capítulo 15

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"Há uma escada por onde não ouso subir
E logo vens tu lembrar me de tempos de ida
Em que os sorrisos ainda existiam
E as palavras amigas eram ainda uma constante
Agora nada mais me recorda atua presença!
Só esse coração turvo
Que os dedos insistem em riscar no vidro
Sempre que o nevoeirotolda a noite
E vem um manto quase Branco
Lembrar me que quase deixei tudo
Por quem mercê me esquecer
Ha distância!
E a rendição de quem ja nada espero."

Milton Ribeiro

Acordei cedo ,finalmente ,pulei da cama ,estava numa vontade de comer cuscuz mas não tinha, comi um pão empolgada pensando que era o pão do Brasil mas o daqui tem pouco sal, me desanimei, pra minha sorte Mariá cozinha divinamente bem .

- Boun giorno pessoas !

- Boun giorno menina ! Que felicidade essa?

- Nada só acordei feliz , descansada ,feliz , falei com minha amiga ,irmã ,a Nat já falei feliz ? Comecei a sorrir.

- Menina Já sim! Não quero estragar sua felicidade mas está na hora de você conhecer a propriedade , tem que colher a uva , fazer vinho, ver os animais.

- Eu sei que tenho que tomar conta da Fazenda , vou descansar , conhecer tudo , está a par de todos os acontecimentos da Fazenda.

- Vá hoje até lá em baixo tem um riacho ,você vai gostar, quando você conhecer tudo ,lá no escritório , tem algumas pastas onde tem todo o arquivo ,olhe análise tudo direitinho e mãos a obra.

- Mas Mariá, eu não sei nem por onde começar, não tenho idéia do que fazer ,eu só sei trabalhar com moda , e servindo mesas era nisso que eu trabalhava.

- Aos poucos eu e José vamos te ajudando ,você vai pegar o geito.

- Certo ! Agora já vou .

- Antes de descer o parreral coloque uma bota , pra não entrar nada nos meus pé, la na casinha do fundo tem ferramentas e duas botas acho que a minha da em você.

- Já vou! Sai correndo, pinotando em direção a cazinha dos fundos .

Abri a porta de madeira que estava trancada , vi muitas ferramentas , o trator, estava la dentro acho que José estava consertando, achei as botas , atrepadas numa prateleira , não combinava em nada com meu vestido lindo florido, rodado curto mais lindo , quando eu for na cidade em Lucca vou comprar umas roupas típicas daqui, sorri sozinha , eu iria ficar horrorosa de vestido longo.

Sai caminhando em direção ao parreral nossa como é lindo nunca havia visto assim de perto um pé de uva , o sol brilhava sobre os cachos ,que preciam ser feito de veludo, peguei uma puchei coloquei na boca nossa chega aguei, de tão gostosa ,o sabor como se fosse mais apurado.

Caminhei tanto que me perdi estava cansada , sai do meio das uvas estava cheia de tanto chupar uva,sai numa paisagem diferente , era uma plantação de girassóis meu coração acelerou era igualzinha a dos meus sonhos ,não ,não podia ser ,será que eu sonhei com esse lugar antes de chegar aqui?

Comecei a caminhar ligeiro em direção as flores , meu sorriso estava estampado no meu rosto a feliciadade que eu sentia nos sonhos agora era de verdade , e de ligeiro comecei a correr, corri passei a mão pelos girassóis, lindos eu rodopiava , girava sorria sem saber o motivo, caminhei mais um pouco ,eu sabia que procurava pelo lago , não era exatamente um lago mas um rio ,como Mariá havia falo, nossa estava tanto calor que não pensei duas vezes, tirei meu vestido , fiquei de sutiã e calcinha cai dentro da água geladinha, uma delícia ,mergulhei , brinquei que me cansei eu não sabia que horas eram ,resolvi sair da água por esta com os dedos enrugados quando escuto o barulho dos cascos de um cavalo batendo no chão, fiquei estática dentro da água , era como se fosse uma reprise do que eu havia sonhado , o cavalo branco surgiu do meio do nada, eu não conseguia ver direto um homem sem camisa , em cima do cavalo ,quando ele foi chegando perto vi que era Elias ,não ,não acredito que depois de reviver tudo do meu sonho , e meu Príncipe segundo Nat , pois ele está em um cavalo branco, não Elias não , tenho que parar de ouvir Nat ou vou me dá mal.

Ele parou bruscamente , quando me Viu dentro do rio. Desceu do cavalo, todo suado , o cabelo liso Preto caído na frente do rosto, suado , respirando forte ,fiquei presa no olhar dele que se aproximava de mim, ele sorriu pra mim ,um sorriso de deboche , será que estou vendo certo.

- O que foi? Perguntei

- Oi Lolla pra você também.

- Oi Elias !

Comecei a sair da água .

-Vejo que você teve a mesma ideia que eu de vir tomar banho de rio , sem roupa.

- Oi! Sem roupa?ai meu senhor meu santo Lucas Lucco, não acredito que fiquei Vesga, vendo aquele homem gostoso, que nem me lembrei que estava de sutiã e calcinha, essa última fio dental e transparente ,e agora como vou sair da água.- Não me lembrei que estava sem roupas.

- Percebi ! Você estava me olhando por isso não se deu conta do seu estado.

- Idiota !

- Você também tem um corpo lindo ,chama atenção ,não percebeu lá na Villa todos te olhando.

- Não quero saber quem olhou ou deixou de olhar, vire de costas pra eu sair ,quando estiver vestida , peço pra você virar.

- Não !

- O que foi que você disse? olhei pra ele com meu olhar matador.

- Disse não! Não vou virar ,se quiser sai da água, saia, mas fechar ou virar os olhos de forma alguma.

-Ai! Você é um idiota! Vou te matar quando eu sair daqui vou te bater .

- Venha !me olhou com o sorriso torto , a sobrancelha levantada.

Ele ao menos poderia ser feio que eu não ficaria aqui desejando ele, não conversei estava azul de ódio ,voei em cima dele , acho que ele não esperava que fosse realmente querer matá lo.

Caímos ,a verdade é que afundamos eu por cima dele, ele até tentou se defender mas no meio da água eu tentava bater nele mas ele me segurava , comecei a cansar , ele segurou meus pulso, aproximou o rosto do meu estávamos , cansados , eu sentia seu hálito em meu rosto , ele estava se aproximando do meu rosto sua boca carnuda , começou a me dá um calor, sua boca colou na minha senti sua boca sua língua ,quando a ficha caiu empurre ele que caiu na água.

- Seu louco!!!

- Louca é você!

- Quem te deu ordem pra em beijar?

-Diga que você não queria ?

- Eu... E... Eu nada eu por acaso falei quero que você me beije? Falei!

Sai da água batendo os pés , peguei meu vestido ,coloquei o mais rápido que pude , calcei a bota ainda toda molhada.Sai caminhando de volta pra a plantação de girassol .

- Lolla!

Não olhei pra trás, ele continuou me chamando, mesmo assim resolvi parar.

- Oi!fale Elias !

- Adorei a calcinha!

-Haaa! Dei um grito - Juro por tudo que é mais sagrado que vou te matar na próxima oportunidade que eu tiver.

Sai trotando em meio aos girassóis, andei ,andei e me desesperei que ódio me tomava, eu não sabia onde estava, comecei a chorar .

- Droga ,droga e mais droga , estou perdida , tudo culpa daquele idiota .

Sentei embaixo de uma árvore, encolhi minhas pernas , tentei me acalmar, acabei cochilando estava cansada e com fome.

Senti alguém passando a mão fria em meu rosto, abri os olhos bem devagar , era o meu moreno aqueles olhos verdes me fizeram esquecer ,onde eu estava.

- Você está bem Lolla?falou com voz rouca.

- Estou não está vendo ,eu aqui deitada nesse chão , sem saber o caminho.

- Deixe de ser bruta ragazza. Pare de colocar essa barreira.

- Você que é um idiota , sempre implicando comigo ,tenta a todo momento tirar minha paciência, e foi por sua causa que me perdi.

- É que você é muito linda e quando esta com raiva ,fica mais linda ainda. Sorriu e me levantou.

Não consigo traçar uma linha de raciocínio quando ele chega perto de mim.

LollaOnde histórias criam vida. Descubra agora