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[Galeris, essa música se chama Ultralight beam do Kanye West, mas não tem o áudio oficial no YouTube, só nas plataformas de músicas como: Spotify ou Deezer. Então deem uma olhadinha se der. Coloquei essa música aqui pra vocês terem uma noção de como é. Então quando for pra dar play vai estar um pequeno o aviso, tipo: *Play*]

Eu confesso que tinha medo do que poderia encontrar atrás daquela porta. Não queria acreditar que Herick me traiu. Mas ainda assim eu não fiz suspense, tudo que eu queria era descobrir a verdade e acabar com tudo isso. Abri a porta de uma vez e a cena que vi fez a palavra ódio ganhar um novo significado.

Marie estava sentada em uma cama de solteiro, com o tornozelo direito acorrentado ao pé da cama, comia macarrão e... Assistia TV. Eu senti meu coração falhar a batida quando vi a Cath de três anos atrás ali, sentada, destruída, pálida e sorrindo ao ouvir a porta. Mas seu sorriso murchou ao me ver ali. O ciúmes me cegou e eu me vi planejando formas diferentes de matar aquela mulher. De matar Herick.

Lentamente me virei, abaixei até o segurança desacordado. Peguei o molho de chaves em seu cinto e tranquei a porta por fora. Sem expressão caminhei como um soldado pelos corredores até achar a porta dupla branca. Meu antigo quarto. Procurei a chave desesperada quando luz ligou. Eles religram a chave. Abri a porta e contemplei a sala de tortura que Green havia criado no lugar de meu quarto. Peguei a mala preta que estava ao lado da porta e coloquei tudo que vi pela frente. Facas, alicates de diferentes formas, um quebrador de nozes, um cane preto, chicotes, açoites, um massarico portátil, cordas, um martelinho de carne de aço, e parei diante a grande tela branca com vários tipos de revólveres e pistolas. Herick já havia me trazido aqui para mostrar que o tempo de sofrimento havia acabado e por isso transformou o quarto em um armazém de suas armas. Embaixo da tela havia uma cómoda com seis gavetas onde ficavam diferentes coisas como silenciadores, chaves das Safety Lockers de suas Glock, munição e etc. Me aproximei da tela e peguei o revolver 38 que sintilava. Verifiquei o tambor e estava vazio. Abri uma das gavetas, lembrando de quando Herick me mostrou como carregar e atirar com essa linda arma, e peguei as balas. Carreguei-a e girei o tambor. Mirei o revolver no nada e sorri sentido a adrenalina de segura-lo. Peguei a Glock25 e conferi seu cartucho, cheio. Coloquei a Glock travada na mala e me virei segurando o 38, sabia que iria precisar agora que as luzes estavam acesas. Estava quase saindo quando vi ao lado do painel de armas, um machado. Um enorme machado, que parecia ser de prata, tinha um cabo preto de 1,50cm de altura e a cabeça dupla de mais ou menos 30cm de largura. Sorri com a ideia de fechar com chave de ouro minha vingança.

Marchei pelos corredores com a mala no ombro esquerdo, o machado na mão direita, arrastando e deixando uma trilha no chão de madeira, e uma 38 prata, carregada na mão direita.

Quando virei o corredor vi três dos guardas envolta do corpo desacordado do outro.

- Temos um invasor, procurem pela senhorita O'connor, ele derrubou um de nós.

Eu ouvi de longe um deles avisar os outros pelo rádio.

- Repito, a senhorita O'co...

O mais velho me avistou e eu apenas destravei o revolver. Levantei o braço e mirei nele, no meio da testa dele. Ninguém me pararia.

- Senhorita O'connor, o que esta fazendo com ess...

- Cala a boca e sai da frente!- grungi para o pobre homem assustado. - Saiam de perto do corpo e da porta!- ninguém se moveu.- Agora!

Eu estava revoltada, mas também não era um monstro, tentei mirar sua perna e apertei o gatilho. Senti o tranco que a arma deu e somado ao peso da mala que eu carregava cambaleei para trás, porém logo recuperei a postura.

Síndrome de EstocolmoOnde histórias criam vida. Descubra agora