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Por que será que ele foi mandado justo pra esse hospital? O que será que aconteceu com ele naquela cabana? Meu Deus, justo aquela cabana?

- Sophia? - meus pensamentos são interrompidos pela voz de Luan. Estava sentada na lanchonete do hospital olhando para o nada. - Tudo bem? Está um pouco estranha desde quando aquele paciente chegou.

Luan era um dos melhores enfermeiros que tenho na minha equipe. Todos os médicos tem sua própria equipe para que assim trabalhem melhor. Minha equipe é composta apenas por cinco pessoas, Luan, Anny (que está de licença maternidade), Júlia, Suzana e eu, linda e maravilhosa.

- Ah Luan - suspiro - aquele paciente que chegou agora a pouco.

- Aquele que foi achado na cabana? - disse ele se sentando na cadeira ao meu lado.

- Sim, eu conheço ele. - olho Luan enquanto bebo meu suco de laranja.

- Olha acho que dá tempo de conversar. - disse ele se aproximando e se ajeitando na cadeira.

Luan é meu melhor amigo nesse lugar, nos conhecemos ainda na faculdade, no segundo ano da faculdade e desde então Luan frequenta minha casa, tem uma amizade boa com Weri e to pensando em chamar ele para ser meu padrinho de casamento.

- Morei junto com ele no primeiro ano da faculdade, nossos pais se conhecem e por isso tive que morar com ele. - me aproximo mais dele e suspiro. - Começamos a ter um rolinho...

- Tipo do Weri?- disse ele .

- Não. Apenas um rolinho. - sorrio - No dia do meu aniversário de 18 anos eles a gente dormiu juntos na floresta e na mesma noite eu tive um sonho horrível. - fecho os olhos - E nesse sonho eu via uma cabana e quando entrei dentro dessa cabana, eu encontrei ele caído na cama todo ensanguento. Dias depois, teve outro sonho.

- Nossa... mas essa cabana existia mesmo na floresta? - disse ele me olhando, abro os olhos e encaro ele.

- Sim, e dias antes ele havia escutado gritos vindo da cabana. - um arrepio percorre pelo meu corpo.

- Sophi, será que esses sonhos foi um aviso?

- Um aviso? Do que ?

- Sei lá, eu aviso pra ele sair daquela casa? - encosto a cabeça no ombro dele.

- Será? Nunca me senti bem naquela casa. Algo sempre me incomodava.

- E se ele quiser falar com você? - olho Luan - Você sabe que ele tentou ir até o Brasil aquele ano atras de você. - suspiro e me levanto.

- Vou falar normalmente e farei questão de mostrar a aliança de noivado. Agora vamos, prometi para uma paciente que iria voltar para conversar com ela. - disse enquanto encaro ele.

- Esqueci que você é confidente das pacientes. - ele se levanta enquanto ria.


- Licença moça. - digo batendo na porta do quarto da moça sem nome. Ela estava sentada na poltrona perto da janela. - Posso entrar?

- Pode, Sophi. - sorrio e me aproximo, percebo que ela estava meio triste e algumas lagrimas escorriam de seus olhos.

- Hey, tudo bem? - olho em seus olhos.

- Não, ele está aqui. - sua voz sai falha e um pouco baixa.

- Quem está aqui?

- A culpa foi minha. - ela me abraça fortemente e , mesmo assustada, correspondo.

- Moça, calma. Vamos conversar. - me solto dela e vou até o corredor e vejo Júlia. - Juh me traz um copo de água com açúcar.

Júlia trouxe o copo de água, a moça bebeu e logo depois ajudei ela a ir para a cama. Me sento na poltrona que estava ao lado da cama e a observo.

- Agora, quer conversar? - ela move sua cabeça negativamente. - Okay, vamos fazer um jogo... Pode ser?

- Pode... - ela sussurra.

- Farei algumas perguntas e você pode respondê-las com sim ou não... Okay?

- Okay...

- Então...você conhece aquele rapaz que chegou hoje cedo no hospital? - digo me ajeitando na poltrona.

- Sim, éramos namorados. - ela encara alguma coisa na parede vazia.

- Você tava na cabana junto com ele?

- N-não... - ela abaixa a cabeça - Sim...

- Só estavam vocês lá?

- Não, mais dois...amigos. - ela me olha.

- Quer falar o que aconteceu? - digo olhando-a, ela suspirou e confirmou com a cabeça.

- Estávamos na casa dele, quando começamos a ouvir alguns gritos vindo da cabana no meio da floresta. Ele quis ir lá mas eu não queria, então ele foi sozinho. - ela me olha no fundo dos olhos - Senti uma sensação estranha então fui atrás dele. Quando chegamos perto da cabana vimos dois homens brigando, um já estava sangrando enquanto o outro estava rindo e batendo no outro. Quis sair daquele lugar mas ele não queria e foi até o homens...

Ela deu uma pausa enquanto me levantava e sentada na cama junto a ela.

- Os dois homens pegaram nos dois e nos prenderam na cabana. Torturou a gente e depois de alguns dias me levaram e me jogaram morro a baixo, onde o fim do morro havia uma estrada movimentava...- sinto uma lágrima escorrer de seus olhos.

- Mas a culpa não foi sua... - digo secando sua lágrima.

- Foi sim...eu que chamei ele para ir na casa... - ela pega em minha mão e me olha no fundo dos olhos. - Sophia, não deixe ele morrer por favor...depois que você foi embora ele não parava de chamar seu nome durante a noite, e isso me irritava.

- Hum? -digo sem entender.

- Fui a culpada de separar vocês dois... Se não fosse por mim, vocês estavam juntos e tu que estaria no meu lugar, nesse quarto, mesa cama. Mas eu mereço estar aqui, porque te magoei...

- Espera... Você é a...

- Sim, sou a Paola. - disse ela completando minha frase... - E como você percebeu, ele é o Vitor.




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Santa coxinha... O passado da Sophia está voltando... Quem será esses dois homens? O que será que vai acontecer com Sophia daqui pra frente? E sua relação com Vitor ou com a Paola? São tantas emoções....
E mais uma vez eu sumi... Perdão gente, tava ocupada com algumas coisas da igreja e algumas coisas do curso, que não entrou de férias. E semana que vem minhas aulas voltam, e eu tava ocupada escrevendo uma nova história... Perdão mesmo, mas vocês sabem que eu sempre volto neh amores 💕

Linda, Louca e Mimada 2Onde histórias criam vida. Descubra agora