"Entre uma lâmina aguçada
De uma saudade
E a vertebra quebrada
Que atravessa os homens de boa vontade
Há quem resista
E insista em te olhar por dentro
onde guardo os teus ouros
Que não mostra a ninguém
E eu aqui do Alto da minha simplicidade
Em Alto e bom tom te digo
Em nua e crua verdade
que não há olhos como os teus
E eu não consigo
Afastar os meus dos teus"
Milton Ribeiro
Depois daquele restaurante que eu queria, que tivesse um em cada esquina no Brasil, a comida de Mariá é uma delicia mas aquilo lá é tudo de bom.
Depois de comer feito louca, não aguentei me comportar como uma mocinha de bem, ficamos sentados .
- Você vai querer mais alguma coisa Lolla? Falou segurando em minha mão, que desde que acabei minha refeição que ele me olhava e fazia carinho.Não que eu esteja reclamando mas , é que estou sentindo falta das brigas.
- Não obrigada! Acredito que estou satisfeita, para levantar vou precisar de um guincho.
Ele riu, chamou o metrie agradeci a comida, ao menos agradecer eu sei, pagou a conta, e pasmem ele levantou quando fiz menção de levantar fui impedida.
- Não levante se! Pensei que fosse algo importante, ou algum costume daqui ele deu a volta na mesa, e puchou minha cadeira, eu fiquei boquiaberta, não conhecia esse lado cavalheiro, só conhecia o cavaleiro.
- Vamos!
- Claro! Ainda estava anestisiada pela onda de gentileza.
Saimos do restaurante, ele colocou a mão na base de minha coluna, aquele simples gesto fez meu corpo entrar em sinal de alerta já fora do restaurante segurou minha mão, pareciamos mais um casal de namorados, iamos pela beira da água caminhando deixando água bater em nossos pés.
- Quero me sentar estou cansada, acho que comi demais.
- Você ainda acha eu tenho plena convicção.
- Besta! Sou apreciadora de boa comida.
- Percebi!
Sentamos em uma esacadinha próximo do cais, a brisa da noite estava bem refrescante, o céu lindo cheio de estrelas, ao seu lado coloquei minha cabeça em seu ombro mas ele foi mais rápido nos beijamos muito sem pressa, ele me fazia carinho, na verdade ele é bem legal quando não está fazendo idotices.
- Meu cabelo está uma bagunça.
- Venha! Vire aqui que te faço uma trança.
- Você?
- Claro!
Me colocou, no degrau a baixo do que ele estava sentado, passou a mão no meu pescoço , beijou e começou a fazer uma trança.
- Pronto!
Passei a mão no cabelo, coloquei o cabelo de lado e vi a trança.
- Nossa como pode você saber fazer uma trança e eu não.
- Sou o cara perfeito não percebeu?
- Sei.. mas quero saber uma coisa ,mas responda se quiser.
- Esta bem ,pergunte , me abraçou .
- Quando estávamos no restaurante daquele cara .
- Sei do meu amigo Emanoel
- Sim me deixe falar ,ele sorriu - Ele te perguntou alguma coisa sobre namorada não foi?
