Dez

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Dois meses se passaram...

Já estamos quase nas férias de junho. Está passando meio rápido né, mas fazer o que?

Amanhã estamos indo para casa dos meus pais, Vitor e eu estamos tão perto que quase pode ser considerado como um namoro, mas ainda não oficial. Nesta hora estou na faculdade fazendo minha última prova do semestre de 2016, estou tão animada estudei a noite toda e aposto que consigo uma boa nota para conseguir um estágio em um hospital aqui mesmo na cidade.

Entrego a prova e saio da sala com minha bolsa. Mando uma mensagem para Loana avisando que amanhã iria amanhã para vê-la e reunir toda turma. Vou até a sala de Vitor mas não o vejo, procuro ele no refeitório e lá ele não estava, ando pela faculdade toda e não o acho.

- Na onde esse cara se meteu? - bufo e lembro de uma esconderijo que ele havia me falado um dia.

Vou até um prédio abandonado que ficava atrás da faculdade e entro lentamente. Chamo por ele mas não tenho respostas, porém ouço alguns barulhos abafados. Sigo os barulhos e vejo, talvez, uma coisa inacreditável. Vitor estava se agarrando com...Paola.

Fico parada vendo os dois até que eles me vêem e tentarem se recompor. Sinto uma lágrima escorrer dos meus olhos e meu coração bater rápido porém, querendo sair pela boca. Sinto minhas pernas bambearem e quererem sair correndo para me levar para casa, porém elas também não se mexiam .

- Sophi, eu posso explicar. - nenhuma palavra saía de meus lábios - Não é o que está pensando. - diz ele se aproximando.

- Não se aproxime. - foi a única coisa que consegui dizer. - Não tente vir atrás de mim e nem ouse me tocar. Volte a comer ela, mas lembre-se que amanhã você será apenas mais um para ela.

- Sophia...-disse ele mas o interrompo.

- Não me chame de Sophia. - digo me virando de costas para eles. Vitor segura minha mão porém assim que viro para ele dou-lhe um tapa forte na cara e o mesmo me solta. - Disse para não me tocar.

Saio correndo de lá e vou correndo para casa, no caminho enquanto o vento batia em meu rosto, sentia algumas lágrimas escorrendo. Chego na casa dele e vou direto para meu quarto, não iria ficar mais um dia naquela casa. Arrumo minhas malas e compro uma passagem de ida para minha cidade natal. Tomo um banho rapidamente e saio do banheiro enrolada na toalha e vejo Vitor sentado na minha cama, tiro a toalha ficando apenas de roupas intimas enquanto procuro alguma roupa.

- Deixa eu explicar. - disse ele

Pego meu celular e mando mensagem para Matheus me buscar no aeroporto daqui a três horas.

- Vai me ignorar?- disse ele novamente
Jogo o celular em cima da cama e visto um vestido florido. - Sophia Garcia. - olho ele. - A culpa não foi minha, ela me arrastou até lá. E você sabe que eu não resisto. - cruzo os braços.

- Terminou a desculpa barata? - olho ele- Então acabou seu tempo. Foi bom te conhecer, adeus.

Digo pegando as malas e descendo as escadas indo até a porta.

- Por favor, fica...- disse ele vindo logo atrás.- Eu te amo.

- Me ama? - paro no meio da sala e viro para ele. - Me ama? Me ama mas agarra uma galinha que fica com meio mundo, quis ser mais uma opção dela, então perdeu de ser minha prioridade.

- Sophia.. - diz ele vindo atrás de mim enquanto saio de casa e bato a porta na cara dele.

Ja estou em casa, deitada no meu quarto abraçada a um travesseiro ainda revendo a cena do Vitor e da Paola. Não contei a ninguém sobre o que aconteceu, apenas para Matheus, que ficou super furioso e quis ir atras dele, mas não deixei.
Pego uma foto de Harry e sorrio ao vê-lo sorrindo

- Ainda sinto sua falta, grandão. - digo

- E eu a sua baixinha. - escuto a voz dele atrás de mim. Me viro e o vejo, abraço ele e sinto seu cheiro. - Não fica assim, ele não merece uma lágrima sua.

- Você vê tudo o que acontece comigo? - olho ele.

- Sim, até seus sonhos.

- Então você sabe da...

- Cabana no meio da floresta e da voz na casa do Vitor? Sim... Sei. Também sei o que significa.

- Então me explica...por favor. - o olho nos olhos.

- A cabana no meio da floresta significa o galpão onde você foi sequestrada, várias pessoas já morreram lá e você seria mais uma dessas pessoas. E a voz na casa do Vitor significa que o mal estava por vir. - suspiro.

- Foi você que mandou os sonhos? - sento na cama. - Você ainda continua cuidando de mim?

- Sim. Disse que sempre cuidaria de você. - sorrio e abraço ele

Ele acaba me deitando e me fazendo cafuné, o que me fez dormir.

Linda, Louca e Mimada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora