Capítulo 43

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Na maioria das vezes não conseguimos entender o caminho que a vida nos da

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Na maioria das vezes não conseguimos entender o caminho que a vida nos da. Tudo parece tão perfeito quando de uma hora para outra o muro que construimos desaba. Sem explicações nos levantamentos e continuamos o nosso trajeto... Talvez com medo até do próximo passo!

Gostaria de deixar claro o quanto eu te amei , do quanto fui feliz ao seu lado e de como me sentia única nos momentos que conseguimos guardar. Você é diferente , é você. Sei lá , seu sorriso aparece em minha mente toda vez que fecho os olhos e me pergunto se realmente sou capaz de fazer isso. Escolhas difíceis.

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Miss you so much!

-- Ana -- sinto sua mão sobre meu rosto

Oque eu posso fazer?. Não sou capaz.... Não tenho forças , eu simplesmente não posso. Te ver machucado....

-- Ana -- sua voz ao longe

Por favor pare de me chamar. Não faça isso comigo , não faça isso conosco.Fique longe... Sera o melhor , eu prometo.

-- Ana -- mais uma vez , mais uma vez -- Ana! Acorde --

Boomm!!!! 💣

As luzes são fortes , o cheiro inebriante e ao mesmo tempo conhecido. Não é diferente dos lugares que frequentei....
Porque tudo parece tão diferente?. Me sinto leve e ao mesmo tempo vazia. É estranho.

-- Ana -- reconheço sua voz

Me viro em sua direção e por mais que minha vista esteja embaçada , a reconheço.

-- Kathy? -- minha garganta seca fazendo com que minha voz falhe

-- Calma! Está tudo bem agora -- ela susurra tentando talvez até me tranquilizar

Seguro sua mão e no mesmo momento meu rosto e coberto por lagrimas que caem sem parar -- como gostaria que isso fosse verdade -- soluços escapam , não consigo parar.

Alguns minutos se passaram e a única coisa que de fato consigo fazer e encarar a parede ao meu lado.Sua cor clara e suave me faz refletir.O bip frequente do aparelho.A luz atravessando as cortinas da janela.Tudo paralisado em um tempo longo de mais.

-- Você quer conversar? -- sua voz doce ecoa pelo quarto

Oque eu posso responder?Sim?
É tão especial esse seu jeito.Minha amiga.Viro-me de encontro a seu rosto.Lhe lanço um sorriso confortável e ao mesmo tempo amedrontado.

-- Por quantos dias eu dormi? -- sussurro quase inaudível

-- O suficiente para descansar de tudo isso -- seu dedo indicador da mão direita da voltas referindo ao quarto

-- E o Christian ? -- seguro um soluço antes de pergunta.

Seu semblante cabisbaixo. Seus olhos vão em direção ao chão e rapidamente sua mão escorrega por seu cabelo exasperado.Kathy tenta falar por algumas vezes , mais nada sai.Tenho medo de apressala , mais ao mesmo tempo quero saber oque aconteceu.

Respiro fundo mais uma vez.Sem saber se devo ou não saber o ocorrido. Meu coração acelerado , já sem paciência ou uma minima esperança de acreditar que tudo está bem.

Me vejo nesse exato momento escrevendo mentalmente alguma das palavras que descrevem com fervor oque sentimos nos últimos tempos ou até mesmo uma simples despedida.

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Gostaria de deixar claro o quanto eu te amei , do quanto fui feliz ao seu lado e de como me sentia única nos momentos que conseguimos guardar. Você é diferente , é você. Sei lá , seu sorriso aparece em minha mente toda vez que fecho os olhos e me pergunto se realmente sou capaz de fazer isso.

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Meus olhos rapidamente se enchem de água. Só em pensar na possibilidade de te perder.Me doi tanto.Em saber que a culpada disso tudo sou eu....apenas eu.

Sinto o chão gelado assim que encosto meus pés no chão. Segurando o suporte do soro , caminho vagarosamente até a porta.Olho por mais uma vez o corpo cansado de Kathy , esticado sobre a poltrona em frente a cama.Dou alguns passos para trás e vou em sua direção. Deslizo suavemente a mão sobre sua face.

-- Obrigada -- sussurro -- Obrigada por tudo!

(...)

Caminho sem rumo , no corredor apertado e cheio de portas do hospital. Algumas luzes me chamam atenção e sei que não é para elas que devo seguir. Dou meia volta e abro uma porta, rezando por ser a certa eu entro.

Na cama deitada está uma jovem paciente , ao seu lado dois berçários. Me aproximo cautelosamente e me delicio com o aroma dos bebês recém nascido. Passo a mão sobre a barriga e penso num futuro não tão longe , com o meu bebê , correndo por um quintal florido e ao meu lado Christian apreciando o sorriso delicado e frágil do nosso filho.

Sorrio como uma menina a qual acabou de ganhar um doce. É diferente me ver assim , quando será que irei me acostumar , com o fato de que serei mãe? Uma mãe atrapalhada , sem jeito...mais uma mãe.

Acabo me assustando com o movimento repentino da mãe dos bebês.Dou uma ultima olhada no rostinho de cada um e me encaminho até a porta. De volta ao corredor , continuo com a minha procura. Me sinto tão fraca.Realmente só queria saber por quantos dias dormi. Abro uma porta antes da minha , já cansada e sem saber oque pensar eu entro com a esperança de ele estar aqui.

Um sorriso bem vindo e um ar de paz.Como é bom te ver!
Respiro fundo por mais uma vez.Não quero acorda-lo.Christian nessa situação parece um menino , o menino que a anos atrás eu conheci , mais espero realmente afastar tudo isso de uma única vez e manter as coisas como de fato devem ser. Alguns minutos te apreciando e mesmo sem querer escuto ao fundo as portas se abrirem.

-- Eu te amo -- sussuro em seu ouvido antes de sair

Me escondo no banheiro apertado do quarto e tentando não fazer barulho sento-me.

-- Ele é tão lindo ! -- balbucia uma das enfermeiras

-- Com certeza -- uma outra confirma

Abro silenciosamente uma brecha na porta e olho curiosamente oque as duas fazem.

-- Ele parece tão jovem...para passar por tudo que passou recentemente -- uma delas afirma enquanto troca o soro do suporte

-- A vida não é justa com algumas pessoas. Pelo oque soube ainda hoje , ele chegou em estado grave.Foi preciso uma cirurgia de ultima hora...graças a deus está tudo bem agora

Enrrugo a testa com tanta informação sendo processada de uma única vez. Agora eu entendo o semblante estranho de Kathy.Mais porque ela não me contou?
Elas começam a conversar outra vez e no mesmo instante me proporciono a saber um pouco mais.

-- A mulher dele já sabe?

-- Ainda não contaram para ela...

-- Não gosto nem de pensar em sua reação. Tantas mulheres por ai que engravidam e em seguida abortam...e ela...bom!é ela perdeu por culpa de um acidente

-- Triste

Eu perdi. Não quero assimilar isso , é difícil , é doloroso.Isso não pode ser verdade. Já sei ! Elas sabem que estou aqui...e estão fazendo uma brincadeira de mau gosto...só pode ser isso!

Me afundo em minhas lágrimas. Não conseguindo acreditar eu me culpo mais uma vez , isso tudo é culpa minha...



50 tons de AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora