Annelise.
Pequena e graciosa. Era o significado. Era ela, tão pequenina e tão graciosa, com movimentos leves e fofos. Minha menina. Meu amor. Minha vida.
Não sei porque escolhi esse nome, mas ele saiu dos meus lábios antes que eu percebesse. Era um lindo nome. Gracioso e delicado. Ela era, pelo menos para mim, uma nova vida. Eu podia ser o que eu quisesse aos olhos dela. Eu podia ser sua mãe, protetora, forte, confiante e que transmite-lhe amor e paz. Eu podia ser seu porto seguro. Eu seria sua segurança e a protejeria com a minha vida se possível. Tudo começou a fazer sentido partir daquele minuto. Ela era minha.
Havia esquecido o mundo a minha volta, mas então ouvi a voz de Herick.
- Annelise.- sussurrou olhando-me e sorrindo levemente. - É um lindo nome boneca.
E eu sorri vendo seus olhos brilharem quando ele a viu na tela, como se ele visse nela um recomeço também. Ela era nossa. Poderíamos ser outros, melhores, mais fortes juntos e amando a pequena criança que veio de nós. Esqueceriamos as merdas que fizemos ou que a vida fez conosco, esqueceriamos as lágrimas e poderíamos tentar ser feliz, por Annelise... Anne... Agora percebi como esse nome se parecia com o da mulher que se dizia mãe de Herick, mas eu nem percebi e ele parece não ter percebido também, porque o sorriso em seu rosto ao falar o nome de nossa filha deixava claro que ele gostou do nome.
Ele estava aqui, petulante, com seu perfume fedido, os cabelos cortados baixos, tatuagem nova, camisa branca, os nojentos olhos em mim e uma vadia a tiracolo. Zedd. Marie. Nojo.
Negócios, são negócios e infelizmente Zedd estava nos negócios. Marie, bem, Marie vinha no pacote. A vadia que sempre passou de mão em mão no grupo e agora que todos se cansaram de sua boceta, ela esta no pé do único que não tem uma foda fixa. Vadia de merda! Marie Kasnoff, nome feio, caráter feio, e um possível futuro feio. Então, vamos começar com ela, já que ela foi a primeira a me irritar aquela noite.
- Achei que fosse inteligente o suficiente para estar na sala de reuniões com o Herick - divagou a vagabunda.
Marie era sagaz, ardilosa demais. Observava a bomba explodir aos poucos. Não demorou muito para descobrir o que me irritava, ela descobriu e usava sempre contra mim. E neste caso, bastava ela falar.
- Achei que fosse inteligênte o suficiente para se manter longe de mim. Principalmente comigo tão perto de uma faca, vadia.- resmunguei afastando minha pequena pança da bancada e pegando a faca que cortei a maçã.
- Nossa keykey, como está agressiva. Já notou o que Herick vai fazer?- sua voz irónica fez a maçã que havia comido subir por minha garganta.
- Primeiro devolva a liberdade que você acha que eu te dei, segundo, Herick não vai fazer nada connosco! - respondi melhorando minha postura. - E Porra, terceiro, sai de perto de mim mulher, se não quiser morrer!
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Síndrome de Estocolmo
Любовные романыTalvez eu devesse ter continuado calada. Talvez seus olhos não tivessem me deixado tão fascinada. Talvez eu devesse ter ido para casa naquele fatídico dia. Talvez devesse acontecer muita coisa. Talvez não. ...