19° capítulo

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Depois da seção de fotos, e de comermos muitos, ficamos na sala conversando sobre o julgamento.
Emanoel disse que, por conta do meu pequeno infarto, o médico me deu um atestado para que eu acompanhasse o julgamento em casa.

Não poderia ter nenhum estresse, nem emoções, por isso terei que ficar assistindo tudo de casa.

O que eu acho disso?
Uma bosta, vão falar mau da minha família sem que eu esteja lá para defende-los.

Mas uma coisa ficou na minha cabeça.
Que minha mãe tinha uma relação com o mostro, e que ela abortou.
Como assim?
Minha mãe era a melhor pessoa do mundo, ela nunca faria uma coisa dessa, nunca!

-perdida em pensamentos? -perguntou Steven entrando no meu quarto.

Eu estava deitada na cama, estava com uma camisola.

-é. -disse ainda com a cabeça cheia.

-que me contar alguma coisa? -perguntou Steven.

-é só esse julgamento, está tudo complicado, eu tenho medo que eles acreditem nela e não em mim. -disse puxando o edredom pra mim.
Como se ele pudesse me proteger.

-você vai conseguir Sally, eles vão ver a verdade e vão lhe dar a palavra. -ele disse sentando na cama.

-e-eu não sei, eu tenho medo Steven. -disse

Steven se deitou na cama e me abraçou.

-quero que saiba que, diante de tudo o que acontecer, eu estarei aqui para te proteger, sempre! -disse dando um beijo na minha cabeça.

-obrigada ste. -disse o chamando pelo apelido que dei a ele anos antes.

-faz muito tempo que você não me chama de ste. -ele disse rindo.

-você sumiu. -falei.

-estava trabalhando. -ele retrucou.

-matar pessoas é trabalho? -perguntei sorrindo.

-matar pessoas que fazem mau é trabalho sim, e ganho muito bem pra isso. Agora cale a boca e dorme. -ele disse rindo e se levantando.

-dorme comigo ste. -pedi olhando pra ele. -é só dormir. -falei lhe lançando um olhar de advertência.
Ele começou a rir.

-só dormir. -falou rindo, se deitou na cama e ficamos de conchinha.

Acabei pegando no sono logo, nunca tive um sono tão bom desde que minha vida começou a ter reviravolta.

......

Minzy

Não contar para Sally o que está na minha mente, tá me matando.
Fiz a festinha pra ela, mas com medo a todo momento de que ele voltasse e estragasse tudo.
Tenho medo que minha amiga sofra novamente.

-você não vai dormir? -perguntou Bryan saindo do banheiro.
Estava só de toalha, seu corpo bem definido, seus músculos, o peitoral com alguns pêlos loiros.
Olhei para seu rosto, seus olhos azuis, e seu cabelo loiro.
Estava incrivelmente sexy todo molhado.

-não. -disse sorrindo. -não conseguiria dormir com essa visão. -falei lambendo o lábio inferior.

-e o que você quer fazer até o sono chegar? -ele perguntou mexendo na toalha, me provocando.

-venha aqui e você saberá. -disse engatinhando na cama, o provocando também.

...
Escutei um barulho, olhei para Bryan. Ele estava dormindo.
Lembrei do que fizemos antes, subiu um calor entre meu ventre, e um frio na barriga de prazer

Então escutei o barulho novamente, vinha da sala.
Abri a gaveta do criado mudo peguei a arma, e desci até a sala na ponta dos pés.

Será que era ele novamente?
Minha cabeça estava a mil.

-você está muito diferente da foto, Sally! -escutei a voz vindo do sofá.

-há há há, você se enganou queridinho, não sou a Sally, sou seu pior pesadelo. -disse.

-então se for assim, terei que te matar também, se bem que eu posso pedir um extra por uma japonesa linda. -falou o cara se levantando e vindo em minha direção.

-você vai me machucar? -perguntei com inocência na voz.

-se você for uma boa menina e disser onde a Sally está, eu te poupe te levando para ser minha escrava. -ele disse tocando meu rosto.

-eu digo onde ela está. -disse pegando a arma e atirando em sua barriga.
Ele caiu de joelhos, pegou a arma para atirar em mim, mas fui mais rápida, atirei em sua cabeça.
Seu sangue jorrou no meu rosto.

Limpei meu rosto com a mão.
Echa! Odeio sangue.
Mas, é o trabalho, não é mesmo?

Escutei passos apressados na escada.
Apontei a arma para ele.

-ei, calma, abaixa isso aí. -disse Steven.

-porra Steven. -chinguei.

-que merda aconteceu aqui? -perguntou ele descendo até a sala.

-mais um! -disse dando de ombros.

-já são cinco só esse mês, tenho que conseguir informações de quem quer Sally morta. -disse Steven.

-e você tem que fazer isso logo, agora me ajuda a tirar esse corpo daqui antes que a Sally acorde e veja, ela não pode saber que nós estamos matando esses caras, ela já tem problemas demais. -disse num tom sério.

-vamos! -disse Steven.

Pegamos o corpo e levamos para a garagem, pegamos o carro de Steven e o colocamos dentro da mala, enquanto Steven foi da fim ao corpo, eu voltei para a sala e comecei a limpar o sangue.
Ainda bem que minha arma estava com o silenciador, ou todos da casa além de Steven teria escutado.

Depois de vinte minutos, a sala estava limpa, voltei até o quarto e fui tomar um banho.

Sai do banheiro e encontrei Bryan sentado na cama.

-onde você estava? -perguntou ele.

-tive que executar um assassino. -disse.

-a essa hora? -ele perguntou irritado.

-eu não sai daqui, o assassino veio até aqui para matar Sally, e se eu não tivesse acordado a tempo, ele teria conseguido. -disse pegando meu babydool e vestindo.

-não acredito que eles estão entrando aqui, temos que fazer alguma coisa, colocar alarme na casa. -disse Bryan com preocupação no rosto.

-não podemos fazer isso, se um deles vier é o alarme ativar, Sally vai acordar assustada e vai descobrir que tem assassinos atrás dela, ela só sabe que um veio até aqui, se ela souber que tem mais, ela pode ter outro infarto e morrer ou perder o bebê. -disse sentando ao lado da cama ao lado de Bryan.

-você não pode proteger Sally pra sempre, e eu não quero te perder. -Bryan disse e me deu um beijo.

-não é pra sempre, é só até ela ter o bebê e pronto, ela sabe se proteger muito bem, mas agora ela não pode, eu e o Steven temos que protege-la. -disse suspirando.

-o que eu tinha na cabeça quando comecei a namorar uma assassina de aluguel? -Bryan perguntou rindo.

-você não me conheceu como uma assassina, mas sim como uma garçonete que estava procurando emprego. -disse sorrindo. -e você se apaixonou por mim.

-me apaixonei pelo seu jeito louca, e suas músicas. -ele disse me beijando.

-segunda rodada? -perguntei mordendo seu labio inferior o provocando.

-segunda rodada. -ele confirmou me puxando pra sentar em seu colo.

Paixões e AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora