Sofia
— Sofia? Você está ouvindo? — Isabel me cutuca com o ombro e sacudo a cabeça, despertando dos meus pensamentos.
— O que é Isabel?
— Você acha que devo usar qual blusa no jantar de sábado? Rosa chiclete ou bebê?
— Que jantar de sábado é esse?
— Nossa! Está mesmo com a cabeça nas nuvens hoje, viu? — Isabel fala, girando os olhos. — Você prometeu que iria no jantar de negócios dos meus pais nesse sábado!
— Eu prometi?
— Sim, quando estava na Europa.
— Não vai dar Isabel! — digo, e levanto assim que avisto Drew passar com seu grupo de amigos. — Estou planejando um final de semana super romântico com o Drew, já que meus pais vão ficar fora da cidade. Você sabe, preciso reaver a chama do meu namoro e deixar as coisas do jeito que são: Drew namorando comigo e feliz por isso.
— Mas você prometeu... — Isabel diz, parecendo chateada.
— Para de drama, quantas vezes já fui para esses jantares?
— Várias, mas se você não vai, eu sempre fico sobrando á noite inteira enquanto meus pais ficam falando de negócios!
— Você vai sobreviver, preciso ir agora! — Pego minha Chanel e grito para ela, antes de sair correndo atrás do Drew. — Beijinhos, amiga.
Consigo alcançá-lo quando chegamos ás portas duplas da entrada do colégio. Após o fim das aulas de hoje, fiquei pensando em como poderia fazer o Drew esquecer que "estava cansado". Dai concluí: que jeito melhor do que passando uma noite inteira agarrado a sua linda, maravilhosa e rica namorada?
Sempre dava certo ter uma noite só nossa, claro que dessa vez não vai ser diferente.
Fecho seus olhos com minhas mãos em forma de concha e, assim que nota minha presença, seus amigos saem rindo na frente. Aproximo minha boca do ouvido do Drew e uso minha voz mais sedutora quando digo:
— Oi gatinho!
Drew puxa minhas mãos para baixo e me olha pelo canto do olho. Sua voz não tem a mesma intensidade que a minha quando ele responde.
— Oi, Sofia.
O que vem á tona é o mesmo que senti no ano passado, quando programei uma mega noite romântica para mim e Drew e, após sair do banheiro vestindo uma roupa super sensual, vi que ele tinha pegado no sono.
Antes mesmo de começarmos!
— Tenho uma surpresa pra você. — Tento esconder a frustração na minha voz. Como já estou acostumada, funciona bem. Coloco meu melhor sorriso no rosto e pretendo continuar dessa forma.
Vai funcionar!
— O que é? — ele pergunta.
Drew não resiste á mim!
— Eu e você. Sábado à noite. Juntinhos na minha casa e melhor: sozinhos! E aí?!
— Não vai dar.
— Ótimo, você pode chegar por volta das se... — Me detenho, porque é quando minha mente começa a processar o que ele acabou de dizer. Solto um riso frouxo e cruzo os braços, ainda incrédula. — O que disse?
— Minha mãe precisa que eu vá a Portland resolver algumas coisas da sua loja.
A mãe do Drew tem uma loja cheia de antiguidades. Sinceramente, tudo lá cheira a mofo e é brega demais para colocar em qualquer cômodo da sua casa. Mas é claro que, nas vezes em que fui lá, disse que tudo era bonito e queria todas aquelas coisas para mim.
Só que não.
Mas voltando ao assunto, não entendo porque tem que ser o Drew a ir resolver os problemas da loja dela! Quero dizer, a loja é dela!
— Não pode deixar para o outro final de semana? — proponho, e Drew nega com a cabeça.
— Você conhece a minha mãe.
— Ela não pode ir no seu lugar?
— Um dia a loja dela será minha, Sô... — Drew diz, e enterra as mãos dentro do bolso da calça. — Eu preciso ter mais responsabilidade e aprender a solucionar os problemas que aparecerem.
Rio com escárnio agora.
— Você merece muito mais do que uma loja mofada. — Giro os olhos.
— Já discutimos isso. — Ele está irritado. Ótimo! — Minha vida, meu futuro. Se você não se importa...
Ele me dá as costas. Dou alguns passos a frente e verbero, com a voz irritada:
— O que está acontecendo com você?
Drew para, mas não me olha imediatamente. Sinto sua respiração pesada e ele parece pensar na resposta para minha pergunta. Começo a ficar com medo de que possa ser algo que eu não queira ouvir.
— Me desculpa.
Oi?
O frio deve ter congelado os meus ouvidos (isso é possível?). Preciso piscar os olhos várias vezes, apenas para ter certeza de que é Drew que está me pedindo desculpas. Em todas as nossas brigas ele nunca fez isso... Tudo bem que, no final de cada discussão, ele sempre me dava razão. Mas agora soava bem diferente.
Drew se vira e me encara. Seus olhos estão nevoados e não consigo nem imaginar o que está passando nessa sua cabeça.
— Tenho agido feito um idiota desde ontem e você acabou de chegar! — Ele emenda. — Você não merece ser tratada desta forma.
Não merecia mesmo, não.
— Está tudo bem. — digo.
Não está.
— Podemos remarcar esse final de semana para depois? — ele pergunta, se aproximando.
— Claro que sim, bebê.
— Ótimo. — Drew beija meus lábios e me aquece imediatamente. — Obrigado por entender.
— Se quiser, posso ir com você até Portland.
— Vai ser um saco, acredite: você não vai querer estar lá.
— Hum, tudo bem.
— Eu te ligo mais tarde, pode ser?
— Claro. — Sorrio, concordando com a cabeça.
— Até mais. — diz. Ele me beija mais uma vez, e então entra na sua BMW, dando partida e indo embora.
Solto um suspiro e ajeito o casaco em torno do meu corpo, feliz da vida. Vou saltitando até o carro onde está meu motorista. Estou tão animada que chego a cumprimentá-lo. Maluquice, não é?
Eu disse que sempre funcionava!
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Oiiiiii suas lindas!
Vocês vão gostar da Sofia, é sério!!! kkkkkkkkk ~mas vai levar um tempinho~. E que história é essa de shippar Amélia e Josh? :O hahahahah Já criaram até nome: #Jomelia
E sobre os dias de postagens: Acho que enquanto eu tô sem fazer nada, vou continuar postando todos os dias mesmo... Já tô com a história feita na minha mente ~o que é um milagre~ só preciso da coragem vossa de cada dia pra sentar e escrever kkkkkk Mas vou adiantar porque nunca se sabe quando minha vida vai ficar uma loucura e eu terei uma rotina de volta, né?
Beijocasss com pipocasss ❥
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Garotas Venenosas
Teen FictionAmélia Harley define sua vida em uma única palavra: tédio. Além de não fazer parte de nenhum grupo social do colégio, possui apenas dois amigos: Josh Cohen e Grace Hill - ambos considerados seus amigos para sempre. A única coisa que movimenta sua pa...