Eu acordei e estou me vendo em um grande quarto, um grande quarto branco.
Eu costumava gostar de branco, é uma cor que demonstra felicidade é vida, branco costumava ser minha cor favorita. Até as vozes chegarem.
Elas preferem preto e vermelho.
Preto da morte. Eu estou morto e ao menos sei.
Vermelho do sangue. Sangue das vítimas delas e bem... Das minhas vítimas.
Você nos decepcionou.
Elas estavam de volta, elas gritavam na minha cabeça como se quisessem sair. Isso doía e machucava.
- E-eu não queria. Não sejam m-más para m-mim. - Eu sussurrei baixinho.
- Você não queria o que, querido?
Um homem entrou no quarto. Ele era alto e tinha cabelos cacheados, estava com uma expressão de consolo e pena.
Mande-o sair.
- SAIA! - Eu gritei sem ao menos notar o que estava fazendo.
Me encolhi novamente na cama e estava tremendo.
- Você está bem, Louis? O que você ouve? - O homem falava baixinho enquanto se aproximava.
Não fale, não fale sobre nós!
Elas gritavam cada vez mais alto e eu já estava com as mãos em meus ouvidos.
- Parem! Parem de gritar.
Eu estava chorando, as lágrimas caiam e soluços eram nitidamente ouvidos de minha boca.
- Louis, shhh. Você não precisa precisa falar comigo. Mas ouça... Eu estou aqui, você pode ter controle sobre essas pessoas que gritam com você.
Ele estava falando comigo. Por que ele se preocupava? Eu devia estar dopado e dormindo.
- Só concentre-se na minha voz, está entendendo?
Eu estava assentindo, eu estava me concentrando na voz do homem de olhos verdes.
- Q-qual seu n-nome?
NÃO FALE COM ELE!
Eu não podia falar com ele, mas eu queria. Eu queria falar com o homem com cachos no cabelo a minha frente. Eu queria ouvi-lo, mas eu só as ouvia. Elas gritavam cada vez mais alto.
- Meu nome é Harry.
Minha cabeça estava em meus joelhos e eu pedia para elas pararem. Minha cabeça latejava e isso era extremamente doloroso.
Morra Louis. Você não é um bom menino.
- E-eu sou um b-bom menino. - Eu estava me balançava e vultos estavam me batendo. - PAREM!
Vi o homem - Harry - a minha frente tremer.
- Saia, s-saia daqui. - Eu tentava manter a calma, não queria machucar o menino.
- Você ficará bem.
Você não ficará bem. Nós somos tudo o que você tem.
- Não!
Eu negava desesperadamente e puxava meus cabelos, precisava sentir dor. Eu precisava morrer.
Então senti um gosto incômodo na boca e logo tudo escureceu. Eu estava dormindo.
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schizophrenia » larry
Fiksi PenggemarEsquizofrenia: Doença que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. Na tentativa de livrar-se das vozes em sua cabeça Louis faz o necessário, mortes estão incluídas no pacote. Ao tentar atacar sua última pessoa amada é internado em uma c...