente. Ele mete-me nojo. Abro os olhos e percebo que ele ainda esta mais desiludido que antes. As palavras neste momento não são realmente necessárias. Os gestos falam por si só. E os gestos falam algo bastante desagradável.