— Que diabos digo eu, Andre! O que merda você pensa que estava fazendo dançando com aquela vagabunda enquanto eu estava lá, há metros de você, assistindo a toda a palhaçada?
Ele franze o cenho para mim, parecendo pasmo com a minha reação.
— Eu não estava dançando com ninguém, Giovanna! Não seja absurda — Acho que minha expressão o fez perceber que eu não estava para brincadeira, porque ele finalmente engoliu em seco e bagunçou os cabelos, demonstrando algum nervosismo. Eu tinha vontade de bater nele, mas não o faria – sabia respeitar os limites de um homem e apanhar na cara de uma mulher pela segunda vez, em duas situações semelhantes, talvez fosse ultrapassa-los — Está bem! Eu estava dançando com os rapazes e de repente, cada moça foi chegando e abordando eles daquela forma. Eu... eu ri da situação e continuei me divertindo até que aquela mulher chegou se insinuando. Nana, eu disse que estava acompanhado, que não tinha interesse, mas ela não acreditou e continuou ali até você chegar. Foi só isso.
— Essa é a droga da sua desculpa? Suas pernas estavam coladas com cimento naquele lugar? Se ela não saía, saísse você! Você.... Deus, Andre! Eu não acredito, você ia deixa-la te beijar se eu não tivesse feito algo antes.
Reclamei com a voz embargada de choro.
Um bolo enorme estava na minha garganta, doendo quase tanto quanto meu coração ao pensar naquela mulher beijando os lábios dele. A boca que tinha sido minha! Fechando os olhos, eu funguei e tentei dar meia volta para sair dali, mas sua mão prendeu meu braço e me puxou para ele, tão rápido que não entendi como agora eu era a única que estava contra parede, com Andre colado em mim.
Pare, eu ia dizer, mas seus lábios cobriram os meus com fúria em sintonia com as minhas lagrimas quentes que desceram naquele momento. Minhas mãos foram para o cabelo de Andre, segurando as mexas, puxando-as para castiga-lo, mas eu tremia quando engolia seus gemidos. Andre puxou a minha perna e encaixou-a no seu quadril, segurou minha coxa e apertou para depois ir em direção ao meu bumbum quase nu pela calcinha pequena.
Eu estava com falta de ar, por isso o empurrei, mas logo sua boca estava no meu pescoço, me deixando cega de desejo, mal lembrando da raiva ou frustração passada. A ereção dele começou a ficar mais e mais evidente. Ele fazia questão de mostrar para mim quando investia seu quadril contra a minha pélvis e esfregava sua dureza no meu sexo já molhado – querendo, precisando dele. Meus peitos estavam quentes dos beijos e chupões que Andre estava dando até onde o decote permitia e os arrepios na minha pele nada tinham a ver com o vento.
Eu apenas fechava os olhos e jogava a cabeça para trás, me deliciando com o prazer e o tesão se acumulando.
— Isso não é justo — Eu lamento — Você sempre usa o sexo para me acalmar.
Minha cabeça roçava nos tijolos desgastados da parede atrás de mim, fazendo com que pequenos pedaços caíssem no meu cabelo. Eu ri me sentindo mais leve e pulei no colo de Andre, prendendo-o entre minhas pernas. Gemi de dor quando ele me empurrou contra a parede outra vez, mas agora estava mais gostoso para me esfregar nele. Se nós apenas pudéssemos...
— Desculpe, baby. Eu não vi as coisas dessa maneira, só achei tudo muito engraçado. Por favor, desculpe. Sou tão babaca às vezes... — Pede ele, beijando o meu rosto carinhosamente — Desde que eu te conheci, tenho dificuldade até para trabalhar, Nana. Só há você na minha cabeça. É só por esse corpo que o meu chama e atende. São só esses lábios que eu desejo beijar e adorar o doce gosto que eles têm. É você, Giovanna. Será sempre você. Confie em mim, por favor.
Confiar? Não era o que eu vinha fazendo todo esse tempo?
Merda, eu ainda queria chorar. Por que eu estava tão sensível?
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Odisséia Grega
RomanceMesmo após perder o emprego, por recusar-se a ceder às investidas do seu chefe, Giovanna está determinada a não desistir. As suas tentativas são frustradas uma e outra vez, a levando a aceitar os mais diversos serviços que estão muito longe de fazê...