Capítulo 26 - Llorar

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Anahi

A escuridão do ambiente me atormentava, percorri o caminho tateando a penumbra na esperança de encontrar a saída da tormenta em que se converteu a minha vida.

As lembranças surgiam como uma ventania de emoções, imagens nítidas se formavam em minha mente, em determinados momentos Alfonso e Valentina surgiam a minha frente, guiando-me pela escuridão, abraçados e sorrindo. A visão era tão reconfortante.

À medida que caminhava por um túnel escuro a luminosidade distante se aproximava e me encandecia os olhos, contudo uma voz distante dava-me impulso para seguir. Estou aqui. Nunca irei te abandonar...

O clarão se materializou em uma sala incolor, o barulho dos aparelhos misturava-se ao suspiro. Ainda estava sonolenta, meus olhos demoraram a adaptar-se a intensa claridade do espaço, mas senti como bálsamo o toque em minha testa e as lágrimas que caíram em meu rosto. Era dele. Alfonso.

Tentei falar, mas minha voz simplesmente não saiu de forma audível para que pudesse expressar toda a felicidade que estava sentindo. Alfonso aproximou-se e seu olhar encontrou o meu com uma doçura e lágrimas insistiam em cair e seus olhos.

- Você está bem? Meu amor, que felicidade te ver assim. Te amo. – suspirou. – Preciso chamar alguém para que possa te examinar. Por favor, fique calma. Volto já. – beijou-me novamente na testa. O torpor dos remédios não permitiram ergue-me para observar sua partida que já me causava dor sob a possibilidade de que não voltaria.

Alfonso

Quando o anil daqueles olhos mirando-me de forma sonolenta, porém carregada de emoção encontraram o meu, o mundo se descortinou e simplesmente não havia mais nada e nem ninguém naquele exato momento. Apenas nós dois.

Sua fraqueza não permitiu que conseguisse falar, mas não era preciso palavras, as lágrimas que caiam por seu rosto era o sinal de que todo o amor estava ali, com nós dois. Eu precisava dizer, gritar e pedir que me perdoasse por tudo o que havia passado, para que ela pudesse esquecer todo o sofrimento que causei ao deixa-la ir embora, por não tê-la protegido dos perigos enfrentados, mas ela precisava de atendimento médicos para que fosse comprovado de que estava tudo bem.

- Você está bem? Meu amor, que felicidade te ver assim. Te amo. – ao falar fecharam-se em com uma lágrima, de felicidade – Preciso chamar alguém para que possa te examinar. Por favor, fique calma. Volto já.

Corri pelo corredor, alertando a todos em minha volta e cheguei ao posto das enfermeiras.

- Atenção, acabam de informar que a paciente Anahí de Velasco despertou. Estão solicitando a equipe médica imediatamente.- falei de forma séria e controlada para não levantar suspeitas.

As enfermeiras rapidamente chamaram o corpo de médicos para que fossem feitos todos os procedimentos possíveis e não era de se esperar menos, Anahí era a primeira dama, tinha todas as regalias que alguém de seu nível merecia, e sorri amargamente ao pensar que isso jamais será uma realidade de seu mundo.

Aguardei ansiosamente para que pudesse voltar ao quarto e estar com ela todo o tempo, mas precisa dar espaço para que os médicos pudessem agir. Após trinta minutos de uma agonia sem fim, o quarto livre. Aproximei lentamente da sala, cobrindo novamente a fase com a máscara para não levantar suspeitas.

Lá estava ela, deitada em sua extrema beleza e logo seus olhos encontraram o meu e um sorriso lindo surgiu em seu rosto.

-Como é te ver novamente. Achei que não voltaria. – concluiu.

- Eu prometi que não iria te abandonar, e aqui estou. Por favor, nunca mais me assuste deste jeito, pois não saberei viver em um mundo onde você não esteja.

Mi Tormenta Favorita - Anahi e Alfonso. #PonnyOnde histórias criam vida. Descubra agora