Capítulo 21 - El silencio de la escuridad

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Olá queridas leitoras!!
Não sei nem como começar a dizer, gostaria muito de me desculpar pela minha ausência, realmente estas últimas semanas foram um tumulto sem fim, é uma correria que estava sem tempo até de me sentar e escrever.

Mil perdões mesmo!!
Espero que não me abandonem !! Amanhã postarei mais!


A casa estava silenciosa, fria. Parecia que nunca estivera ali. Anahí caminhou lentamente em direção ao quarto de sua filha, buscando o conforto de sua Valentina. Ao adentrar o ressinto, vislumbrou a menina tão pequena recoberta pelos lençóis, dormindo profundamente. Para não incomodar, beijou-lhe lentamente na testa e uma lágrima percorreu seu rosto, tamanha a felicidade. Com muito cuidado, deitou-se ao lado da filha, respirando o cheirinho que parecia ter sido tirado há meses e o choro veio em choque pela felicidade de estar próxima novamente ao pequeno pedacinho de si e com a tranquilidade do espaço, adormeceu abraçada a sua filha.

VALENTINA: Mamãe? É você? – perguntou sonolenta.

ANAHÍ: Meu amor! Como estava com saudades de você- despertou ao sentir a pequena mãozinha tocando-lhe a face. Imediatamente abraçou-lhe apertado.

VALENTINA: Ai mamãe, que abraço apertado!

ANAHÍ: É que estava com tantas saudades de você. Não sabe como a mamãe estava triste por estar longe de minha princesa. – continuou abraçando-a forte, como se nunca fosse suficiente recuperar todo o tempo perdido.

VALENTINA: A mamãe não vai mais embora néh? Prometo nunca mais fazer nada aborreça a senhora. Eu Juro!- moveu-se e mirou a mãe e o olhar da menina era tão sentido que Anahí chorou emocionada pela preocupação da pequena, beijando-a ternamente.

ANAHI: Claro que não meu amor, e não pense que você fez algo minha princesa. Você é a pessoa mais importante nesse mundo, jamais te magoaria. Nunca mais me afastarei de você. Eu prometo. Agora volte a dormir. Estarei no meu quarto – despediu-se, novamente beijando a filha que adormeceu logo em seguida.

Anahi caminhou até o cômodo que era seu quarto, mas parecia não pertencer em todo aquele espaço, austero, frio. Durante os anos sempre esteve mergulhada em uma dormência circunstancial do qual parecia não ter saída. Lentamente adentrou o ressinto levemente escurecido pelas cortinas fechadas. Não buscou clarear o ambiente, apenas buscando o caminho para o banheiro e mergulhando profundamente no som anestesiante do chuveiro e a água caindo sobre sua pele. Deveria recuperar toda a força e continuar.

Depois de alguns minutos escorada sobre a parede perdida em pensamentos e lavando a alma, desligou o chuveiro e caminhou em direção ao box em busca de uma toalha que não se encontrava nos lugares certos de sempre e suspeitou que estivessem no closet, obrigando-a a seguir desnuda pelo quarto na penumbra. Assustadoramente alguém estava a sua espera, sentando na cama, fazendo-a correr em direção ao móvel e retirando o roupão desesperadamente.

MANUEL: Está assustada. Quem mais poderia estar em seu quarto a não ser seu esposo. Além do mais não é e nem será a primeira vez que te vejo nua minha querida- caminhou lentamente, como um animal dando o bote em sua presa. Anahí via o rosto do homem de forma difícil pelo ambiente com pouca luz, assim correu em auxílio as cortinas, abrindo-as bruscamente, revelando a claridade entardecia de fora – gostaria de saber como estava minha amada esposa? Está bem?

ANAHÍ: Estou bem. Obrigado por perguntar, só preciso de um bom sono para repor minha energias, logo estarei bem.

MANUEL: Ainda bem que tudo ocorreu como previsto, conseguimos recupera-la e ainda temos informações sobre os rebeldes. Garanto que logo serão presos e pagarão pelo afronte. Meu grupo te tratou bem no caminho de volta? Infelizmente tive um compromisso e não pude estar no momento de seu resgaste. Me desculpe – Falou, aproximando-se e pressionando os lábios bruscamente sobre os de Anahí que tentava manter a calma diante da pressão dele sobre seu corpo, desnudo sobre o roupão, tensa pela vulnerabilidade da situação, mas logo fora solta – Infelizmente não poderei te fazer descansar, tenho uma reunião no escritório sobre as buscas ao grupo que vem praticando movimentos pelas cidades e que te sequestrou. Estamos ao passo de descobrir onde estão e quem é o líder, que dizem ser um estrangeiro. É inadmissível imaginar que um homem que não é mexicano querer se envolver em problemas que não lhe cabe, meus homens estão no encalce dele e o destino deste infeliz logo será a sete palmos do chão – saiu, deixando uma Anahí paralisada.

A notícia deixou Anahí petrificada. O estrangeiro mencionado era Alfonso.

Marcela bateu levemente na porta, pedindo licença para adentrar no quarto e avistando Anahí paralisada sob a cama, segurando o medalhão na mão, realizando movimentos involuntários que nem notou a presença da moça.

MARCELA: Anahí? Está tudo bem? – perguntou, aflita.

ANAHI: Está tudo bem – respondeu mecanicamente.

MARCELA: Está em choque. Quer que eu chame um médico, ou necessita de um medicamente que te faça relaxar. Deve estar em um estresse pós- trauma, isso é normal.

ANAHI: Alfonso – sussurrou, com os olhos distantes.

MARCELA: Não estou entendendo, este não é o grego? O que tem ele?

ANAHÍ: Foi ele.

MARCELA: Foi o que? Não estou entendendo. Acho que a senhora está confundindo as coisas.

ANAHI: Não estou nada –lentamente despertou do transe – ele estava lá, no acampamento.

MARCELA: Não é possível. Ele mora a milhares de quilômetros de distancia, o que estaria fazendo aqui?

ANAHI: Ele participa do Movimento rebelde, foi ele que me agarrou naquele dia. Estive todo esse tempo junto dele e o grupo – concluiu e Marcela estava espantada com a revelação.

MARCELA: Que história mais louca. O que não entendo é como ele exatamente naquele dia sabia de você.

ANAHI: Ele não sabia. Não tinha menor ideia de que eu era a Primeira Dama. Mas isso não importa, o que preciso é que me ajude. Preciso saber onde eles estão para avisar de que Manuel está planejando uma emboscada e principalmente, deseja matar Alfonso. E isso eu não posso permitir.

MARCELA: E como eu poderia fazer uma coisa dessas? É impossível.

ANAHI: Claro que não! – exclamou – Sei que você tem descendência indígena e contato com várias pessoas locais, poderia questionar sobre isso e me ajudar. Por favor, em nome de nossa amizade e de Valentina.

MARCELA: Eu não vou garantir nada, mas tentarei ver com alguns primos – despediu-se, mas antes de sair do quarto, retornou e concluiu- Estava como muita saudade de você.

ANAHI: Também estava. Muito obrigada por cuidar de minha filha – sorriu.

MARCELA: Imagine, amo demais minha sapequinha – riu- Agora descanse – Fechou as cortinas e saiu deixando Anahí deitada, perdida em pensamentos, atormentada pela possibilidade de Alfonso estar sendo perseguido sem ao menos poder avisa-lo, mas o sono foi mais forte que sua persistência em direcionar mentalmente a Alfonso qualquer sinal.

Muito distante dali Alfonso mantinha-se sentado absorto na lembrança de Anahí junto ele, segurando uma blusa deixada por ela, inalando o cheiro deixado para trás, partindo-lhe a alma. Seus devaneios foram interrompidos por uma chamada para uma conversa em grupo.

ALFONSO: O momento está próximo para que possamos atacar novamente. Devemos nos preparar para o próximo movimento. Será na cerimônia de Independência. E não esqueçam de que nosso grupo não estará lá para praticar qualquer ato que possa ferir inocentes, isso não faz parte de nossa luta! Caminharemos para a liberdade.

Os demais gritaram em êxtase pela ação, mas Alfonso permanecia sério, retirando-se novamente para a reclusão ao qual fora destinado desde que ela se fora.

Mi Tormenta Favorita - Anahi e Alfonso. #PonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora