A frieza de Alfonso permaneceu constante, o que estava causando uma sensação de abandono a Anahí, estando em um lugar desconhecido e com pessoas estranhas, a única pessoa que poderia de dar alento se mantinha distante, sem compartilhar sequer uma palavra, direcionando apenas olhares gélidos e repressores que matava a cada mirada a esperança de que ele pudesse estar por ela. Porém, mesmo que distante ele mantinha tudo ao meu alcanço, me deixando confortável em meu cárcere, deixando Janaína encarregada de estar sempre me auxiliando em minhas necessidades.
As demais pessoas do acampamento demonstravam uma receptividade incrível, sempre solícitos em atender meus pedidos. Logo me disponibilizaram roupas limpas, mantinham minha barraca sempre organizada, com comida em fartura. A situação poderia ser diferente se não estivesse presa e distante de sua pequena Valentina. A saudade estava lhe matando. Ao mesmo tempo em que desejava manter-se distante de Alfonso, ignorá-lo e fazê-lo sofrer com seu desprezo, queria correr para seus braços e gritar o quanto te amava e dizer que o amor dos dois havia gerado um lindo fruto que a esperava inocente nos braços de outra pessoa, mas parecia que ele se importaria, cessando suas ideias.
Para tentar ignorar a presença sufocante que Alfonso lhe causava arrepios mesmo estando sempre distante, Anahí concentrava-se nas conversas engraçadas das mulheres do grupo, sobretudo de Janaína com seus sonhos de adolescente que muito lhe fazia lembrar-se de sua juventude que aos poucos foram sendo aprisionados por seus medos e solidão.
JANAÍNA: Eu não consigo entender o Sr. Rodriguez- falou rapidamente esperando que Anahí pudesse entender a indireta.
ANAHÍ: Não entendi- questionou, tentando disfarçar a vergonha.
JANAÍNA: Ele nunca fale com a senhora, mas sempre está por perto, observando-a, cuidando-a. – continuou – Ele te olha uma mistura de ódio e paixão, tem momentos que parece estar com raiva, mas em outros te mira como se quisesse de devorar com o olhar. – desembuchou.
ANAHÍ: Você está ficando louca! Acho que anda imaginando coisas onde não tem- conclui constrangida.
JANAÍNA: Posso ser tudo, menos cega. Você gosta dele, isso está estampado na sua cara, seus olhos estão sempre o buscando. E vejo que é recíproco.
ANAHÍ: Não pense besteiras. As coisas são complicadas demais para ser apenas desejo, é preciso ter confiança, entrega. – termina, levantando-se rapidamente em direção ao rio- Gostaria de ficar sozinha. Tudo bem? – continuou sem ao menos esperar uma resposta.
Anahí caminhava lentamente, colocando seus pensamentos em ordem com a pureza daquele lugar magnífico. A paisagem era de tirar o fôlego, com árvores de diversos tamanhos e cores que acolhiam aromas e sons que lhe dava calma. Mais distante estava o rio que sempre deixava encantada pela coloração extremamente azul que refletia a luz solar, sabia que mais acima do acampamento havia uma linda cachoeira que há muito tempo já ouvia falar, a famosa Cachoeira Água Azul, porém nunca tivera a oportunidade de admira-la e hoje estava disposta a aventurar-se.
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Mi Tormenta Favorita - Anahi e Alfonso. #Ponny
RomanceSINOPSE! Anahi tem uma vida que para todos é um sonho, um casamento prestigiado com um dos homens mais importantes do México, mas em seu interior algo lhe falta. Contudo o destino cuidará e a sua vida pacífica converte-se em uma tormenta de amor, qu...