📌Epílogo

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Em agradecimento a todos por me acompanharem e por serem meu maior presente. Hoje eu deixo esse epílogo para vocês. Hippy Birthday to me!

- Alissa! Desce dai!

Sempre pensei em família constituída por três pessoas, dois pais, duas mães ou um pai e uma mãe. Minha pequena Alissa corria pela casa, subia nas árvores do quintal e abraçava muito. Meu coração derretia quando ela dizia aquele doce: "Te amo mamãe" sempre que não tinha nada para falarmos. Eu me encontrei quando eu vi ela pela primeira vez na incubadora, chorando em plenos pulmões. Eu soube minha vocação, meu destino. Meu destino era ser mãe da Alissa.

Assim que sai da Holanda fiquei escondida na Irlanda por um tempo. Era meu ponto de partida. Eu ia todos os dias em frente a casa que um dia foi minha, via minha mãe mais velha e com algumas rugas, meu pai saindo para trabalhar e... Meu irmão mais novo brincando no quintal. Ele tinha 4 anos. Descobri que seu nome era Charles, minha mãe teve uma gravidez de risco, mas não quis abortar porque ele era sua oportunidade de ser mãe de novo. Ela dizia que seus olhos eram parecidos com os meus. Blonde foi para New York trabalhar com moda, então não a vi em minha estadia na Irlanda. Teddy agora era dono de uma das maiores transportadoras da Irlanda, ele estava feliz e havia acabado de noivar. Sua mulher estava grávida e o nome de sua filha seria Catherine em homenagem a mim.

Fiquei até o meio de outubro, meu último dia foi quando vi minha mãe em frente a um túmulo com meu nome escrito, uma frase bonita e a data da morte próxima ao natal um ano depois de meu desaparecimento, com o corpo de um estranha no lugar do meu.

Seu choro de agonia me persegue até hoje, mesmo tendo se passado dez anos desde o dia em que a vi chorar. No mesmo dia em que meu pai bebeu duas garrafas de whisky e chorou no chão do meu quarto, que permaneceu lacrado desde que eu sumi. Os vizinhos iam conforta-los neste dia e a vovó já havia ido.

Me mudei para Calabassas, na Califórnia, no dia seguinte. Ainda como Catherine O'connor Still eu fui ao banco abrir uma conta para transferir o dinheiro que guardei na Irlanda, mas para minha surpresa já havia um conta, uma conta com 10 biliões de dólares americanos. Usei o dinheiro que eu tinha e fiz uma conta em outro banco, transferi meu dinheiro da Holanda para este novo banco e comprei uma boa casa em Calabassas, depois de uma semana eu encontrei um bilhete em meio a minhas lingeries.

"Eu te amo para todo o sempre, te deixarei em paz e quando estiver curado eu voltarei. Vou te deixar um bom dinheiro como ponto de partida.

Com amor, Herick"

Ele havia feito a conta para mim e no verso do bilhete ele deixou os dados necessários para acessar a conta.

Fuller não veio atrás de mim, então achei que era hora de recomessar minha vida. Retomei minha vida académica, mas como essa Catherine O'connor Still já havia terminado a highschool, eu estudei em casa por um ano e no ano seguinte comecei a cursar enfermagem. Gastei todo o dinheiro que havia juntado em dois anos pagando meus estudos, mantendo a casa, pagando a casa, luz, gás, alguém para me ajudar a limpar a enorme casa que eu comprei, o seguros da casa e do carro e os impostos anuais. Tive que usar o dinheiro que Herick tinha me dado e com ele eu me mantive até o terceiro ano do meu curso, até eu começar a estagiar em uma maternidade. Foi ai que eu conheci Alissa. A mãe dela deu entrada no dia em que completei meu primeiro mês na maternidade. Penelope estava com câncer no pulmão, mas quis seguir com a gravidez, porque ela dizia que sua filha era uma parte dela que viveria na terra. Penelope não tinha ninguém, cresceu em um orfanato e o marido havia morrido dois meses depois de descobrir a gravidez de Penelope. Ele era viciado em heroína e teve uma overdose. Pe ficou uma semana internada, neste período fiz amizade com a simpática moça de olhos esmeralda, que gostava de caminhar pelos corredores de manhã e que sorria quando estava com dor.
Um dia antes de dar a luz ela estava olhando o por do sol quando virou-se para mim com os olhos marejados e disse:

Síndrome de EstocolmoOnde histórias criam vida. Descubra agora