"Voltamos agora com 'Desaparecidos'"
A voz de um homem anunciou.
Estávamos todos sentados de frente para a grande TV da sala de estar. Green estava ao meu lado, com um sorriso presunçoso no rosto. Ninguém entendeu direito, até agora. O caso do meu sumiço foi parar num programa de TV.- Mãe.- sussurrei, já sentindo as lágrimas escorrendo por seu rosto.
Ela estava abatida, falava com dois policiais. Logo ela e meu pai apareceram na sala de casa, falando de como eu era em casa, na escola.
- Ah, meu Deus, Blonde!- solucei, quando vi linha amiga abatida e quando começou a chorar dizendo que sentia minha falta.
Ao longo do documentário eles também falaram de outro caso e outra família desolada. Teddy também apareceu. Eles descreveram minha semana, o meu comportamento 'estranho'- como chegar em casa assustada e estar sempre olhando as placas de carros -, falaram da minha rotina no dia. Teddy falou que eu havia percebido alguém me seguindo. Descreveram meu dia e minha última ligação. Disseram que meu celular foi achado ao lado de uma pequena quantidade do meu sangue. Chorei tanto vendo seus rostos tristes, suas expressões mais desacreditadas ao longo dos meses de busca. Os investigadores criando teorias, mas nenhuma chegava perto da verdade. Meu pai não falou que devia para alguém poderoso como Green. Foi quando o repórter responsável pelo meu caso disse que as buscas acabaram em setembro.
- " Após quase um ano de buscas pela jovem, os policiais fecharam o caso."- Meu coração parou de bater por um instante, mas quando voltou a bater foi em um ritmo frenético. - "o corpo da jovem Catherine O'connor apareceu carbonizado na cidade vizinha. Demorou cerca de um mês para fazerem exames, e enfim descobrir que se trava de Catherine. A família e amigos ficaram desolados".
Ficou difícil respirar, eu tremia tanto. Escorreguei do sofá para o chão, me aproximando cada vez mais da tv, sentindo meu rosto cada vez mais molhado. Então após mostrar fotos minhas - Fotos do anuário, uma com Teddy e Zoe no parque e uma com meus pais - a repórter voltou a falar.
- "Os policiais fizeram exames em outras famílias até chagaremos nos O'connor."- e então uma música triste, tocada por um piano, começou a tocar.
Mostraram o vídeo do meu aniversário surpresa, quando eu abri a porta e todos gritaram, depois para quando eu dei um pedaço de bolo para meu pai.
O investigador supõe que eu tenha sido estuprada, mas não podia dar muitas informações, pois a familia não permitiu.
- "Ela era mais que uma amiga...- Blonde apareceu soluçando, me fazendo chorar mais. Então surgiu uma foto minha beijando a bochecha de Blonde, que sorria lindamente.
- " Era uma garota mais que especial, vai estar sempre em nossas memórias. " - Teddy dizia com os olhos cheios de lágrimas. Uma foto minha o beijando apareceu e a música aumentou um pouco. Depois mais um trecho do vídeo do meu aniversário. Eu comia o bolo e então Teddy enfiou a cara na frente da camera.- "Já estávamos juntos a quase dois anos."- Apareceu um vídeo postado em uma rede social, ele me chamava enquanto eu lia uma revista e quando eu olhei ele me roubou um beijo.
- " Ela era a nossa única filha"- minha mãe era consolada por meu pai, que também chorava.
- "Uma filha exemplar..."- Meu pai fungou e limpou a lágrima que escorreu.- "E tinha um futuro brilhante, mas foi morta de maneira tão brutal!"
- "A cabeça de Catherine não foi encontrada, apesar de o exame de DNA confirmar sua identidade. A autópsia confirmou que Catherine foi torturada antes de sua morte, com vários ossos quebrados e sem as pontas dos dedos.- mostraram vídeos do enterro, filmados de longe. E algumas fotos minhas me divertindo em algumas ocasiões. - " Catherine fez 16 anos dois meses antes de ser sequestrada. Em outubro."- Então mostrou uma foto minha soprando as velas do bolo de aniversario.
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Síndrome de Estocolmo
Любовные романыTalvez eu devesse ter continuado calada. Talvez seus olhos não tivessem me deixado tão fascinada. Talvez eu devesse ter ido para casa naquele fatídico dia. Talvez devesse acontecer muita coisa. Talvez não. ...