17° capitulo

84 2 1
                                    

Acordei com uma mão segurando a minha, abri meus olhos e visualizei o quarto onde eu estava.

As paredes eram de um beje claro, as cortinas eram brancas, não tinha sol.
Já era noite.

-onde eu estou? -perguntei com esforço.
Minha garganta estava seca.

-está no hospital! -Emanoel falou.
Tomei um susto, pois era ele quem estava segurando a minha mão.
Retirei imediatamente minha mão da dele.

-e-eu estou com sede. -disse limpando a garganta.

Emanoel levantou e foi até um filtro com água.
Pegou um copo de plástico, encheu com água e me deu.
Tomei a água em dois goles, estava com muita sede.

-obrigada. -disse
Notei que tinha um tubo no meu braço, acompanhei até onde ia o tubo, ia a um plástico com soro. -como eu vim parar aqui? -perguntei.

-você desmaiou no tribunal, pelo o que o médico disse, você teve um pequeno infarto devido a emoção, ou a raiva. -ele disse se sentando na cadeira onde ele estava antes.

-a quanto tempo eu estou aqui? -perguntei.

-a um dia, o médico te colocou em coma induzido para que você e o bebê se recuperassem.

-meu bebê... Ele sofre algum risco? -perguntei temendo o pior.

-não, ao que o médico disse, ele está bem.
Seus amigos estiveram aqui mais cedo, foram embora quando o médico disse que você não acordaria hoje, amanhã estarão aqui novamente. -ele disse

-e... O que aconteceu com o julgamento? -perguntei lembrando que desmaiei bem do meio.

-foi dispensado até você se sentir melhor para comparecer. -ele disse explicando.

-e o que você está fazendo aqui? -perguntei estranhando.

-alguém tinha que ficar com você, como eu não tenho nada melhor pra fazer, resolvi ficar e deixar seus amigos descansarem um pouco. -ele disse sorrindo.

Seiii, acho estranho que ele esteja tão disposto a passar a noite comigo.

-quanto tempo irei ficar aqui?

-não sei, o médico disse que pode variar, depende da sua recuperação. -ele disse abrindo um sorriso pequeno. -está com fome? -perguntou.

Fui pega de surpresa, sim eu estava com fome, mas tô afim de comer essa gororoba de hospital.
Ecah!

-estou! -disse. -mas não quero comer essa comida de hospital, eu não aguento mais. -disse rindo.
Ele começou a rir também.

Seu sorriso é bonito, os dentes são brancos e perfeitamente alinhados, seus olhos se iluminam quando ele sorrir, e mal da pra ver as covinhas por conta de sua barba rala.

-vou ver se consigo comprar alguma coisa pra você. -ele disse ainda rindo.

-uma coisa bem gordurosa, e deliciosa. -disse rindo, ele começou a gargalhar.

-pode deixar. -ele disse saindo do quarto.

Me vi sozinha no quarto.
Comecei a alisar minha barriga.
Não estava tão grande, mas tinha um volume.
Enquanto alisava, senti uma onda de harmonia tomar meu corpo, era muito bom acariciar meu pequeno bebê.

-você é tão pequeno, mas já é tão forte. -disse conversando com ele.
Não sou louca, só me bateu a vontade.
Sempre faço isso quando estou sozinha. -mas mamãe te promete uma coisa, não vou deixar que nada aconteça com você, seu papai não está aqui fisicamente, mas sei que ele estará cuidando de você meu pequeno.

Paixões e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora