epílogo

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Seis meses se passaram.

Seis meses sem saber absolutamente nada de Richard, parece que os assassinos deram trégua.
Tive que abandonar minha casa, e escolher outra bem maior.

A casa era enorme!
Tinha uma varanda incrível, a sala era enorme em tons de branco e cinza, com meus móveis ficou perfeito.
As cores vermelho e preto dos móveis constratando com as paredes branca e cinza.
A cozinha era com algumas portas de vidro, a deixando bem iluminada.
No jardim, tem a piscina que também é grande, quem gostou foi Minzy. (Risos)
A casa tinha cinco quartos.
Isso mesmo, cinco!
O maior era meu e de Emanoel (sim, estamos juntos, ele alugou o apartamento dele e mora aqui agora.)
Minzy e Bryan também moram aqui, eles ficaram com o quarto mais afastado. (Por que será né)
O quarto ao lado do meu, eu fiz o de Dereck.
E em falar nele, já estou quase na hora de ter.
Steven voltou pra França, mas vinha nos visitar sempre.
Ainda não descobrimos quem é que me quer morta, mas estamos investigando isso.
Estou de "férias" no departamento devido a gravidez.

......
Estava na cozinha, comendo um belo de um bolo de chocolate que Minzy fez.
Tenho que admitir, ela cozinha muito bem.
Emanoel estava no escritório.
Bryan estava organizado algumas coisas na boate, e Minzy estava aqui comigo na cozinha.

-Sally, quando você vai dizer sim para Emanoel? -ela perguntou curiosa.
Todos esses meses, Emanoel me pediu em noivado, não lhe dei nenhuma resposta.

-ainda é muito cedo. -disse dando uma garfada no bolo.

-é o que você sempre diz, tem um baita de um gato querendo se casar com você, e você não quer?

-Minzy, agora não é hora. -disse quando senti minhas pernas molhadas.

-não, agora é a hora sim!

-Minzy....

Levantei e olhei ao redor, o chão estava todo molhado.

-você está bem Sally?

-não, a bolsa estourou! -disse com desespero na voz.

-aí meu Deus, o que eu faço, o que eu faço? -perguntou desesperada.

-liga pro Emanoel e vamos agora pro hospital. -disse indo pegar minhas coisas no quarto.

-não, você senta aí, eu vou pegar e no caminho ligo para Emanoel.

-rápido! -gritei sentindo a primeira contração.

-aí meu deus aí meu deus ai meu deus.... -gritou Minzy no quarto.

Saímos com as coisas do bebê na mão e fomos para o carro dela.
No caminho Minzy ligou para Emanoel, para Bryan, e Carmem.

Chegamos ao hospital, Minzy correu para pegar uma cadeira de rodas pra mim.

Segundos depois ela volta com um enfermeiro trazendo uma cadeira de rodas, e sou levada até um quarto particular.

É, ser namorada de um advogado e trabalhar para o FBI tem suas vantagens.

Emanoel chegou em poucos minutos.
Estava gritando de dor quando ele entrou no quarto.

-você está bem? -ele perguntou passando a mão no cabelo.

-estou ÓTIMA, não está vendo? Só estou treinando as cordas vocais, pra um concurso de gritaria. -disse com ironia, e gritando mais uma vez.

-eu vou chamar o médico. -disse saindo do quarto.

Gritei mais ainda.
Porra, eu prefiro levar um tiro do que sentir essas dores.

-Dereck querido, mamãe ama você, mas pare de ser mal comigo,  eu te carreguei todo esse tempo e te alimentei, então faça algo por mim e pare de me fazer gritar. -disse fazendo várias caretas e gritando.

Emanoel e uma enfermeira entram no quarto.

-vejo que você já está ameaçando, e olhe que ele nem nasceu. -disse Emanoel rindo.

-cala a boca cretino, não é você que está sendo dilacerada por dentro. Eiiii o que você acha que tá fazendo? -perguntei quando vi a enfermeira olhar entre minhas pernas e enfiar o dedo lá.
Lhe dei um chute que sangrou seu nariz.

-Sallyna o que você fez?! -gritou Emanoel correndo até a enfermeira.

-ela estava enfiando o dedo onde não devia. -disse gritando.

-eu só estava vendo sua dilatação, e você já está pronta.
Tomara que o bebê não puxe a ela, ou você tá ferrado! -disse a enfermeira saindo do quarto.
Emanoel começou a rir.

-não ria seu desgraçado. -gritei mais uma vez, Emanoel riu mais uma vez e me deu um beijo.

Já na sala de parto, o médico me deu uma injeção e a dor aliviou um pouco.
Eu optei por cesariana, ainda bem.
Emanoel estava ao meu lado segurando minha mão.

Minutos depois escutei um choro, era o choro do meu Dereck.
Meu Dereck!
O médico limpou ele um pouco e o me deu.
Ele era tão pequeno.
Quando abriu os olhos, eu vi.
Eram azuis safira e seu cabelo era loiro.
Logo pude ver mais traços de Richard nele.
Seu nariz era perfeito, o rosto meio quadrado.
Vai ser um gato e tanto meu filho.
Comecei a chorar e Emanoel me abraçou e me beijou.

Meu filho! Meu.

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