Capítulo 6

662 64 37
                                    

As minhas pernas tremeram, me assustando e eu deixei que o meu corpo desabasse para baixo, até que eu senti o colchão embaixo da minha bunda. O meu peito quase doeu pela maneira como o meu coração acelerou ao ouvir sua voz e eu me esforcei para responde-lo sem entregar o quanto eu estava sendo ridícula no momento.

— Andre? — Falhando completamente, a minha voz saiu meio esganiçada, mas eu tinha direito a isso. Tê-lo me ligando foi uma maldita surpresa.

— Quem mais seria, Giovanna? Não me diga que é comum te ligarem a essa hora para saberem o que você está vestindo? Eu posso ser ciumento — Seu tom era brincalhão, mas eu quase podia visualizar a carranca no seu rosto. Isso me fez soltar uma risadinha — Estou divertindo você?

— Não, claro que não — Pigarreei e tentei parecer séria ao responder — Eu estou apenas surpresa por ter me ligado. Como conseguiu o número?

— Você deveria saber que não seria um problema para mim. Mas isso é um mero detalhe. Me diga, como tem estado?

Pensei um pouco na resposta.

O que eu diria?

Com saudade, ansiosa para ouvir sobre você de novo, louca para colocar as minhas mãos no seu corpo, para sentir as suas de novo dentro da minha roupa e te beijar até que nossos pulmões falhem?

— Bem. E você?

— Estou cansado, mas precisava falar com você essa noite. Esses dias têm sido terríveis... mas eu precisava te dizer que você não sai da minha cabeça. Que espécie de feiticeira é você, baby?

Eu gargalhei enquanto corava.

Meu rosto estava quente e outras partes minhas também. Eu estava certa sobre ele sentir a minha falta e pensar sobre mim também? Ah, Deus, por favor, sim!

— Eu quero te ver. — Respondi, mordendo o lábio.

Não sabia de onde tinha tirado tanto atrevimento, mas eu não era estúpida. O homem acabou de dizer que estou na cabeça dele há dias. Eu não posso estar nessa sozinha.

— Eu também, mais do que você imagina — Ele suspirou — Depois de ter provado você daquela maneira na sexta, eu não sei como tenho conseguido me manter longe, se tudo em que eu penso é em sentir o seu gosto de novo. Ver o seu bonito rosto vermelho, sentir você esquentando e ficando molhada só para mim. — Seu sussurro era baixo, rouco, enlouquecedor e eu já estava ofegando no lugar.

— Jesus, Andre... você não pode sair falando essas coisas para mim — Reclamei enquanto deitava e me encostava aos travesseiros, sentindo os meus mamilos entumecidos e um incomodo bom entre as pernas — Estou ansiosa para repetir o que fizemos no carro. Realmente ansiosa.

Pensei ter ouvido ele gemer do outro lado, sua respiração mais pesada estava fazendo um ruído desagradável na linha, mas logo o que ouvi foram barulhos metálicos que me lembravam ao cinto do meu pai sendo aberto sempre que ele chegava do trabalho louco por um banho.

Será...

Será que... Andre estava tirando a roupa enquanto falava comigo?

— Baby, eu estou rezando para que você esteja em seu quarto, no conforto da sua cama, vestindo apenas uma blusinha colada ao seu corpo delicioso e um minúsculo short. — Ele parecia mais relaxado, mas a voz ganhou um tom mais grave ainda.

— Na verdade, eu estou usando uma camisola branca e uma calcinha de renda amarela, um pouco transparente. Confesso que agora estou um pouco arrependida de tê-la vestido. Eu sempre acabo toda suja quando você me deixa molhada dessa forma. — Respondi, tentando provoca-lo e mordi meu lábio com força quando ouvi-o praguejando e gemendo alto na linha.

Odisséia GregaOnde histórias criam vida. Descubra agora