"Demoro me junto a raiz do tempo
Ao Vale onde deixo adormecer
Todos os meus poentes
Refúgio me na pequenez do que sou
E agiganto cada passo
Como se fosse grande.Perco me nos degraus infinitos
Tentando chegar ao teu colo
E abraço me
Porque nada mais me resta
Que não seja guardar em mim
E para mim
Essa doce ilusão do calor da tua pele
De encontrar a minha."Milton Ribeiro
Fizemos as compras, conseguimos, alguns trabalhadores, minhas coisas pessoais não consegui comprar preferi, as comprar pra fazenda, antes de colocar as bolsas no carro vi Domenico me olhando de longe acho que era o posto de saúde, acenei com a mão, ajudei Mariá a subir no carro, voltamos pra fazenda.
- Vamos mulher desce que estou com fome, deixe que eu levo as coisas pra dentro, vá fazer a comida que estou azul de fome.
- Imagino não comeu nada, essa sua boquinha nervosa . Já vou!
Coloquei as coisas na cozinha enquanto a comida estava ficando pronta.fui com jose arrumar as ferramentas no celeiro.
-Mariá vou morrer de fome! Entrei gritando na cozinha. José que vinha logo atrás estava contendo o riso.
- Ja está pronto menina cozinhei pra um Batalhão.
- Mas só tem nós tres!
- Mas você come por dez pessoas .
- Muito engraçado dona Mariá, jose também come muito ja vi, ele todo caladinho, e só colher pra dentro mas quem leva a fama? Lolla !
Comi que fiquei torta, jose teve que me arrastar pra eu ir, ajeitar as coisas pra colheita, pois estava moreendp de vontade de ir tirar um cochilo, estou animada, não vejo a hora de chegar esse dia pra comer uva direto no pé.
Chegou o dia da colheita, estava parecendo pinto no lixo, eu levava os caixotes para os coletadores, passei o dia atrás de jose tentando aprender ao máximo, cortei cachos e mais cachos de uva, chupei mais do cortei mas tudo bem. Ao final do dia estava morta, dormi feito pedra no outro dia ainda mais colheita, senhor, pior não posso descansar tem que ficar no parreral o tempo todo, foi quase uma semana colhendo, as uvas emcaixotando pra exportar.
Alguns dias depois foi a festa da uva, pois é assim que eles chamam o dia de pisar a uva, é um espetáculo a parte eles colocam as uvas em um reciepinte de madeira e pisam com os pés mesmo, tem muita dança, cantoria eu só cantei "O sole mio", por saber so o refrão, é tudo tão lindo, encatador na verdade mágico, ate Mariá entrou na dança, parecia criança, de tão feliz que estava, Todos estavam pedindo pra eu entrar no cocho e pisar as uvas eu ficava na animação , batendo palmas e sorrindo, quando alguém me pegou por trás , me levantou no colo e me pos dentro do cocho, comecei a sorrir eu já sabia quem era Elias.
- Vamos Lolla, pisa nas uvas. Ele falou com aquele sorriso lindo.
Eu só sabia rir , era tão bom, ele começou a fazer aquelas danças italianas batia palmas, os pés faziam uma coreografia engraçada.
- Eu não sei dançar ! Gritei no meio da cantoria..
Ele me agarrou, colou seu corpo ao meu, me balançando pra eu acompanhar a dança, mas meu corpo sentia outras sensações, que não eram a euforia da dança. Olhei em seus olhos estavam com um brilho lindo, o verde transparecia, alegria plena.
- Vou sair! Estou muito cansada
- Nao saia não está se divertindo.?
- Não é isso, é que realmente estou muito cansada.