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     Sempre ouvi dizer que o futuro era uma coisa mutável, uma hora a linha do tempo corre de um modo e depois de outro. Temos livre arbítrio e decidimos onde queremos ir, mas não temos controle sobre o quanto isso ira afetar a vida do outro.

      Olhem para mim, uma hora eu pensava que iria ficar para o resto da vida com Herick e agora, tudo que eu mais queria era fugir dele, mas ao mesmo tempo queria conforta-lo, abraçar aquela criança triste e dizer que tudo ira ficar bem. Olhe só, parece até que voltei no tempo e estava três anos atrás.
    Eu queria que fosse fácil desligar essa função de amar, mas não posso. Eu me esforçava dia e noite, já faziam três meses que eu convivia com meus demonios, lutava para não ficar louca porque matei uma mulher ou porque estava apaixonada por quem parecia não me amar. Nossas olheiras ficavam cada vez mais fundas e eu me esforçava para acredita que aquilo era só encenação. Até o primeiro mês passar, e o segundo, e o terceiro. Ele continuou cabisbaixo. Continuou lutando por minha atenção, lutando por meu carinho. E meu coração de aço estava cada vez mais mole com o fogo da paixão que ele demonstrava por mim. E eu faltei chorar, quando rouco por gritar por perdão ele sussurrou: "Se eu pudesse voltar no tempo eu a mataria, mataria pra ter você... Nos meus braços e feliz de novo."

     São essas coisas que marcam, são essas coisas que te fazem pensar em um futuro diferente. "O bater da asa de uma borboleta pode gerar um furacao do outro lado do mundo".

     Um simples gesto pode gerar uma reação em cadeia na linha do tempo e mudar por completo o futuro de alguém.

    

       Caminhava para o quarto em meio a escuridão das duas horas da manhã

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       Caminhava para o quarto em meio a escuridão das duas horas da manhã. Eu havia acordado com cede no meio da noite e fui a cozinha beber água. No meio do caminho senti um puxão em meu braço direito e fui parar em um dos corredores escuros da casa de Herick. Uma mão tampou minha boca quando eu tentei gritar, foi ai que comecei a entrar em desespero.

     - Calma!- sussurrou entre os dentes tentando me conter, pois eu estava me debatendo e tentando fugir da figura misteriosa.- Calma Catherine, sou eu! É o Zedd, calma!

     Então eu parei de me debater,  ainda sem ar e com muita cautela, afinal, Zedd não era confiável.

     - Que garrinhas afiadas em!

     - O que você quer? - questionei sem paciência para seu flerte nojento.

     - Consegui bolar um plano.- Seu tom de voz sombrio me assustou, Zedd tinha feito algo de errado ou iria fazer.

     - Que plano?

     - Que plano? Plano de fuga Catherine, da sua fuga!- respondeu exasperado e meio irritado, pois eu demonstrei insegurança.

Síndrome de EstocolmoOnde histórias criam vida. Descubra agora