O silêncio se manteve por longos segundos, todos pareciam constrangidos pela situação. O grupo se aproximou e todos começaram a cumprimentar-se, somente Alfonso continuou estático, afastando-se lentamente de Anahí, que logo percebeu o distanciamento evidente. Algo estava errado. Hilda aproximou-se como uma raposa com o olhar fulminante, demonstrando uma frieza que arrepiou Anahí.
HILDA: Não vai falar comigo querido? – ironizou.
ALFONSO: Olá Hilda, como está? – aproximou-se, selando os lábios da desconhecida com um beijo que deixou Anahí desnorteada.
HILDA: Que beijo fraco é esse? Você não é assim. Vem aqui agora- concluiu, agarrando Alfonso pela cintura, forçando-o ao beijo mais profundo, constrangendo Anahí, que se sentia traída. – Agora sim! – sussurrou, olhando para Anahí em deboche.
ALFONSO: Não seja escandalosa – falou, constrangido.
HILDA: A me desculpe, agora que percebi que temos companhia. Quem é ela? – perguntou.
ALFONSO: Está é Sr.ª Velasco, esposa do Governador.
HILDA: Claro! A rainha de Chiapas. Como pude não associar a figura, mas pudera, está tão diferente sem todos aqueles adornos. – zombou.
ALFONSO: Você sabe em que situações ela se encontra aqui, não torne a situação complicada. Logo estará em seu devido lugar- completou, direcionando seu olhar inexpressivo a Anahí que permanecia parada, com os olhos cobertos de lágrimas, talvez pela notícia de sua libertação ou pela situação com a cena vista anteriormente.
HILDA: Tudo isso é fruto de uma luta que você sabe muito bem o quanto é digna. Ela não sabe o que se passa aqui, o sofrimento do povo. Vive em uma redoma de vidro, cercada de corrupção. – gritou.
ALFONSO: Não grite! Ela não tem culpa da situação. Ela é uma vítima como qualquer um aqui.
ANAHÍ: Por favor, não me defenda. Realmente não precisa. – concluiu, retirando-se e deixando pra trás um Alfonso confuso e uma mulher vitoriosa.
Anahí estava recostada junto a uma árvore observando o vazio, distante quando Janaína aproximou-se, ficando calada, dando espaço para que ela pudesse refletir e assim se abrir.
ANAHÍ: Janaína há muito tempo está aqui?
JANAÍNA: Desculpe atrapalhar S.ª Anahí. – falou constrangida.
ANAHÍ: Não tem do que se desculpar. E já disse pra não me chamar de senhora, me sinto desconfortável assim, somos amigas. Quero ter sua amizade.
JANAÍNA: Também gosto muito da senhora, opa, você. Mas sabemos que a realidade é diferente. Logo estará na sua casa, com sua família e nossos encontros seriam impossíveis pelo óbvio. Vivo na clandestinidade junto com minha família. Seu marido jamais permitiria. – falou triste.
ANAHIÍ: Não pense assim. Adoraria poder ter ajudar, sei lá, ajudar nos seus estudos, para que você possa ter um futuro. – comentou, logo parando pra refletir – Futuro. Acho que nem sei qual será o meu.
JANAÍNA: Está falando do Alfonso? – falou sem querer e logo percebeu o espanto de Anahí – Ai desculpa, não queria dizer isso.
ANAHÍ: Sem problema, sei que está difícil não perceber o que está passando entre nós né? – comentou, constrangida.
JANAÍNA: Está estampado na cara. Alfonso sempre foi um homem reservado, chegou aqui há um ano com Hilda, aquela mulher que você conheceu hoje. Ele nunca demonstrou qualquer felicidade, mas com você ele está mais leve. Parece que se conheciam há muito tempo.
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Mi Tormenta Favorita - Anahi e Alfonso. #Ponny
RomanceSINOPSE! Anahi tem uma vida que para todos é um sonho, um casamento prestigiado com um dos homens mais importantes do México, mas em seu interior algo lhe falta. Contudo o destino cuidará e a sua vida pacífica converte-se em uma tormenta de amor, qu...