Capitulo 14

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O dia passou voando, fiquei pensando se minha mãe biológica foi feliz ao lado de meu pai, pois as imagens nas fotos não diz que tinha algo faltando na família, mas desvio meu pensamento, a moça que se enquadra perfeitamente como aero moça, menina da voz doce, ficamos de encontrar durante a noite, para saímos um pouco ver a cidade como ela mesmo disse, quem sabe ela ajude eu esquecer minha ex-namorada que agora deu para perturbar em meus sonhos.

Estou sozinho, minha tia saiu para o trabalho a parte da tarde, ela trabalha como doméstica numa casa de gente da grana, não explicou, apenas disse que é numa casa de doutor.

Ando pela casa e acho uma vitrola um toca disco, um aparelho aqueles  gigante de tempo atrás, está empoeirado no canto da parede. Nada que uma boa limpeza nessa máquina não resolva, vejo dois dicos sobre o aparelho antigo.

O disco preto grande agora dá voltas, estou novamente a mesa, ouvindo som do vinil e pensando em como a última semana foi repleto de surpresa, às músicas volta repetir na vitrola, me debrucei sobre a face da mesa nem notei as horas passar. Ela voltou, percebo pelo fechar do portão lá fora.

-Menino você conseguiu liga esse trem?

-sim... Pois num é, estava apenas sujo, ainda não deu prego.

- fala igual sua mãe, era dela esse aparelho. Vou buscá outra coisa...

Me deixa na sala, e some novamente atrás das Cortinas de divisórias, em pouco tempo volta com um objeto pequeno nas mãos, porém não muito novo é uma peça quadrada e fina, tem dois buracos nela, tanto que minha tia travessa seu dedo e roda, fazendo igualar a linha da fita.

-o que tem nessa fita, qual banda toca aqui?

-nenhuma banda, sua mãe gravou um trecho, ela tentou cantar mais não conseguiu, acabou estragando a gravação, você só precisa arrumar um tocador.

-nossa, quero ver logo o que tem aqui dentro... Como era a voz dela?

-não tem como descrever, precisa apenas ouvir, eu não tenho tocador, apenas esses discos junto com essa vitrola velha.

-vou guarda... Amanhã vou atrás de um aparelho e tomara que esta fita esteja em boas condições, vai ser bom saber como era a voz dela.

- você nem saiu de casa, tem que sair, anda um pouco.

-vou sair mais tarde, com uma amiga.

-você não brinca em menino... Mal chegou, já esteve aqui na cidade antes?

-não conheço nada aqui tia, conversamos no avião quando estava vindo, nós vamos da uma volta durante a noite.

-não vou precisa fazer a janta?

-acho que não tia, vamos comer alguma coisa por lá.

Estou pronto para sair, Cíntia ficou de passar aqui na tia, deve esta chegando, não sei se ela conhece esse bairro. Mas logo escuto a buzina onde parece que vem da frente da casa, é quase oito da noite, meu celular vibra no bolso da calça jeans. A mensagem confirma que a menina da voz doce chegou.

*estou enfrente ao endereço que tu passou, cadê você guri.

Em poucos muitos já estou dentro do carro, numa space Fox, um carro realmente para toda família, ao contrário da minha tia no meu ver a sua tia tem uma vida estável e  dependente.

-Boa noite, tudo bem ai ?

-vamos descobrir assim que nós estacionar na volta meu anjo.

Não esta escutando John Lenonn dessa vez, está escutando rádio local FM 93.9 Local. Andamos em meio ao trânsito rápido da noite, até chegarmos num espetinho lanchonete à beira do asfalto, antes de saímos do carro ela me pediu o batom que estava no porta luvas, ao abrir notei uma bíblia católica sua tia me parece ter fé, além de alguns CDs Envagelelicos e um crucifixo o antigo rozario.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora