twenty four

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Pulei das costas de Harry ao ver o irlandês com os braços abertos ao lado de minha mãe. Corri em sua direção e o abracei tão forte que acabamos por cair ao chão.

Sua risada era algo que me fazia muita falta desde que deixei a clínica, seu modo brincalhão. Niall era o melhor amigo que alguém poderia procurar no mundo e eu me sentia a pessoa mais sortuda por tê-lo encontrado.

— O que você está fazendo aqui? Oh, meu Deus! E a clínica? - Meu corpo exalava euforia e felicidade, não consigo controlar nem mesmo a velocidade em que as palavras saíam de minha boca.

Ele fugiu.

Pela primeira vez, ri baixinho do que elas estavam falando, pois Niall era capaz disso, realmente capaz.

— Adivinhe, meu caro Louis! - Abriu os braços, forçando um pigarro e soltado o sorriso mais belo que eu já havia o visto dar. — Eu estou livre. O transtorno acabou amenizando e estabilizando. Aqui estou eu!

Quando o loiro acabou, meus olhos estavam cheios de água, meu coração batia tão rápido e eu já não podia dizer sobre o que estava sentido. Eu estava orgulhoso, verdadeiramente orgulhoso, dele, de mim, de Harry, de nós.

Seu orgulho acabará em breve.

— Hey! Não chore, shhhh. - Ele me abraçou, dessa vez com mais calma, jogando seus braços no contorno de meus ombros e deixando-me soluçar com a boca em seu pescoço. — Isso é algo bom, não é? Nós estamos bem.

Ele continuava a sussurrar baixinho, acariciando meus cabelos um tanto molhados de suor e já bem mais compridos que o normal.

— Eu estou orgulhoso. - Apenas falei, deixando a frase no ar e fungando ao me afastar de Niall, olhando para seu sorriso bobo e rolando os olhos.

Por fim lhe deixei cumprimentar Harry com um abraço meio sem jeito, mas bonito na mesma intensidade que o nosso. Meus olhos brilhavam a cada cena passada em frente a eles.

Suas lágrimas - logo - serão apenas de tristeza.

— Então, eu fiquei preso por muito tempo, vamos sair. - Falou animado, dando de ombros e com aquele sorriso que ninguém jamais podia negar.

Olhei para Johanna, encolhendo os ombros e elevando as sobrancelhas, como se estivesse pedindo sua permissão; mesmo sabendo que a maioria me dava a liberdade de não precisar fazer isso, era bom ter alguém preocupado comigo. Ela assentiu com a cabeça, sorrindo em nossa direção e gargalhando quando viu Niall e suas mãos juntas em sinal de imploração.

Soltei uma risada e entrelacei meus dedos aos de Harry, sentindo a corrente elétrica ultrapassando meu corpo e sorrindo para isso; por fim, Jay entregou a chave de seu carro para o menino de cachos e deixou seus lábios em minha testa por alguns momentos.

— Se acontecer algo, grite. - Falou, tirando um sorriso de canto dos meus lábios, me abraçando com calma. — Instinto de mãe não mente, seja onde for eu lhe escuto.

Ela não vai lhe escutar quando você estiver gritando por socorro.

Assenti para ela, sentindo minhas bochechas corando com as palavras e a abraçando ainda mais forte.

— Cuidado, meninos. - Gritou quando entrelacei minhas mais as de Harry e saímos pela porta.

O irlandês tagarelava ao meu lado, contando sobre sua saída da clínica e os últimos dias sem ter-me com ele, seu sorriso era mais brilhante que o sol batendo contra nossas peles, seus olhos tão azuis quanto o céu aberto acima de nós. Harry sorria para nós, fazendo carinho em minha mão com seu polegar e abrindo a porta da camionete preta para deixar-me entrar. Niall revirou os olhos, semicerrando os mesmos e então soltando uma gargalhada baixinha, abrindo a porta e agradecendo a si mesmo.

schizophrenia » larryOnde histórias criam vida. Descubra agora