Acordo com os primeiros raios de sol que iluminaram a floresta fazendo com que a acordasse por inteiro. Passamos a noite toda aqui e foi a melhor noite que eu já tive. Não por causa dos presentes e nem por causa do restaurante super hiper mega chique que fomos, mas sim pela surpresa de Vitor. Rosas são minhas floresta preferidas, independente da cor. Abro os olhos lentamente e vejo Vitor ainda dormindo, ele parecia um anjo de tão fofo. Um sorriso abre em meus lábios e me ajeito em seu peito, dormimos abraçados. Beijo seu peito e o mesmo sorriu, abriu os olhos lentamente e me dá um selinho.- Bom dia, Cinderela. - disse ele me abraçado.
- Bom dia, Encantado.- sorriu. - dormiu bem?
- Melhor impossível. E você? - disse ele acariciando meus cabelos.
- Há meses não dormia tão bem assim. - digo um pouco baixo.
- É bom saber disso. - ele beija minha testa. - Temos aula daqui a pouco.
- Infelizmente. - suspiro
- Nao está gostando de medicina?- disse ele.
- Estou amando, mas não queria ir hoje, queria ficar assim contigo. Só nós dois. - digo e me sento ao seu lado, ele se senta e sorriu.
- A noite ficamos juntos, okay? - disse enquanto me levantava.
- okay. - bocejo.
- Ainda com sono? - disse ele rindo do meu cabelo que estava com vida própria.
- Um pouco. - sorrio enquanto o olho arrumando algumas coisas.
Me viro e vejo um coelho, mas ele era um pouco fofo demais para ser da floresta, ele me olha como se estivesse me chamando e vira as costas. Olho para Vitor e ele estava distraído, sigo o coelho que vai para floresta adrento passando entre grandes árvores e folhas secas no chão. Olho em volto e vejo que estou cada vez mais dentro da floresta, porém eu queria ver até onde isso ia dar.
Sigo ele e cada vez mais a floresta fica sombria, como se ela se fechasse e se mostra que estar ali não seria para qualquer um. Volto a procurar o coelho e não o vejo mais, olho para cima porém não consego ver o céu, as árvores fechavam a imagem de cima. Dou poucos passos para ver se consigo voltar, porém não consigo achar Vitor.- Olá? Tem alguém aí? - figo olhando ao redor. - Olá?
Escuto um graveto sendo quebrado não muito longe dali, me volto para a direção do barulho do graveto quebrado.
- Quem está aí? - digo indo em direção. Sinto alguém passar atrás de mim, não muito longe também não muito perto, mas na distância perfeita para senti-lo passar. - Por favor, quem está aí? - viro para trás e não vejo ninguém.
Vejo uma cabana abandonada, caindo aos pedaços, as janelas tampadas com tábuas e a única porta caindo aos pedaços. Sinto um cheiro forte, deve estar vindo de lá, me aproximo um pouco da cabana, porém com um pouco de receio.
- Tem alguém aí? - digo um pouco alto.
Não ouço nada, me aproximo mais ainda e vejo alguns pingos de sangue espelhados pela varanda, tenho vontade de sair de lá mas minha curiosidade fala mais alto que meu medo. Entro na cabana e vejo algumas cadeiras jogadas pelo chão junto com objetos de coxinha, sinto um cheiro mais forte de sangue misturado com um cheiro estranho, parece ser carniça, algo morto.
A visto um quarto e entro na mesmo e me deparo com um corpo, todo ensanguentado e machucado.- Meu Deus. - coloco a mão da boca enquanto viro o rosto e vejo um espelho.
Vejo no espelho um reflexo de uma pessoa com roupas rasgadas e ensanguentadas. A pessoa, ou sei lá oque era aquilo, estava com uma faca na mão e olha fixamente para mim. Ele se aproxima e enquanto dou passos pequenos para trás até sentir a parede.
- Por favor... Não me machuca. - sussurro suplicando. Ele para na minha frente e me olha.
- Gostou de ver ele assim? - disse o ser com a faca na mão se referindo ao corpo na cama.
- Quem é ele? - digo.
- Seu Vitor. - disse ele olhando para mim e sorrindo.
- Vitor...- vou até o corpo e vejo o rosto de Vitor. Lágrimas escorrem dos meus olhos e porém lágrimas de sangue. - Por que você o matou? - literalmente grito.
- Não o matei...Foi você. - disse ele se encostando na parede. - Você também matou Lucas e Harry.
- Eu? Eu não os matei. - digo enquanto acaricio os cabelos de Vitor e pego em sua mão pálida e gélida.
- Claro que matou! O seu amor tirou a vida deles...- ele sorriu . - Ele não está morto, ainda. Você pode salvá-lo.
- Posso? - Me levanto. - Como?
- Se mate. - ele me olha como se oque acabará de dizer fosse algo normal. - Ninguém sentiria sua falta, e Vitor iria viver.
- Não... Nunca iria fazer isso. - digo alterando minha voz.
- Quer que todos que você ame morram? - faço que não com a cabeça. Ele se aproxima e estende a mão com a faca- Pensa, Jade iria ser salva, Vitor não iria morrer, seus pais não seriam mortos em um...suposto assalto. Sophi, você já matou Harry e Lucas, por que matar mais um?
Pego a faca, suas palavras ecoavam na minha mente me dando uma força para pegar a faca e enfia-la em meu peito. Solto um grito alto quando sinto a lâmina entrando pelas minhas costas, ele me matou...caio de joelhos no chão enquanto meus olhos se fechavam.
- Eu disse, ninguém sentirá sua falta. - disse ele limpando a lâmina atrás de mim.
Sonho off...
- Sophi, calma. Foi só um sonho...- Sou acordada pela voz de Vitor.
Sinto minhas lágrimas molharem meu rosto e abraço Vitor fortemente.
- Calma, eu tô aqui. - sua voz me acalma enquanto acaricia meus cabelos. - Ainda é noite, calma.
- Não...não quero que você morra. - sussurro afundando meu rosto em seu pescoço.
- O que? Sophi não vou morrer. Não agora. - disse ele.
- Eles morreram por minha causa, por minha causa. - levanto e saio correndo em direção do lago.
- SOPHIA. - escuto a voz dele correndo atrás de mim.
O vento bate em meu rosto e não vejo a beira do lago e acabo caindo no lago e afundando.
- SOPHIA - sinto a água se movimentar, ele deve ter pulado atrás de mim, mas não o vejo porque acabo desmaiando.
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Linda, Louca e Mimada 2
Teen Fiction"[...] - Não se engane Wellington, não sou tudo isso que você disse. Na verdade não sou nem metade. - ergo meu rosto e encaro ele. - Estou enganado? Então me diga, quem é você de verdade? Já que não sei quem é a garota pela qual me encantei. - ele...