Capítulo 17- Que nos pasó

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O cheiro de mato úmido adentraram as narinas de Anahí que despertou atribulada, estava em uma pequena tenda deitada em uma cama rústica. O espaço era pequeno, tinha apenas a cama de casal, uma mesinha de madeira com algumas frutas e um recipiente de barro com água. Anahí estava se sentindo tontas, as ideias ainda estavam desconexas, lembrava que havia sido surpreendida com homens mascarados que a sequestraram, mas à medida que buscava relembrar os demais acontecimentos à imagem que lhe roubava a mente era um par de olhos verdes inebriantes que se confundiam com lembranças de Alfonso na Grécia e isso não estava lhe fazendo bem, só podia estar alucinando. Seus devaneios foram interrompidos quando uma garotinha de aproximadamente 16 anos adentrou o recinto de forma sutil e assustando-se ao perceber que Anahí estava acordada.

GAROTA: Perdão Senhora, não queria assusta-la – Falou, baixando os olhos em sinal de vergonha.

ANAHÍ: Não tem problema, eu só queria, por favor, que me ajudasse – Sussurrou – Me diga onde estou e me ajude a fugir.

GAROTA: Eu lamento senhora, mas não pode sair daqui, infelizmente precisamos estar contigo enquanto libertam nossos companheiros- Falou desgostosa – Meu Juan está preso e sendo torturado pela polícia para nos proteger, é triste dizer isso, mas você é a garantia de que os nossos forem libertados, mas prometo que tudo ficará bem. Pode confiar em mim.

ANAHÍ: Como você se chama? – Questionou.

GAROTA: Chamo-Me Janaína, muito prazer. – Disse sorridente.

ANAHÍ: Muito prazer Janaína. Sou Anahí – responde.

JANAÍNA: Eu te conheço, você é simplesmente linda! – diz deslumbrada.

ANAHÍ: Não exagere- encabulada –Há quantos dias já estou aqui?

JANAÍNA: Já faz dois dias que dorme sem parar, já estávamos preocupados. Irei avisar a meu pai que está acordada. – levantou-se rapidamente correndo em direção a saída da tenda quando Anahí a interrompe.

ANAHÍ: Pode me ajudar com uma coisa? Preciso tomar um banho.

JANAÍNA: Claro que sim, mas creio que não achará a ideia muito boa, aqui não temos banheiro, costumamos tomar banho no rio aqui próximo- comenta.

ANAHÍ: Não tem problema, já passei por situações piores. Agora por favor, leve-me até lá – Termina.

Caminharam pelo pequeno acampamento em direção ao rio e a todo o momento Anahí buscava o que tanto a atormentava. Olhares receosos eram direcionados a ela como sinal de constrangimento. Janaína caminhou até o homem de aproximadamente cinquenta anos sentado junto a um grupo de homens junto à fogueira, e enquanto conversavam lhe direcionou um olhar desafiador que arrepiou lhe os pelos do corpo. Após uma longa espera, Janaína retornou, confirmando que estava permitido ir ao rio, porém com a condição de que ela deveria ficar junto. Quando chegaram ao rio, Anahí começou a caminhar lentamente pela margem, retirando a camiseta, esperando que Janaína entendesse que precisava de privacidade.

JANAÍNA: Eu não posso deixa-la sozinha, mas irei dar espaço para que possa se despir, enquanto isso buscarei umas frutas para comermos. – concluiu, saindo.

Ao perceber o distanciamento da menina, Anahí corre em direção a mata em busca de uma saída para poder fugir, o desespero era tão grande que não houve nem tempo de cobrir o sutiã com a blusa de botões, mas isso era o de menos, era preciso fugir e encontrar um modo de voltar para casa. Correu por aproximadamente dez minutos quando braços fortes a agarraram pelas costas, levantando-a com um impulso, cobrindo-lhe a boca, pressionando seu corpo ao do desconhecido.

Mi Tormenta Favorita - Anahi e Alfonso. #PonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora