Um cheiro de perfume masculino veio as minhas narinas quando eu suspirei ainda de olhos fechados. Abri os olhos devagar, era o quarto de criança onde havia sido abusada, só havia a luminária/mobile ligada e tocando mais uma canção irritante. Umedeci os lábios e prendi o lábio inferior entre os dentes. Senti uma mão passando por meu braço e acariciando o mesmo, olhei para o autor de tais ações e encontrei os olhos castanhos mais lindos que eu já vi. Por um momento esqueci onde estava, os olhos dele me hipnotizaram me fazendo morder o lábio com mais força.
- Eu morri e fui para o céu?- perguntei rouca e sorrindo feito uma boba. Zadd sorriu, um sorriso lindo e encantador, não maliciosamente, um sorriso meigo.
- Ainda não, mas você parece um anjo- sorriu e desviei um olhar, ainda sorrindo. - O anjo caído mais lindo que já vi.- olhei para ele de novo e apreciei seu sorriso, seu dedo indicador acariciou minha bochecha devagar, me deixando mais sem graça ainda. Lembrei onde estava quando Zedd se aproximou, estava com o rosto muito próximo ao meu, nossos lábios estavam quase colando um no outro quando ouço a maçaneta mexer, Zedd se afastou e levantou rapidamente, puxei o lençol e cobri meus seios que eu nem vi que estavam a mostra, olhei para o chão e me encolhi. Green entrou no quarto e olhou para Zedd e depois para mim, franziu o cenho, cerrou os olhos e abriu os olhos algumas vezes.
- O que vocês estavam fazendo? E porque a Cath tem um hematoma enorme na testa?- Falou com...Raiva?
- Ela escorregou da escada, só isso -disse intediado.
- Porque não me chamou? -Green cruzou os braços e travou o maxilar.
- Para de ser chato! Agora eu já vou, volto em breve. - olhou pra mim de um jeito que fez um sorriso timido e mínimo aparecer. - Muito em breve.- colocou as mãos nos bolsos da sua calça e caminhou para fora do quarto.
- Está maravilhosa assim. - Só agora percebi o quanto a voz do homem de olhos verdes estava embriagada. Minha garganta secou, minha respiração falhou, e voltei a tremer - Sabe, eu gosto de ver as pessoas assim...- sua voz saía calma enquanto caminhava em volta da cama, sentando da beirada da mesma, no lado oposto ao meu. Até parece que estava tendo uma conversa comum. Minha expressão com certeza era de dúvida, além de medo, é claro.- Vulneráveis. Vulneráveis a mim. - Sorriu.
Por um um instante tudo desestabiliza, um barulho estridente me fez fechar os olhos com força. Minha boca começou a salivar em excesso, engoli a saliva grossa que existia em minha boca e a audição começou a se normalizar.
- Catherine! - Era a voz de bêbado dele, parecia preocupado. Balancei a cabeça apertando os olhos, levantei os olhos e vi o olhar lascivo de Green. Não, ele não estava preocupado comigo, ele é doente, ele estava observado os meus seios que ficaram amostra quando soltei o lençol pela tontura.
- Eu.. E-Eu tenho nojo de você - Minha voz saiu como um sussurro, quase inaudível.
- Fala de novo.- colocou o cotovelo na cama e o queixo em sua mão, com um sorriso enorme no rosto.
Oh sim, ele estava se divertindo as minhas custas. O olhei com ódio, como eu queria o espancar até ele morrrer. Deus, por favor me tira daqui! Eu implorava mentalmente.
- Vamos Cath repita! Repita! - disse mais alto. Permaneci em silêncio, me arrependendo profundamente por ter dito a fatídica frase. Parecendo um animal capturando a presa, ele avançou encima de mim. Segurou meus ombros montado em mim. - Repita! - Gritou me chacoalhando. Neguei com a cabeça. - Repete vadia! - por um motivo desconhecido ele começou a rir. Sem mais nem menos. Só riu. Estava imóvel, não consegui mover nenhum membro do meu corpo, só olhar para o homem encima de mim com medo, muito medo. Ele parou de rir com pequenos suspiros, mordeu o lábio e sem mais nem menos avançou em meus seios. Tentei impurra-lo de todas as maneiras, bati, esmurrei, empurrei, me debati, tentei chutar suas costas, mas aparentemente nada o parava.
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Síndrome de Estocolmo
Любовные романыTalvez eu devesse ter continuado calada. Talvez seus olhos não tivessem me deixado tão fascinada. Talvez eu devesse ter ido para casa naquele fatídico dia. Talvez devesse acontecer muita coisa. Talvez não. ...