Capítulo 3

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Lorenzo : Bom dia filha

Isabella: Bom dia pai, mãe_falei depositando um beijo em cada um. Não os vi chegando_me junto a eles na mesa para o café

Marcele: Chegamos muito cedo. Como está sendo a volta às aulas, animada?_perguntou irônica sorrindo de lado, ela sabia que não.

Isabella: Tanto que nem sinto vontade de ir para escola_retruco revirando os olhos

Marcele: devia pensar mais positivo, é o último ano do ensino médio, afinal.

Isabella: Ah tá, um misto de alívio e desespero me define agora_digo pensativa e todos sorriem pela expressão que fiz

Lorenzo: vou indo na frente Cele, tchau filha_diz meu pai se despedindo depositando um beijo na testa de cada uma, em seguida eu e minha mãe ficamos um pouco mais na mesa conversando

[...]

Fim de aula, eu e as meninas andávamos em direção ao estacionamento, mal voltamos às aulas e um professor já tinha passado um trabalho que literalmente seria trabalhoso de ser feito, o jovem estudante sofre. Entrei no carro e fui para casa, assim que cheguei fui direto para meu quarto como sempre, tomei banho, troquei de roupa, fiz um coque frouxo no cabelo, calcei minhas chinelas de dedos e desci as escadas em direção a cozinha. Graças à tia Luh o almoço já estava pronto, meus pais ainda não haviam chegado para o almoço e como estava faminta fiz minha refeição, sentei na sala assisti um pouco de Tv e logo fui para casa da Rafa para fazermos o tal trabalho.

Demoramos cerca de uma hora e meia fazendo o trabalho (mídia) e quando acabamos fomos para o shopping. Andamos a beça, fizemos algumas compras, sorrimos e conversamos, eu amava estar com a Paula e a Rafa, eram a alegria dos meus dias, que inclusive eram muito sozinhos, embora eu já tivesse acostumada, às vezes me perguntava como seria se tivesse irmãos ou irmãs.

Marcele: Filha?_disse ela descendo as escadas interrompendo meus pensamentos.

Isabella: Oi, chegou cedo hoje.

Marcele: Vou viajar com seu pai outra vez, resolver um problema que surgiu_disse ela e suspiro.

Isabella: Ah tá, como sempre_respondi séria.

Marcele: Sem dramas por favor. Tenho minhas obrigações.

Isabella: É, eu sei bem quais...

Marcele: Isabella!

Isabella: Mãe!_revirei os olhos. Vai hoje?_perguntei.

Marcele: Sim, vamos passar uns dias por lá, mas logo logo estaremos de volta.

Isabella: Uhum_murmurei.

Horas depois o jantar foi servido, passamos a noite juntos, em família, conversando, sorrindo uma vez ou outra, e é bem assim quase todas as noites quando meus pais não estão viajando, sempre jantamos juntos, assistimos filmes, e por aí vai. Mas quando viajam eu fico sozinha, os parentes moram longe e nem temos muito contato com eles, sempre conto com Rafaela e Paula nessas horas, elas sempre ficam aqui comigo. Eu meio que entendo a vida carregada de meus pais, cuidar de várias empresas ao mesmo tempo não é fácil, são muitas obrigações, viagens repentinas, e os dois sempre vão juntos já que são os diretores, logo os dois conseguiram o que tem hoje juntos. Não posso reclamar, eles me dão tudo que preciso e que desejo, o problema é que me cansava, me cansava sentir falta deles, de querer senti-los mais perto, de estar sempre sozinha, nem pareciam pais de verdade, mas enfim, quem sabe um dia as coisas mudem, e eu não passe a frente do trabalho, enquanto isso, vida segue.

21h30 estava sem sono, peguei meu violão, algumas almofadas e as coloquei no gramado um pouco perto da piscina. Sentei com as pernas cruzadas e o violão no meu colo.

O céu estava tão lindo, estrelado e com poucas nuvens, corria um vento frio, mas não me incomodava a ponto de me fazer sair dali. Eu estava ali sozinha com meus pensamentos. Fechei os olhos e comecei a cantar uma música chamada: Love Is Waiting. As pessoas dizem que canto divinamente bem e que tenho uma voz linda, e eu amava fazer isso, cantar era uma das melhores coisas da vida, eu me libertava ali, nas letras das músicas, no som da voz em sintonia com as notas do violão, aquilo me dispersava de tudo, só Deus sabe o quanto me fazia bem, o quanto me inspirava, me alegrava, parecia até me deixar mais leve, era o que me levava pra longe, sem me tirar do chão.

Quando Vem De Deus É Diferente [ Amor, Fé & Superação ]Onde histórias criam vida. Descubra agora