Paixões e Amores

2°capitulo

Chegamos até a sala, o Eduard está de jaleco branco e máscara.

-pra que a máscara? -pergunto a ele.

-não quero ter que cheirar, já é o bastante olhar. -ele disse fazendo cara de nojo.

-você vai se acostumar, vá por mim. -disse Carmem rindo da situação.

-Sally essa é a Trixie.
Kaike a encontrou nos fundos de uma cafeteria. -ela disse, me passando algumas informações. -seu rosto foi bem danificado, como pode ver. -ela disse me mostrando.
Rosto? Que rosto? A garota estava totalmente desfigurado, não dava pra saber o que era pele nem ossos.
Coitada dela.

-encontraram a arma do crime? -perguntei me afastando.

-o Kaike encontrou uma marreta cheia de sangue, ainda não sabemos se é a arma do crime, o Eduard já vai analisar o sangue.

-mas alguma informação importante? -perguntei.

-sim, ela trabalhava como garçonete em uma boate. -olhei para ela espantada, não acredito.

-em que boate? -perguntei.

Sai da sala de autópsia com o celular na mão, Carmem disse que a boate onde a garota trabalhava era a mesma do Bryan.

-oiii Sally! -falou Minzy.

-Minzy, já soube do que aconteceu. Estou passando aí em alguns minutos. -falei e desliguei o celular.

Depois que sai do hospital, e fiquei em recuperação em casa, Richard me fazia companhia nas horas em que não vinha para o departamento, o restante do tempo, era a Minzy que ficava em casa comigo.
Ela me contou que nesse período de tempo, estava conhecendo mais o Bryan, e que gostava muito dele, eles estavam saindo e ficando, mas nada sério.

Peguei minha zx-14 e fui até a boate.
Aaah, que saudade da minha Jany.
Mandei um torpedo para Richard dizendo onde estava.

Cheguei na boate em trinta minutos, Bob não estava na portaria, acho que como é dia a boate não abre.
Mandei um torpedo para Minzy dizendo que já tinha chegado.
Em poucos minutos Bryan veio abrir a porta pessoalmente para mim.

-que bom te ver querida Sally. -disse ele me abraçando.

-é bom te ver também! -falei devolvendo o abraço.

-eu só queria que a situação não fosse essa. -ele disse baixando o olhar.

-eu entendo, mas, tenho que fazer meu trabalho. -disse seguindo Bryan para dentro da boate.
Minzy estava sentada chorando e algumas das dançarinas estavam com ela, também chorando.
Assim que ela me viu saiu correndo chorando.

-Sally. -ela falou, ainda chorando. -eu estou com medo.

-não fique, eu to aqui. -disse a abraçando e alisando seus cabelos que agora estava totalmente azul.

-se for um maníaco a solta? -ela perguntou tremendo.

-eu o pegarei e o prenderei. -disse com convicção.

-agora se não for incômodo, eu gostaria de interrogar todos aqui. -disse soltando Minzy e indo até um banquinho.

A primeira a quem interroguei foi uma garota branca, de cabelos loiros que chamava-se Alice.
Ela disse que não era muito amiga da Trixie, mas que elas se falavam normalmente, perguntei a ela se saberia dizer se a vítima tinha algum relacionamento.
Ela disse que não, que a Trixie recebia cartas de um admirador secreto, e que ela reclamava de um tal de Collin Stokes, que a perseguia direto.
Anotei tudo em um bloco de papel.
A segunda que eu interroguei era uma morena baixinha de cabelos pretos que se chama Ebbe.
Ela disse que Trixie era uma garota alegre, e divertida, que nunca a tinha visto ficar triste nem desanimada.
E que não tinha nenhum inimigo, que encantava todos com seu jeito de ser.
Depois não conseguiu concluir porque ficou emocionada.
A terceira que interroguei foi uma garota ruiva chamada Aleh.
Disse que vários homens davam em cima da Trixie, mas ela sempre os rejeitavam e fazia seu trabalho atendendo as mesas, que era uma boa garota e blá blá blá.

Todas as cinco garotas que entrevistar disseram a mesa coisa, que ela era uma garota alegre, divertida, que não faria mal a nem uma mosca, e depois começaram a chorar.

Depois de interrogar todas as garotas, fui falar com Bryan e Minzy.

-isso está muito estranho. -falei.

-de fato sim, em menos de três meses e mais uma das minhas garotas foi assassinada. -falou Bryan com raiva.

-eu estou com muito medo. -falou Minzy.

-não tenha medo minha querida, não deixarei que nada te aconteça. -disse Bryan dando um beijo no topo de sua cabeça.
É, se eles não tinha algo sério até agora, não irá demorar muito para ter.

-eu vou investigar sobre esse tal de Collin Stoker, Bryan, você poderia me dar o endereço da Trixie, irei mandar um de meus homens ir na casa dela procurar algo útil que possa nos ajudar. -pedi.

-claro que sim. -ele disse indo atras do balcão e pegando um papel e caneta.

-e Minzy, não se preocupe, irei colocar polícias disfarçados para te proteger.
Mandarei que fiquem aqui na boate, e que te acompanhe até em casa, para te manter segura. -disse olhando firme para ela.

-muito obrigada Sally. -ela disse me abraçando.

-fico grato com a ajuda que você está oferecendo, mas eu também posso cuidar da Minzy. -disse Bryan me entregando o endereço da Trixie.

-quanto mais melhor. -disse.
Peguei o endereço é sai.
Me despedi de Minzy e Bryan e segui para minha moto.

De volta ao departamento!

-meu amor! -falou Richard do elevador.
É, agora nos tratamos carinhosamente.

-oi querido. -falei entrando no elevador onde ele estava.

-alguma novidade com seu caso? -perguntei.
Richard pegou um caso novo, e está investigando.

-encontramos um velho pedófilo, com vários vídeos de crianças sendo estrupada, já o prendemos, mas ainda temos que descobrir quem matou a pobre da Maia. -ele disse passando a mão nos cabelos frustado.

-vocês vão conseguir colocar esse maldito na prisão. -disse lhe dando um beijo.

-e você? Algum caso novo? -perguntou.
Como eu peguei o caso assim que cheguei, não tive a oportunidade de contar a ele.

-peguei sim, e envolve a boate do Bryan. -disse suspirando.

-que porra. -ele xingou.

-uma das garçonetes dele, foi brutalmente assassinada, e teve o rosto desfigurado, Carmem está analisando uma marreta que o Kaike achou na cena do crime.
E em falar em Kaike, vou conversar com ele. -disse saindo do elevador e indo até a mesa do Kaike. -te vejo em casa? -perguntei parando em frente ao elevador.

-claro que sim. -ele disse me dando um sorriso.