Capitulo 1

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"Quisera saber como és feito por dentro...
Como é a tua vontade por dentro,
Que coisa há naquela parte do seu sentir
Que tu não medes o que sentes"

Milton Ribeiro

Ai que dor de cabeça infeliz, abri os olhos bem devagar,deixei a claridade entrar e meus olhos se acostumarem com a luz do dia, e os raios de sol da manhã, que entravam por uma janela em minha frente ,me mexi bem devagar, passei a mão por meu corpo não tinha nada de errado,estava apenas pelada, passei meus olhos por toda a extensão do meu corpo outra vez pra ver se não tinha nada de errado ,me tateando, quando vi um homem musculoso, deitado de costas, nu do meu lado, Ai meu Deus que dor de cabeça, olhei ao meu redor, vi um quarto desconhecido, cheio de fotos de corpos de homens e mulheres extremamente malhados, com certeza não é o meu, também não era um quarto de motel , tirei o corpo masculino de cima de mim com todo cuidado pra que o homem em questão não acordasse, sem nem olhar quem era, deixei que ele caisse inerte, deve está com os resquícios da bebida de ontem pra está nesse nível de imobilidade, quer dizer totalmente fora dos sentidos. Me levantei com muita dificuldade,eu também não estava lá essas coisas de sanidade, é sempre assim quando bebo além da conta.Sai catando minha mini saia, meu top, abri uma porta que julguei ser o banheiro e pra minha sorte realmente era, me olhei estava horrível, rímel escorrendo pelos olhos, a boca inchada, mordida em um dos lados, o cabelo não parecia que eu tinha passado pelo meio de um tornado.

Sai do quarto do desconhecido, estava em um pequeno apartamento, a sala não estava nada diferente do quarto resumindo todo os cômodos se encontravam em total desordem, saí toda desconfiada, meu Deus eu tenho que parar com isso de sair a noite com desconhecido , bebendo, dormindo com quem acho pela frente, Não sou louca sabe, mas quando bebo e vejo um cara gostoso, Não sou de dar em cima de ninguém mas, me deu mole eu pego. Natália deve está louca em casa sem saber onde estou, peguei meu celular tinha só , apenas doze chamadas perdidas dela, ai senhor estou frita, ela vai querer me matar com a primeira coisa que achar pela frente ,sai do apartamento devagarinho, olhei para um lado e para o outro nada de elevador era escada mesmo,quando estou descendo as escadas, a infeliz da pessoa com a qual sai, custava morar em um prédio que tivesse elevador? ao menos isso? A pessoa de ressaca, mal lembra da noite passada ainda tem que descer não sei quantos lances de escada, olhei meus pés me dei conta que estou descalça.

- Ai droga! Mil vezes droga! Gritei se alguém vier de lá de baixo vai achar que sou louca, estou falando sozinha , descabelada e com os pés descalços.

Voltei correndo,cheguei na porta estava totalmente sem ar , fiz uma nota mental preciso voltar a treinar, quer dizer ir pra academia já que pago e não vou, abri a porta do apartamento, entrei de pontinha de pé, como vou procurar uma coisa que nem sei onde deixei. Olhei pela sala, nada ,é claro ,que deveria está dentro do quarto, respirei fundo vou entrar.

- Seja o que Deus quiser.

Olhei em tudo que foi canto, em baixo da cama, até umas roupas emboladas que estavam no chão levantei pra olhar mas nada, há já sei só pode está no banheiro fui lá também quer dizer tirando hoje pela manhã não me lembro de ter ido outro dia, há rã achei você mocinha, minha sandália de salto linda ,perfeita ,super confortável, que é minha companheira de noitadas, como eu iria pegar um ônibus lotado, a essa hora da manhã sem uma sandália, já basta minha cara de morta viva.

Quando sai do banheiro, dou de cara com Lucio? Oi! Não acredito que eu fiquei com ele.

- Oi! Bom dia Maria Luiza! Sorriu todo lindo e pelado pra mim.

- Bom dia Lucio! Tchau Lucio! Me forcei a virar o rosto e tirar meus olhos da visão daquele corpo malhado.

Estava me dirigindo a porta quando ele me segurou.

- Foi ótima a noite ontem, não foi?

- Foi? Que bom!

- Você não gostou?

- Não me lembro, quando lembrar te digo. Beijos Lucio!

Sai andando rápido, era melhor ter ficado com qualquer outro cara menos com ele, poxa não sei não tenho que parar de beber parece que ficou louca, esqueço até quem sou, ele já anda atrás de mim o tempo todo que dirá agora que fiquei com ele ,quer dizer transei com ele, não que ele seja feio, Não é isso mas, ele não faz meu tipo a verdade é que nunca namorei, Tenho 23 anos isso mesmo só fico com os carinhas detalhe os gostozinhos. Lucio vive me perturbando até hoje o infeliz dia que fiquei com ele, e pra completar não me lembro de nada,ai que inferno!. Segurei a maçaneta da porta ele atravessou em minha frente.

- Maria Luiza, me diga que você está brincando.

- Brincando com o que Lucio?

- Nós dançamos ontem, ficamos, viemos para meu apartamento...

- Lucio olha preste bem atenção no que eu vou falar, você me conhece desde que cheguei aqui, eu- não - me - lembro.

Ele baixou o olhar, fiquei com pena, não sou dura, apenas não gosto de machucar ninguém, Lucio é aquele cara lindo todo perfeito,tive a Real comprovação agora , o corpo lindo, rato de academia, só vive treinando eu o vejo uma vez ou outra na academia, mas sou eu que vai uma vez ou outra, graças a Deus tenho a genética boa, meu corpo é ótimo. Não queria magoar ele, mas ele sempre vive atrás de mim já estou cheia sei que ele gosta de mim, ele é o cara que quer algo sério coisa que não quero.

-Ta bom! Não quer nem ao menos tomar café comigo?

- Não! Lucio, minha barriga roncou, Estava morrendo de fome, sempre acordo com fome sofro desse mal ,além de que estava atrasada. - Preciso de uma carona não quero entrar no ônibus assim parecendo que vim da guerra.

Ele sorriu

- Sabe desde o primeiro dia que te vi, foi isso que me encantou em você, sempre fala o que pensa, Não tem papás na língua.

- Tá bom só porque você está, insistindo vou comer algo, e vamos pra casa, anda Lucio estou com fome.

Ele foi na frente, no pequeno apartamento, seguimos para a cozinha onde ele fez um suco de laranja com pão , comi feito louca, Não importa o aconteça quero comer.

- Mas, me conte como deixei as meninas e fui ficar de você, limpei a boca que estava suja de farelo de pão

- Você estava com suas colegas do trabalho, bebendo eu cheguei falei com você, começamos a dançar, te beijei e te trouxe pra minha casa.

- Ta bom! Assim... só isso ? Obrigada mesmo. Mas vamos já acabei de comer.

- Só isso mesmo!Vamos! Sim!

Desci exatamente quatro andares de escadas, senhor amaldiçoado, Lucio a cada degrau.

- Aleluia chegamos pensei que ia morrer. Custava você morar em um prédio que tivesse elevador?

- Custava sim, mais caro.

- Sei.. ta bom ! Vamos logo!

Pegamos o carro dele na garagem ele me levou pra casa, a todo momento eu percebia que ele estava me olhando, mas fingia não está vendo nada. Meu apartamento não ficava muito longe dali, o que me animava é que mesmo morando em um apartamento, no oitavo andar tem elevador.

- Lucio, muito obrigada! Tchau!

- Maria Luiza...

- Oi Lucio! Fala... e por favor me chame de Lolla pela milésima vez, só você me chama pelo meu nome.

- Isso prova que pra mim você é única

- Faça me rir, Obrigada!

Entrei, espero que Nat não esteja em casa que já tenha ido trabalhar, ela vai tirar dos cachorros e colocar em mim.

Olá minhas lindinhas, bom dia! Estou iniciando mais um conto, minha personagem Lolla, e um amor de menina espero que gostem.
Quero agradecer a @Milton Ribeiro o autor de todas as poesias que coloquei no inicio de cada capitulo, e uma pessoa impar, no desenvolvimento da história.

Minhas lindinhas boa leitura e curtam.bjus!!!!

LollaOnde histórias criam vida. Descubra agora