Capitulo 1

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Não tem nem dois dias morando na minha nova casa e minha mãe me liga.

- O meu filho, vem almoçar com a gente.

- Não vou poder. Obrigado... Resolvi sair hoje com umas amigas, devo almoçar por lá.

-a sua irmã chegou, vem ver ela...

-bia já chegou? Nossa ela foi rápida dessa vez, mais tarde passarei sim para ver ela mãe!

-se cuida meu filho, não esquece.

-saindo aqui mãe, depois nos falamos.

-Se fala... Eu é que tenho que ligar para saber de você, se não nem saberia.

-beijos...

-cuidado em! Mamãe te ama.

Mãe protetora... Quem ainda não tem uma dessa. Hoje é domingo não vou fazer almoço para eu comer sozinho.
Quase meio dia, antes um banho vai me cair bem antes de sair à procura de almoço ou uma besteira qualquer, não perco tempo para entra embaixo do chuveiro, pois estava de cueca a manhã toda, tal liberdade bem vinda.

Após banho de gato, coisa que não sou... Vou até a cômoda, abro a gaveta, onde tenho meus pertences além de cuecas, tem a pulseira da Camila, calcinha vermelha de Carol, os brincos de Ana, o anel de Joice, o preservativo que Maria não quis usar. Fodemos sem mesmo, a colônia que Naty me deu de aniversário este ano em 12 de junho, ou ela queria me namorar? Há também um relógio que pai me presenteou, e uma carta recente.

Mas fecho a gaveta após pegar a justa cueca preta, 12h30min, hora de sair, se não acabo me lembrando de mais histórias que tem por trás de cada coisa dessa gaveta.

Acabo de me sentar, estou na casa da minha vizinha, próximo de onde minha mãe reside.
De frente para rua num vulto, alguém chega por trás, coloca as mãos em meus olhos, não consigo perceber apenas com o toque de sua pele fina e macia, não vejo essa brincadeira à um tempão, no tempo em que tinha os oito anos. Mas gosto da surpresa diferente, pegando por trás isso não me dá chance de defesa.

O silêncio toma conta, mas os sorrisos aparecem logo, mas ainda não sei dizer de Katia, ela que estava conversando comigo antes da escuridão tomada por duas mãos delicadas, estou mesmo no escuro e ouvindo sorrisos baixos.

-Katia quem é?

-não posso dizer caro amigo.

- por favor, diga.

-não...

-o que eu ganharei caso eu souber o nome dela.

Mais risos, e com certeza é uma moça magra.

-ela disse sem promessas.

-sério, pois diz ai?

-não...

Em alguns instantes digo.

-quem é ela então?

-gostei da peça Camila!

-nossa... Mas como descobriu?

-se não fosse por sua pulseira não teria como revelar!

-pior.

Riso de decepção começa, mas para, quando ela diz.

-não fiz promessa, porém entrego a minha pulseira, você mereceu, aliás, vai me atrapalhar na próxima vez.

-obrigado, adorei e foi fácil.

-foi sim!

Camila volta a sorrir, agora as duas sem esconder nada.

Depois dessa breve lembrança, ainda de cueca procuro meu celular para busca uma opção de almoço neste domingo. Disco o número do guia cidade.

-Bom dia!

-bom dia senhor! Sou a Cíntia... Posso te ajudar?

Com essa voz doce é claro que pode, até mais do que preciso hoje.

-senhor?

-é sim...

-sim o que? Posso ajudá-lo?

-assim, procuro um restaurante próximo ao meu setor.

-sim senhor, posso fornecer os contatos deles, restaurante Popular, Ideal, esta em Casa, Caponata, K-delas, e Cena.

Ela poderia fala todos os nomes de restaurante do mundo, a voz dessa menina encanta a todos.

-Senhor?

-vou querer...

Na verdade vou querer conhecer a dona dessa...

-Senhor?

-sim... Pode ser esse capanata.

- Caponata! Senhor.

211435-7704... Posso te ajuda em algo mais senhor?

Claro que pode, quero ver você qualquer dia desses, mas sei que essa ligação e gravada, ela não poderá da bola aqui com nesse senso profissional que não ajuda em nada.

-Cíntia, Cíntia... muitíssimo obrigado me ajudou em...

A chamada fica muda, encerrada. Queria falar mais um pouco, mais uma doce palavra dela seria ótimo. Caio em si e preciso me vestir e liga para o restaurante.

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Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora