Capítulo 11

222 18 0
                                    

E um mês passou, e tudo igual, continuo mal com Alex, eu e o Liam continuamos com a nossa "relação" de meio-irmãos normal, não me dou bem nem com a bruxa nem com a sua filha malvada que tem todos os ensinamentos necessários para ser uma bruxinha igual à mãe e só tem apenas 13 anos, e só apenas mudou uma coisa, eu e o Harry somos grandes amigos, quer dizer pelo menos para mim porque ele foi o meu primeiro amigo.

Fechei o livro quando a aula acabou e saí da sala dirigindo-me para o portão para ir para casa mas quando estava a sair do portão algo despertou a minha atenção, aquela era a limusina do Alex, de certeza que veio para me buscar, infiltrei-me no meio daquela confusão de adolescentes para não ser vista e ir a pé como faço à uma semana desde que as aulas começaram mas tarde demais.

-Hey, Cindy!- chamou Paul, o motorista, e não tive escapatória possível senão ir ter com ele e fingir que não o tinha visto.

-Então, Paul, que estás aqui a fazer?- perguntei mesmo sabendo a resposta e rindo-me atrapalhadamente.

-Vim buscar-te.- sorriu simpático.

-Pois...- disse pondo uma madeixa do meu cabelo atrás da orelha- mas eu vou a pé como faço sempre.- disse e sorri no final para não parecer antipática apesar de eu ser exatamente isso.

- O teu pai disse que daqui em diante eu vinha sempre buscar-te.- disse.

- Mas eu não quero por isso vou a pé.- disse e quando ia rodar nos meus pés para ir embora, ele agarra o meu braço e eu olho espantada para ele.

- O teu pai sabia que ias reagir assim por isso deu-me autorização para fazer isto.-disse e depois pegou em mim tipo saco de batatas e colocou-me dentro da limusina trancando a porta e pouco depois ouvi ele a destranca-la e quando ia para abrir a porta ele já tinha entrado e trancando-a de novo.

-Paul.- fiz a minha voz mais carinhosa mas ele não respondeu pondo o carro a trabalhar- Paul.- voltei a tentar mas com a voz menos carinhosa pois fiquei irritada por ser ignorada e nada aconteceu- PAUL!- gritei irritada e ele continuou sem responder- Paul, Paul, Paul, Paul...- continuei assim durante muito tempo e muito rápido.

-Que queres?- perguntou bufando.

- Porque é que obdeces ao Alex e não a mim?- perguntei-lhe sentada ao pé daquela janelinha que dá acesso ao motorista.

- Porque ele é meu patrão e tu não.- respondeu virando numa curva e eu caí do banco dando um grito e ele riu-se.

- E eu sou tua amiga e o Alex não.- disse quando me levantei e me sentei no mesmo sítio mas ele não respondeu estacionando na parte de fora da garagem, não percebo qual o sentido de me ir buscar se é tão perto e ainda para mais numa limusina, tão chique, eu estou na escola não num VMA ou assim.

Sai do carro com a mochila às costas e comecei a correr para dentro de casa e ter uma conversa seria com Alex sobre esta história do Paul me vir buscar mas quando entro em casa e me encaminho para o escritório dele caio ouvindo uma gargalhada irritante da bruxinha.

-E é por isso que eu não corro e toda a gente diz para não correres dentro de casa.- disse rindo-se muito e apetece-me matá-la pois se pensam que eu tropecei no ar( como se isso fosse possível) não, estão enganados, eu tropecei no saco de física que ela deixou espalhado no meio do corredor.

Ignorei o seu comentário irritante e desta vez fiz o caminho até ao escritório muito calmamente a olhar para todo o lado para ver se não tropeço em nada e entro no escritório.

-Já não se bate à porta?- perguntou o ser irritante mas ignorei.

-Já não se pode andar a pé?-perguntei irritada.

-Não, eu quero-te em casa logo depois das tuas aulas acabarem e se fores a pé vais andar por aí a vadiar em vez de vir para casa.- disse.

-Primeiro, eu não sou nenhuma vadia para andar aí a vadiar ,segundo eu venho sempre direitinha para casa, terceiro porque é que me queres sempre enfiada em casa depois das aulas? e quarto a casa é tão perto da escola que não faz sentido ir buscar-me principalmente de limusina.- disse sorrindo vitoriosa pela minha capacidade de detetar tanta coisa errada numa simples frase.

-Não vamos falar mais disso , o Paul vai-te levar e buscar todos os dias.-disse empurrando-me para fora do seu escritório e quando eu ia embora tropeço na minha mochila que deixei na entrada do escritório ouvindo uma risada.

-E é por isso que eu arrumo tudo e estou sempre a dizer-te para não deixares nada desarrumado.- disse Alex enquanto eu me levantava completamente irritada.

Unlikely WorldOnde histórias criam vida. Descubra agora