Capítulo 30

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(N.A. Leiam com a música que está na multimédia.)

Cindy's P.O.V.

Afastei-me dele. Eu realmente tinha saudades dele mas eu não podia continuar assim. Ele magoou-me e pode até estar arrependido mas eu já não quero nada com ele. Ele é das poucas pessoas de que eu confiava mas agora é impossível.

-Leva-me para casa.-pedi olhando para o chão. Ele suspirou e pegou na minha mão, encaminhando-me para o carro. Entro e ele tenta colocar-me o cinto mas eu impeço.-Eu sei fazer isso.-resmungo. Ele vai para o lugar do condutor e coloca o cinto. Liga o carro e ele não reage. Tenta mais uma vez e outra mas nada. Bate com as mãos de força no volante e pousa lá a cabeça fazendo soar a buzina. Ele está tão vulnerável e tão tenso. Uma vontade de mexer nos seus caracoís atinge-me e não resisto. Quando ele sente o meu toque o seu corpo deixa de estar tão tenso e isso faz-me sorrir.-O que é que vamos fazer?-sussurro. Ele levanta a cabeça e vejo nos seus olhos pequenas lágrimas a formarem-se.

- Já é tarde. É melhor ficarmos por aqui e amanhã eu ligo para o reboque.-disse e saiu do carro, foi à mala e pegou uma manta. Sai e fui ter com ele que se tinha dirigido para perto do lago. Sentei-me ao seu lado e ele colocou um pouco da manta por cima das minhas costas.-Sei que talvez ainda seja um assunto delicado para falarmos mas eu queria falar contigo sobre nós.-disse.

-Não existe nós. Existe tu e eu.-disse fazendo gestos a demonstrar a distância.

- Sendo assim. Sobre tu e eu.-disse imitando os meus gestos.

-Não há nada para falar.-disse tentando fugir do assunto.

-Para de dificultar as coisas. Tu sabes que há.-disse atirando com pedras para o lago. Virei-me bruscamente para ele.

-O que é que há? Diz-me. Eu quero ouvir tu dizeres o que há para falar.-gritei mas ele não respondeu.-Esquece Harry. Não há mais nada para falar. Isto acabou no momento em que me começaste a tratar como só mais uma rapariga para ti.-gritei e depois fiz uma pausa para respirar.- Mas sabes? OBRIGADA! Obrigada porque ajudaste-me a perceber que eu não devo mesmo confiar em ninguém.

- Tu não foste só mais uma para mim. Eu não te tratei assim. Eu não percebo porque disseste isso.-gritou também.

-Porque me traíste.-gritei.- Mas sabes que mais? Não somos nada. Não precisamos de ter esta conversa. Tu estás livre de fazeres o que quiseres. Eu não tenho nada haver com isso.-disse sem forças e levantei-me.

-Eu não te traí.-gritou zangado.

-Pois não. Não somos casados, não é considerado traição.-resmunguei.

-Não aconteceu nada.-gritou de novo. Olhei-o admirada e vi-o levantar-se.-Nós não fizemos nada.-sussurrou segurando nas minhas mãos.

-Então como explicas aquilo?-perguntei não acreditando no que ele disse.

- Eu não te posso contar. Mas tens de confiar em mim. Não aconteceu nada.-disse olhando nos meus olhos e notava-se sinceridade no seu olhar.

-Como esperas que eu confie se tudo indica o contrário do que estás a dizer. Como esperas que confie se a única pessoa em que eu confiava me deu uma desilusão tão grande. Explica.-comecei a chorar. Eu queria confiar nele mas não conseguia e isso estava-me a matar.- Dá-me um motivo para confiar em ti.-supliquei.

- Eu só preciso de tempo para acertar umas coisas. Depois desse tempo eu conto-te. Eu prometo.-disse e eu olhei para chão assentindo. Sinto um sorriso formar-se na sua cara e uns braços a rodearem o meu corpo formando assim um abraço que logo retribuí. Eu amo-o tanto.

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