Capítulo 32

806 53 32
                                    

Deitada de bruços na cama e com os olhos fechados, eu sentia dedos masculinos subindo e descendo pelas minhas costas nuas em um carinho gostoso. Todos os meus pelos se arrepiam independentemente da direção que eles tomam e eu quase não consigo mais fingir que estava adormecida. Coloco os meus braços para cima, me espreguiçando toda, mas com vontade de me esconder entre os travesseiros novamente. Os lençóis estavam quentinhos e os meus músculos pareciam não ter tido o suficiente de descanso. Eu pretendia ficar quieta e fingir ter adormecido outra vez, mas o gemido que me escapou, quando lábios quentes e macios depositaram um beijo lento bem no meio das minhas costas, me denunciou na hora.

— Não é possível que ainda esteja com sono, Giovanna.

— E você pode me culpar? — Resmungo, manhosa.

Ele ri ao me ajudar a virar na cama até estar de barriga para cima e, então, dou de cara com o sorriso mais sexy que tive a sorte de ver na vida. Seus cabelos pareciam um ninho de passarinho e o rosto estava ligeiramente amassado por ter dormido muito, mas ainda assim, Andre estava arrebatadoramente lindo.

— Eu gastei bem mais energia que você... — Ele desafia. O seu sorriso cresce e seu olhar agora é de fome. A minha respiração acelera quando seus olhos caem nos meus seios expostos. Vejo quando sua língua umedece o lábio inferior e eu estremeço. Ah, não! De novo não.

Andre me acordou muito cedo esta manhã com os seus beijos pecaminosos e antes que eu pudesse abrir meus olhos, suas mãos estavam entre as minhas pernas, me massageando e excitando. O homem era amante do sexo matinal e tanto quanto eu gostava de dormir, também não conseguia resistir ou me aborrecer com as suas investidas. Desde que voltamos a dormir juntos, há mais de uma semana, ele tem passado quase todas as noites aqui. Eu não precisei pedir ou Andre se oferecer, era simplesmente natural jantarmos juntos, ensinar coisas ao Heitor e brincarmos até que estivesse no horário de ir para cama. Uma vez que o nosso garoto estivesse dormindo, então aproveitaríamos cada minuto da noite para namoramos. Era apenas inevitável. Nós sempre acabávamos na cama, mesmo que às vezes as roupas permanecessem. Mas quando era pela manhã...

— Andre, não. Pode ir parando. Nós precisamos levantar e preparar o café — Digo, mas sua cabeça já está entre os meus peitos e a minha mão em seu cabelo, indecisa entre acariciar ou puxa-lo para longe — Daqui a pouco o Heitor acorda exigindo comida. Eu nem sei como você conseguiu fazê-lo dormir de novo! — Dou um tapinha nele, que faz beicinho e se afasta para me deixar levantar.

Hoje, felizmente, eu não precisaria trabalhar. O máximo de serviço que tinha poderia ser feito em casa e levado para a Kara amanhã. Como Andre esteve viajando pelos últimos dois dias e só retornou na tarde passada, livrou-se da empresa e decidiu que passaria o dia de hoje conosco. Nós tínhamos planos de almoçar fora e fazer passeios, voltando para casa apenas por volta da hora do jantar e por isso estivemos usando a manhã toda para recuperarmos nossas energias. Então, quando Heitor acordou às 8, eu o expulsei da cama para que fosse cuidar do garoto enquanto eu retomava as horas de sono que perdi com ele durante a madrugada passada.

— Sou um CEO, Giovanna. Acha que não saberia negociar com o meu próprio filho? — Ele puxa-me pela mão e eu caio sentada de volta à cama.

Andre segura o meu queixo ainda sorrindo e me beija na boca docemente antes de me desejar bom dia. Sorrio de volta após dar-lhe um selinho e saio da cama completamente nua, ignorando o seu gemido quando parei no caminho para apanhar a minha camisola caída no chão e vou para o banheiro.

Não fazia muito sentido preparar um café caprichado quase às 11h da manhã, mas estávamos famintos. Eu não queria esperar para comer na rua, por isso decidi improvisar um brunch enquanto Andre tomava seu banho de banheira com Heitor. Ele não demorou nem quinze minutos para começar a chamar lá no quarto. Gritou quando me viu e sacudiu-se todo em felicidade como se não me visse há meses. Eu ri e lhe apertei muito, beijei e cheirei também. Fiz tudo que tinha direito com o meu filhote e depois tirei sua fralda que estava ensopada. O pai roubou a criança logo em seguida e mandou-me de volta para a cozinha com um tapa na bunda.

Odisséia GregaOnde histórias criam vida. Descubra agora